Depois da Scarlet ter saído com o monstro casaco de malha que o meu coração se partiu. Nunca senti nada em relação a ninguém, não sei o que sinto quando estou com a Scarlet, mas quero tentar ser bom para ela. Quero que ela goste da pessoa que sou e que passe tempo comigo e não com o Kevin. Nunca namorei, mas se alguma vez isso acontecece seria com ela. Não sei se quero namorar propriamente dito, mas quero passar todos os meus minutos com ela, abraçá-la quando me apetecer, beijar os seusabios carnudos quando quiser... Só quero estar vinte e quatro horas por dia com ela.
Gosto mesmo desta rapariga, ela é exasperante e exige imenso de mim, mas quero ser suficientemente bom para ela me querer e gostar da minha companhia. É a rapariga mais querida e adorável que já conheci. A maneira como faz imensas perguntas, antes detestava e ainda acho algo irritante, mas sinto-me especial por ela ter tanta curiosidade em mim. Se ela soubesse quem realmente sou essa curiosidade tornaria-se rapidamente em repulsa. Não quero que ela saiba os meus erros, normalmente estou-me nas tintas para o que pensam sobre mim, mas com ela... com ela é diferente.
Detesto mesmo que ela tenha namorado. Acabei de lhe admitir que tenho sentimentos por ela, tal como ela fez, e depois a foi com o idiota ver a cidade. Agora eu quero ir ver a cidade com ela e mostrar-lhe que a minha companhia é muito melhor que aquele pasapalhão.
Foda-se gosto mesmo dela e detesto isso. Detesto ter alguma coisa a perder. Já não consigo imaginar a minha vida sem ela, agora. Adoro a sua presença, mesmo que seja para discutir.
Hoje ela admitiu que tem sentimentos por mim e que quer mais. Ela disse que queria que eu a beijasse e isso põe-me doido. Eu também quero mais, quero tudo, na verdade.
Porra isto não devia acontecer! Ela devia ser uma idiota insonsa que eu detesto, mas não. Eu gosto dela, muito. Não é normal gostar assim tanto de uma pessoa, acho eu.
Vou até ao ginásio. Estou com uma raiva infernal e tudo o que quero é estar com a Scarlet, mas ela está com o pamonha do Kevin, foda-se. Não me apetece estar com outras raparigas, só com ela, por isso vou tentar descarregar parte da minha raiva no saco de boxe.
Quando saio do ginásio vou tomar um duche rápido e esperar que a Scarlet chegue e o outro se vá embora. O que é que se passa comigo com esta obcessão? A verdade é que não quero saber...
Para minha surpresa, quando saio do banho ela está a chegar a casa e a despedir-se do casacos de malha. Deve mesmo estar entediada para ter chegado tão cedo. Para meu horror, quando ela foi com o Noah demorou pelo menos seis horas, mas com ele em duas horas e meia estava despachada. Fico felicíssimo com isto, mais do que era se esperar.
Quando ouço a porta da rua a fechar, desço as escadas e vejo a Scarlet com um ar extremamente aborrecido, isto só me deixa inchado de contentamento.
-Então, o casacos de malha foi assim tão secante? - Pergunto com um sorriso trocista no rosto e mordo o piercing do lábio para me impedir de rir ante a sua reação. - Essa cara diz tudo.
-Na verdade, não, não gostei nada. - Admite e eu chego-me mais perto dela, cingindo as minhas mãos à volta da sua incrível anca. Ela estremece ante o meu toque e eu adoro a maneira como o corpo dela reage ao meu.
-Devias ter ficado aqui, comigo. - Sussurro no seu ouvido enquanto o ver beijo a linha do maxilar e o pescoço. Está com pele de galinha e vejo perfeitamente que está excitada.
-Talvez, mas não o queria deixar pendurado. - Repete e eu detesto que ela queira saber do que ele pensa.
-Porque é que te importas? - Dou voz aos meus pensamentos.
-Porque o conheço desde que tenho dez anos e namoro com ele há três, sentia-me mal se o deixasse assim. - diz, e encosta a cabeça ao meu peito. Detesto que ela o conheça há tanto tempo, que queira saber o que ele pensa, detesto que eles namore basicamente.
Passo os dedos pelo cabelo macio dela enquanto ela continua encostada a mim, a cabeça deitada nos meus peitorais e as mãos abraçadas ao meu tronco. Adoro o contacto dela, o seu toque suave quando me percorre o corpo com os pequenos dedos, o modo como olha para mim, tudo. Ela consegue ser irritante, mas até isso eu gosto nela.
Bufo e sinto-a a revirar os olhos. O pai dela entra na sala e vê-nos assim, abraçados num momento tão íntimo e vejo que fica deveras confuso. Ela apressa-se a sair do meu abraço e tentar justificar-se. Não percebi porquê, tem vergonha de mim? Certo que não sou bem o tipo de rapaz que se esperaria ver com ela, mas a sério?
Não deve ser isso, só não se sente confortável com demonstrações de afeto em público. Tento convencer-me. Na verdade, não vi qualquer demonstração de afeto entre ela e o Kevin, nem sequer as mãos dadas. Que raio de namoro, não?
-Hum... Nós estávamos só a... - Começa atrapalhada, mas o George para-a.
-Não o precisas de te justificar. - Diz e acho que nunca antes gostei tanto dele. Graças a Deus que não puxou assuntos!
Com esta deixa pego na mão dela e conduzo-a para o andar de cima, até ao meu quarto.
Hoje à noite não vou à festa de certezinha absoluta. Não percebo porque é que ficam todos excitados com as festas, são sempre as mesmas bebidas, os mesmos bêbados, os mesmos jogos estúpidos, só muda o dia. Para quê tanta excitação?
Para mim ficar com a Scarlet o serão inteiro e descobrir mais sobre ela parece-me muito mais agradável. Adoro a sua companhia e quero estar com ela, de todas as maneiras possíveis.
-Não era possível arrastares-me mais depressa dali! - Diz quando fecho a porta do meu quarto. Eu rio-me e a sua expressão ameniza ligeiramente.
-Quero estar contigo. - Digo e ela sorri. Adoro o sorriso dela e quero vê-lo mais vezes. Os seus olhos azuis brilham quando olho para ela e tenho noção o de que os meus também.
-É o que é que queres fazer? - Pergunta inocentemente. Se ela soubesse o que queria mesmo fazer...
Em vez de dar asas ao meu pensamento, decido ir com calma, e por isso quero sair com ela.
-Queres ir à cidade, se não estiveres muito cansada? Só conheces a cidade durante o dia, à noite fica completamente diferente. - Digo e o sorriso dela só se abre mais e fica mais luminoso. Ela é linda, porra.
-Sim! Não estou nada cansada, é quero ver a cidade contigo. - Diz e eu não consigo conter um sorriso de orelha a orelha. Gosto tanto dela, foda-se, não a quero perder por nada neste mundo.
-Se calhar era melhor ires mudar de roupa ou assim. Se vamos andar pela cidade à noite, essa saia não é a melhor escolha. - Ela tem um corpo fenomenal e veste-se com o que parecem ser sacos de batatas. A mim não me faz sentido nenhum e também não me faz sentido nenhum que o monstro casaco de malhas não a tenha comido. Agora a sério, deixem-se de merdas, olha para ela pá! Mesmo assim, fico feliz que não tenha, adoro que haja tanto nela ainda por reclamar. Pensando bem, também tenho muito de mim para oferecer.
Ela suspira e sai do quarto em direção ao seu. Eu sigo-a e vejo-a com o guarda fatos aberto e com um ar indeciso. Mostra-me dois vestidos, um verde escuro e um castanho. Decide-se pelo verde e quando o veste... Foda-se! Ela fica com um ar extremamente inocente e ao mesmo tempo sensual com ele.
-Então, estou bem? - Pergunta, mirando-se ao espelho.
-Porra sim! - Digo de chofre. Ela está absolutamente perfeita, sem maquilhagem, só com o vestido posto. Ela não precisa de maquilhagem e grande parte das porcarias que as mulheres põem no rosto devem ser nocivas.
No entanto, pega num batom vermelho escuro e aplica nos lábios. Não precisava, mas continua lindíssima.
Depois de calçar umas sapatilhas diz-se pronta para sair.
Vejo o olhar da minha mãe quando nos vê a sair juntos e não gosto nada. Qual é a puta da razão de estarem sempre a intrometer-se na minha vida?
Pego nas chaves do carro e, como cavalheiro que sou, abro a porta para ela entrar.
Decidimos ir comer primeiro a um restaurante pouco formal, para manter as coisas casuais. As coisas estão a correr realmente bem entre nós hoje, espero que assim se mantenham.
Já está escuro quando acabamos de jantar e eu guio até ao centro da cidade, rezando para encontrar um lugar de estacionamento. Detesto esta cidade visceralmente e faço firmes intenções de, quando acabar o curso, voltar para Londres. Visto bem, a Scarlet não sabe nada sobre mim, apesar de sentir que ela me conhece melhor que ninguém. Prefiro que ela não saiba sobre o meu passado, sei que se soubesse não estaria agora comigo.
Passados a porra de uns vinte minutos a dar voltas na cidade encontro um lugar de estacionamento. Quando saímos do carro, a Scar está iluminada pelas luzes da cidade da forma mais encantadora possível. Caminhamos de mãos dadas pela cidade, o que para mim é extremamente estranho, pelas ruas de Nova Iorque e a cada uma por que passamos o seu rosto ilumina-se mais. Pergunto-me se ela também tinha esta expressão radiante quando estava com o Noah ou com o casacos de malha. Espero que não.
Quando chegamos à Times Square, ela abre desmesuradamente os olhos e sorri da forma mais encantadora possível.
-É inacreditável! Durante o dia é linda, mas há noite... - Diz e olha em sua volta. Adoro estar aqui com ela, a sua pele brilha ante as luzes da cidade, ela é perfeita. Puxo-a para mim pela cintura e encontro o olhar dela. Beijo-a lentamente e sinto o seu sorriso enquanto o faço. Ela agarra-se a mim pelo pescoço e continua o beijo. Amo-a porra, amo mesmo esta rapariga.
-Eu amo-te Scar. - Digo. É a primeira vez que o digo a uma rapariga e não podia estar mais convicto disto. Ela arregala os olhos, mas depois sorri.
-Eu amo-te. - Diz. Estas palavras trespassam-me e ao mesmo tempo aquecem-me o coração. Foda-se eu amo esta rapariga e tenho um medo de morte de a perder.
Sorrio-lhe e ficámos assim, feitos tolos a sorrir um para o outro nesta imensidão de gente num mundo só nosso. E é disso que precisamos, um mundo só nosso, presos nele, na nossa casa, sozinhos. Assim nada se vai interpor entre nós.
Depois de a ter beijado mais umas quantas vezes e passearmos mais um bocado pela cidade fomos para casa. Sei que ela já deve estar cansadíssima com o dia que teve hoje, por isso vou deixá-la descansar. Apesar de...
-Dormes comigo hoje? - Pergunto quando estamos no corredor da nossa casa. Ela hesita durante um segundo, mas depois aquiesce.
-Sim, tudo bem.
Quando entramos no meu quarto eu começo a despir-me. Ela observa cada um dos meus movimentos e olha atentamente para as minhas tatuagens do peito, como sempre faz. Quando fico só de boxes ela começa a debater-se com o fecho do vestido. Chego-me mais para o perto dela e ajudo-a a correr a abertura. Passo as mãos pela sua coluna e o seu rabo fica apontado diretamente ao ponto que anseia por ela. Foda-se.
-Estás a provocar-me. - Digo. É verdade, se ela continua a espetar-se assim para mim não me aguento.
O vestido verde que tanto gostei cai-lhe aos pés e ela fica só de roupa interior. Porra ela é a puta da perfeição.
-Não tenho pijamas aqui, tenho de ir ao meu quarto buscar qualquer coisa. - Diz. A sério? Por mim dormia sem nada, mas como sei que esta não é uma opção para ela, dou-lhe a minha t-shirt. Ela sorri e enfia-a pela cabeça. Quando a roupa assenta, não sei para onde olhar: se para as mamas, que são tão grandes que a t-shirt não lhe fica grande como deveria, se pela curva da anca dela estar mais sensual que nunca, se para as coxas macias dela estarem quase todas espostas. Podia ficar aqui a olhar para ela a noite inteira. Não, na verdade não podia, tinha de lhe tocar.
Dou-lhe a mão e deito-a na cama comigo, dando-lhe um beijinho no nariz, nas bochechas na testa, até que por fim na boca. Ela é linda e amo-a. Nunca pensei vir a dizer isto a alguém, mas a verdade é que a amo. Não quero passar mais um único dia sem ela, não quero que ela passe tempo com o parvalhão do namorado. Quero que ela passe todo o seu tempo comigo e a dançar, comigo a ver, claro.
As pequenas mãos dela delineiam as minhas tatuagens. Ela olha para mim e toca-me como se eu fosse uma experiência científica e eu acho isso adorável, a curiosidade que tem em mim. Se ela soubesse...
Puxo-a para o meu colo, preciso do contacto dela.
Ela está cansada, demasiado cansada, por isso beijo-a e deito-a no meu colo, para ela poder dormir.
-Amo-te, sabias Scar? - Pergunto. Amo-a tanto porra, mesmo.
-Sim. Amo-te Jake. - Afirma e volta a deitar a cabeça no meu peito nu. As suas pernas macias estão entrelaçadas com as minhas e esta posição é perfeita para dormir com ela.
Ela adormece em pouco tempo e fico uns minutos a comtemplar a sua beleza até adormecer.No dia seguinte acordo com a Scar agarrada a mim na mesmíssima posição em que adormecemos ontem à noite. Que raio, não tive pesadelos. Dormi com ela e não tive nenhum pesadelo. Como é isto possível?
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STAY STRONG
RomanceScarlet é uma rapariga tradicional, criada pela mãe e muito contida. Ela é um anjo, uma bailarina que ia concretizar o seu sonho em Nova Iorque em Julliard. Porém, tudo muda quando a sua mãe morre num acidente de carro e tem de ir viver com o pai e...