Scott Duck
Eu estava sentado no banco hospitalar, teclo os números do teclado e envio para o diretor executivo da empresa. Preciso de informações sobre os lugares turísticos da cidade e as modelos, o que não fizeram esse mês.Sinto que fazia algo errado, adoro viajar e, dessa vez, sinto que algo está diferente.
— Como ela está? — Alguém e ergo os olhos. Uma mulher chega correndo com a bolsa de coro no braço — Mellany Gilbert, por favor! — Ela diz para a enfermeira no balcão.
Talvez seja parente da moça. Lembro-me bem menina dos cabelos claros, quase castanhos, desmaiar nos meus braços, a peguei e trouxe-a para o hospital.
Talvez essa moça que está desesperada seja alguma coisa dela.
Estou cansado desse banco de espera, então me levanto, ajusto a minha camiseta e ando até a moça de costas. Conversa algo na recepção.
— Oi? — A chamo tocando no seu ombro coberto por uma camiseta branca, solta. Ela logo se vira e me encara.
Tem cabelos castanhos escuros e, os olhos da menina que salvei.
— Sim? — Ela pergunta assustada.
Seus cílios são grandes. Seus lábios coberto com um batom vermelho e suas roupas de grifes. Eu já havia a visto em algum lugar.
— Eu que salvei a... — Espero ela dizer o nome.
— Mellany? — Ela franze a testa me encarando de cima abaixo.
— Isso. — Digo sorrindo.
Mellany. Nome bonito.
— Obrigada! — Me abraça.
Cheira um perfume forte, masculino. Algo que aprendi a lidar com as mulheres eram as formas fáceis de compreendê-las através de um simples toque, olhar ou aproximação.
Essa moça, ao tocá-la, percebi que já era de alguém. O seu perfume, meramente misturado com de outra pessoa, não está apenas na sua roupa (ocasionado por um simples abraço), está por toda a sua pele. Alguém havia tocado nela por diversas formas e lugares, o meu sorriso mostra entendimento e nenhuma aproximação a mais.
Eu sou um idiota, mas não sou um imbecil.
— Meu nome é Jessica! — Ela fala, tirando o sorriso do rosto.
— Scott! — Digo estendendo a mão para ela, que aperta a mesma. — Quer vê-la? Ela já está bem
— Digo indo em direção ao quarto onde estava a tal de Mellany.— Ei? — Ela me para segurando o meu braço e a encaro. — Bem, hoje vai ter uma festa em casa e é meu aniversário.
— Começou ótimo. — Eu fico entusiasmado e ela me encara séria. — Me desculpe.
—Tudo bem. — Deu de ombros — Como salvou a minha irmã, seria uma maneira de recompensa. Quero que vá. — Ela diz por fim.
— Não quero incomodar, mas obrigado.
— Quero te agradecer pelo que fez pela minha irmã. Vá, por favor!
Ela é irmã de Mellany, por isso os olhos tão parecidos.
— Okay, me passa o endereço! — Digo e pego o meu celular de volta do bolso.
Estava ainda aberto na conversa do executivo. "Arrume modelos. Pessoas comuns. Fotos aleatórias. Quero novidades. Não me decepcione." Eu li e bufei frustrado, não seria a primeira vez que ele me joga um serviço de longa distância.
Talvez eu precise realmente de um bom lugar para aprender a gostar de trabalhar sozinho, longe da empresa e cumprir ordens esfarrapadas de um homem tão fútil.
— Algum problema?
Ergo os olhos, me esqueci da mulher.
— Não. Não. — Entreguei o meu celular pra ela enquanto sou fitado por desconfiança. A mesma o pega e escreve algo em notas e me entrega o celular, rindo. — É na frente de onde estou dormimdo. — Digo rindo após ler o endereço.
Ela parece estar entusiasmada.
— Você é o vizinho novo, então? — Pergunta alto para mim.
— Acho que sim. — Digo olhando o relógio. — Preciso ir.
Eu tenho um encontro há vinte minutos.
— Tudo bem. Já fez muito hoje.
— Te vejo na festa! — Me viro indo até a saída.
— OBRIGADA DE NOVO! — Ouço-a gritar.
Já era mais de cinco da tarde. A festa era as sete. Vou levar a minha maquina fotográfica para tirar algumas fotos e desenhá-las depois, num gráfico pelo notebook.
"Fotos novas".
Já comecei com sorte..
Até o próximo capítulo...
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Para Sempre ao seu lado/REVISANDO
RomanceMellany Gilbert, após se tornar amiga de Scott Duck, pintor que ficaria pela sua cidade por apenas uma semana, são surpreendido por outros vagos sentimentos, mas tudo estava fadado a interferir nesse relacionamento "quase" impossível. Ficarão juntos...