Como é que o meu pai se atreve a julgar-me? Como é que qualquer um tem a puta da coragem para me julgar? A minha mãe é o meu pai agem como se fossem amigos há anos sem fim, como se nada das merdas que o meu dador de esperma tenha feito nunca tivessem acontecido. Foda-se!
E ainda têm a lata de me dizer que não é correto namorar com a Scarlet? Vão todos à merda.
-Não tem nada a ver contigo, querida. É só que vocês... quer queirão quer não, são irmãos por afinidade. Eu e o George vamo-nos casar em breve. É inevitável. - A minha mãe vira-se para a Scar, mas fiz as palavras com cuidado, para não não me exaltar mais. O problema é que já estou exaltado. Mais que isso, até.
-Leah, também é inevitável o amor que sinto pelo Jake. - Diz passado uns segundos de silêncio, surpreendendo toda a gente à mesa. Olho para ela e sorrio, está rapariga é doida, e eu amo-a.
-Ouviram? E é recíproco. - Digo, é levanto-me da cadeira, puxando a Scar comigo.
Quando já estamos quase a sair da sala, o meu pai diz:
-Filho, não faças isso. Ela é tua irmã. Vocês são irmãos! - Diz, levantado-se da cadeira. Largo a mão da Scarlet e ando depressa até ao Christian, mas com um ar assustador o suficiente.
-Tu não tens nada a ver com as minhas relações. Se não fosse ela - aponto para a Scar - Eu nunca teria posto aqui os pés, tu não falarias comigo sequer e hoje, hoje não existia. Por isso em vez de te meteres entre nós, devias agradecer-lhe. - Rosno e vou-me embora, pegando na mão da Scarlet pelo caminho.
Entramos no carro e eu respiro fundo quando chego ao volante, dando um soco no mesmo. A Scar pisca os olhos quando ouve o som dos meus punhos a bater contra o carro, mas logo se recompôs.
-Lamento que tenha corrido assim. - Murmura.
-Pois, também eu. Mas aquilo foi demais, o que fizeste. - Digo, lembrando-me de quando ela fez aquelas pessoas todas se calarem.
-O quê?
-Quando disseste que o teu amor por mim também era inevitável. - Quando respondo, consigo ver as bochechas dela corarem. - O meu por ti também. - Acrescento e ela sorri.
-Sabes que mais? Quem é que quer saber? Já tivemos problemas suficientes, não vamos criar mais. - Diz, surpreendo-me. Eu sempre me estive cagando para o que os outros pensam de nós, mas sei que ela não.
-Eu sempre disse isso. - Encolho os ombros, e sem prévio aviso, ela salta para o meu colo, trespassando do seu lugar do carro para o meu.
-Então pronto, só tu e eu. - Diz, olhando-me nos olhos como nunca antes fizera.
-Só tu e eu. Para sempre. - Replico e ambos sorrimos. Se ela soubesse o quanto isso significa para mim, se ela soubesse o quão grande é o meu amor por ela... Ela sabe.
-Vamos para casa. - Diz, saindo do meu colo e voltando para o seu lugar.
O caminho para casa é um silêncio confortável, ela trauteia quase todas as canções que passam na rádio e eu concentro-me no trânsito de Nova Iorque.Chegamos a casa finalmente. Suspiro e enterro-me na cama com a Scar ao meu lado. Não estou cansado, nem por sombras, mas está demasiado calor e o quarto está ligeiramente mais fresco. Mesmo com o ar condicionado frio, está abafado. Já estamos quase em Outubro, em Nova Iorque já devia começar a fazer frio.
Prefiro mil vezes o inverno, combina mais com a minha personalidade. E há que dizer que é uma das únicas coisas que gosto na América, as paisagens de neve são incríveis.
-Vamos tomar banho? - Pergunto à Scar, que também está a suar.
-O quê, agora? Não viu tomar banho contigo. - Responde logo.
-Não me entendeste. Vamos dar um mergulho à praia. - Proponho e ela franze as sobrancelhas.
-Está de noite. - Torce o nariz.
-E está um calor do inferno, vamos! - Peço outra vez e ela sorri. Já sei que ela vem.
-Está bem, espera um bocadinho para eu vestir o fato de banho. - Diz e sai do meu quarto em direção ao seu. A Scar de fato de banho...Ela volta passados vinte minutos com uma espécie de vestido de croché bege por cima do fato de banho azul que usa.
Chegamos à praia e não há ninguém, claro, são quase onze da noite.
A primeira coisa que faço é tirar a roupa até ficar só de boxers e a Scar observa-me.
-Nao vais tirar essa coisa? - Pergunto, não sabendo como me referir àquilo que está a usar.
-Claro. - Diz e tira pela cabeça o pano de croché, ficando apenas com o fato de banho azul, todo aberto nas costas. Deixa-me com uma visão do caraças.Vou a correr até à água e salto. Está mais fria do que esperava, mas mesmo assim muito boa, fácil de entrar. A Scarlet vem mais devagar e põe os pés na água primeiro.
Vai entrando na água devagarinho até estar com o corpo todo molhado e aí vem ter ao pé de mim. Seguro-a pela cintura, já que pela profundidade desta zona deduzo que não tenha pé.
O céu está completamente estrelado e temos imensa luz, visto que a lua está muito brilhante. A Scar olha para o céu constantemente e pergunto-me o que estará ela a pensar.
-Às vezes pergunto-me se ela está ali. - Diz então, olhando ainda para as estrelas. Percebo que está a falar da sua mãe, parte-me o coração saber que não posso fazer nada para a consolar, nada que substitua a mãe. Simplesmente não é possível.Fico a contemplar o céu com ela durante mais uns minutos, até olhar para a minha miúda.
Meu Deus ela é linda. A luz da lua incide sob a pele dela, que está molhada por minúsculas gotículas de água. Só de pensar que ela é minha... Namoro com a rapariga mais linda que já tive o prazer de ver.Está aí amores, segundo capítulo do dia! Consegui hoje, mas não sei se vou conseguir postar dois todos os dias. Amanhã prometo que vem aí mais um capítulo!
Não é esqueçam de votar e comentar, vocês motivam-me. Bjs no core❤️😘
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STAY STRONG
RomanceScarlet é uma rapariga tradicional, criada pela mãe e muito contida. Ela é um anjo, uma bailarina que ia concretizar o seu sonho em Nova Iorque em Julliard. Porém, tudo muda quando a sua mãe morre num acidente de carro e tem de ir viver com o pai e...