Naruto agradeceu aos céus quando avistou os portões de entrada de Konohagakure.
Há cerca de uma semana, ficou encarregado de resolver alguns imprevistos no País da Chuva. Kakashi avisou que não seria uma missão lá muito fácil e suas palavras não poderiam ser mais certeiras. A missão foi cansativa, longa e com alguns imprevistos no caminho. Isso sem mencionar que sentia-se entrevado por conta dos meses sem treino.
Porém, o que mais pesou na vida do Uzumaki foi, sem sombra de dúvidas, a saudade. Não houve um segundo em que deixou de pensar no filho ou na esposa.
Ele nunca pensou que seria tão difícil e solitário ficar alguns dias longe. Mesmo que já houvesse dois anos de casado e dez meses desde o nascimento de Boruto, Naruto ainda não acreditava que tinha uma família, que era tão amado.
Parecia um sonho.
Foi um verdadeiro alívio quando chegou em casa. O cheiro de lar impregnava o pequeno apartamento e, após tanto tempo, sentiu-se revigorado. Retirou as sandálias no genkan e sentiu o piso de madeira frio em seus pés.
— Tadaima. — anunciou, sentindo um delicioso aroma vir da cozinha.
Em questão de segundos uma silhueta feminina surgiu, praticamente voando em sua direção.
Hinata pulou em cima do marido, rodeando o pescoço dele com os braços, encaixando perfeitamente seus corpos. Naruto puxou-a pela cintura e retribuiu o abraço.
— Okaeri. — ela pronunciou, quase que emocionada. O loiro inclinou-se e a beijou com carinho e doçura, em êxtase com os lábios de mel da jovem. Ela tinha gosto de amor e cheiro de outono. — O almoço está quase pronto. — Naruto soltou um gemido desgostoso quando a moça se afastou de seus braços.
— Percebi. Parece gostoso. — falou, referindo-se ao cheiro. Seu estômago soltou um barulho bem constrangedor e o loiro coçou a cabeça, sem graça. Hinata riu.
— Ainda não terminei.
— Tudo bem, eu espero. — a jovem virou-se, encaminhando-se rapidamente para a cozinha. — Ele está com o avô hoje?
— Não. Está no quarto. — ela respondeu antes de atravessar a porta da cozinha.
Essa foi a deixa para Naruto correr até o quartinho do filho. Ao chegar, foi recebido pela cena mais adorável do mundo: Boruto brincando com os brinquedos novos que ganhara de Sakura há alguns dias. No momento em que os olhinhos azuis se direcionaram até o pai, soltou os objetos e abriu um sorriso que deixou o loiro todo babão.
Esticou os bracinhos e Naruto correu para pegá-lo no colo, transbordando amor e pensando em como havia conseguido passar tanto tempo longe das pessoas mais importantes de sua vida. Foram, definitivamente, dias insuportáveis.
Boruto deitou a cabeça no ombro do pai, apertando os dedinhos na camiseta dele com força, aconchegando-se no peitoral masculino. Naruto encostou a bochecha na cabecinha do neném e sentiu uma sensação quente tomar conta de seu coração.
— Papa. — a palavra atravessou a boca do menino e o shiboni repuxou os lábios em um sorriso involuntário, sentindo o coraçãozinho do filho bater contra o seu.
— Também senti saudades, filho.
Era bom estar de volta.
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Paternity
FanfictionA vida presenteou Naruto com momentos significativos, mas agora ele vivenciaria algo ainda maior e mais importante que tudo que já experimentou: a paternidade. › Pequenos contos sobre a família Uzumaki.