Capítulo 16

24 2 0
                                    

Esquadrão Suicida

Brinco com as minhas unhas batendo-as no balcão do bar. Se Ariah estivesse ao meu lado ela já teria pousado a mão sobre a minha e me pedido para parar. Isso a irrita. Confesso que esse barulho provindo de mãos alheias pode ser realmente perturbador, mas estou nervosa e tento me distrair com tal ato. O barmen já veio me oferecer diversas vezes algo para que eu "relaxe", mas me recuso a cada investida. Tal insistência já está me tirando o resto de paciência que ainda persisto em manter. Hyungwon toca no palco, mas não estou a fim de prestar a atenção. Continuo a batucar meus dedos no móvel com o rosto apoiado na outra mão.

Changkyun saiu para ir ao banheiro, e vou ser sincera, estou me arrependendo de ter aceitado o convite de Jooheon para vir hoje. É uma festa a fantasia, mas você deve estar se perguntando se estou fantasiada. Não, não estou. E confesso que pessoas fantasiadas, principalmente o cara que está vestido de dinossauro sentado no banco ao meu lado, roçando a fantasia dele em mim, está me incomodando profundamente.

Não vi Jooheon, nem Kihyun, nem Minhyuk, nem Wonho, muito menos Hyunwoo. Já perdi Ariah de vista e estou começando a sentir tédio. Sinto alguém cutucando meu ombro, olho para trás preparada para dispensar quem quer que fosse, entretanto era apenas I.M com os olhos arregalados. Ele maneou a cabeça me chamando para ir a algum lugar. Desço do banco e caminho ao seu lado em direção à saída.

[...]

Estamos do lado de fora, parados sobre o gramado. A brisa comumente fria está lá a nos recepcionar. Coloco ambas as mãos nos bolsos de trás do jeans e percorro meu olhar pela área externa. Alguns homens mais velhos fumam cigarros e jogam conversa fora com a gravata borboleta pendurada sobre o pescoço. Eles deveriam estar jogando cartas na sala de jogos que Hyunwoo é responsável. Será que ele está lá?

Olho para o céu, a lua cheia está excepcionalmente maior. Deve ser uma super lua. Faz tempo que não vejo uma, aliás, há quanto tempo eu não paro para admirar o céu noturno? Chang limpa a garganta e desço meu olhar dos astros para ele. Ele aponta para Jooheon que vem quase que em nossa direção, as gargalhadas, com o braço sobre o ombro de outro rapaz. Eles parecem próximos.

Seus olhos sobem se deparando conosco, plantados e imóveis como a grama abaixo de nós, totalmente sem assunto para conversar. Na verdade temos assunto, a delegacia e Kimmy, porém ambos não são convenientes no momento. Ele sorri, acho que para ambos. Suas covinhas sempre evidentes. Despede-se do rapaz e vem até nós. Jooheon se encontra de camisa e jeans, nunca o vi tão casual. — Com exceção do dia em que o conheci — Os líderes sempre estão bem vestidos, como príncipes ingleses, ou de suéter ou de terno, é até estranho me deparar com ele dessa forma. Seu cabelo agora estava com uma coloração verde, um verde claro, algo como uma cor fantasia, substituindo o platinado de antes. Quanto mais ele se aproxima mais eu posso identificar do que se trata sua caracterização. As luvas vermelhas nas mãos e a maquiagem bem feita, e de forma não exagerada, completam um Coringa até simpático.

— Adorei a fantasia. — Chang apontou para a caracterização de Jooheon.

— Obrigada. — Ele agradece sempre atencioso. — Estou feliz que vieram.

— Na verdade eu já estava pensando em ir embora. — Dou de ombros.

— Por quê? — Sua reação era quase como uma expressão infantil de tristeza.

— Eu não gosto muito desse tipo de festa. Prefiro algo mais calmo. — Talvez uma exposição de Minhyuk me agrade mais.

Butterfly - Monsta XOnde histórias criam vida. Descubra agora