Capítulo 4

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Pequenas mentiras

— Jones? — Carter estava parado com a porta entreaberta e uma pasta em sua mão. Então esse laudo saiu rápido?

— Sim.

— A respeito do seu questionamento sobre o líquido X. — Ele entrou na sala. — Sim, ele estava lá. — Peguei a pasta de sua mão assim que ele me ofereceu e vi todos os componentes do X no exame dela. Então ele voltou mesmo?

Se Tom fosse o culpado ele teria pelo menos uns cinquenta anos. Olhei para o mesmo que estava confuso com o disparo de termos que Carter dizia ao meu lado enquanto eu olhava para os papéis incrédula. Essa resposta só me levou ao nada de novo.

Tom está descartado.

— Podemos conversar lá fora?

— Claro. — Carter sorriu e foi em direção a saída.

— Espera! — Tom parecia uma criança com medo do castigo após ter feito uma travessura. — E eu? O que vai acontecer comigo?

— Adoro os que têm medo sabia? — Scott riu mesmo sem entender a referência. Devolvi sua fala de forma sorrateira o deixando boquiaberto na cadeira de madeira. Sai da sala e fechei a porta caminhando com Carter até o laboratório.

O corpo de Lisa já havia sido enviado ao necrotério, mas todas as provas ainda então espalhadas pela bancada clara.

— Tanto esforço para nada. — Coloquei as mãos nos bolsos de trás da calça jeans.

— Jones, esse não é o fim. Você sabe como esse cara age. Talvez alguém tenha encomendado a morte dela.

— Quem?

— O marido talvez. Para não sujar as mãos ele contratou alguém.

— Não. Eu tenho certeza que não foi ele nem o Tom. E aqui. — Olhei para o papel. — Aqui diz que ela foi estuprada antes de morrer. E se esse homem que procuramos a tanto tempo a estuprou e depois a matou?

— Faz sentido. — A voz de Scott completou assim que entrou no laboratório de paredes de vidro. — Ele voltou a assassinar, mas agora ele tem um bônus, ele estupra as suas vítimas antes. E todas, desde que ele voltou à ativa, são mulheres.

— Então quer dizer que temos um assassino em série? Um maníaco que não mata mais por dinheiro e sim por prazer? — Carter fazia suas próprias indagações com sua roupa verde e touca cirúrgica branca enquanto rodava na cadeira giratória.

— Agora eu me pergunto... Aonde ele quer chegar com isso? — Scott deixou escapar seus pensamentos, escorado em um dos armários de gavetas assim como eu.

— Chefe? — Uma jovem que trabalhava com Carter se aproximou de nós.

— Sim. — Ele respondeu.

— Encontramos resquícios de sêmen no lençol onde o corpo de Lisa estava. — Ela entregou a folga para ele.

— Nada anormal. — Scott deu de ombros. — Ela estava em um motel.

— Não Scott. — Interferi. Minha cabeça estava a mil com essa nova informação. — Eu me certifiquei antes que coletássemos as provas se o quarto estava limpo ou não. A camareira havia acabado de trocar os lençóis e limpar o quarto assim que Lisa subiu. Ela me disse que a viu sozinha e que assim que ela entrou no quarto fechou a porta.

— Então... — Scott estava pasmo.

— Ela foi estuprada lá. O corpo dela não foi levado. Eu me esqueci desse detalhe. — Estou me martirizado por isso. — O cara que procuramos foi lá, a estuprou lá, matou-a lá.

Butterfly - Monsta XOnde histórias criam vida. Descubra agora