Mellany On~— Então... Prefere que suco? — Scott pergunta me encarando com o cardápio a mão.
Suas sobrancelhas estavam arqueadas, com os olhos vidrados nos meus.
Por muito tentar, decidi vim com ele na lanchonete D'vil Lanches, o melhor que conheço.
Quando era mais nova, minha mãe gostava de me trazer aqui. Nunca abuso, porém, faz tempo que não comia nesse lugar maravilhoso.
— Maracujá! — Digo baixo, quase num sussurro.
— Porque não laranja? — Ele pergunta e o encaro.
— Eu que vou beber!
Tenho que ser dura com ele. Não é porque dormi com ele que quer dizer que tenho que ser boazinha, e blá blá blá.
Comigo o negocio é bem diferente.
— Como se sente? — Pergunta me fitando com os olhos curiosos me tirando dos pensamentos.
Parecia querer rir. Espero que essa pergunta não seja da nossa noite não muito esperada por mim.
— Porque? — Pergunto. Já estava suando.
— Sobre... a gente! — Ele diz. Minhas pernas gelaram. O que eu falo?
Não tem "a gente" nisso.
— O que tem? — Pergunto tentando parecer não entender sua pergunta.
Fiz o possível, mas minhas mãos não estavam concordando com isso, tremiam.
— Você está bem? — Ele pergunta com um sorriso de canto.
— Estou ótima! — Digo rápido.
— Podemos ir pra casa hoje a noite, o que acha? — Pergunta fazendo um sorriso malicioso. Além de corar, fiquei furiosa.
Ele acha que sou o que? Uma mulher que está pronta a qualquer momento pra satisfazê-lo?
— O que você disse? — Pergunto alto e me levantando batendo as mãos na mesa. Todos nos encaram.
— Calma!
— Vou embora! — Digo indo até a porta. Ele vem atrás.
— Espera, eu te levo!
Estava furiosa com o que ele acabara de dizer.
Imbecil, imbecil, imbecil..
Ele é como todos os outros, já devia imaginar.
— Mellany!
— Vou com você! — Digo por fim. Vim com ele, volto com ele.
— Okay, me desculpe! — Ele diz baixo me prensando no carro, virando meu corpo ao seu e respirei fundo.
Sua mãos encostam no carro me deixando em sua frente e me impedindo de ter passagem para sair dalí.
— Não chega tão perto! — Sussurrei.
— Porque não? — Perguntou.
Não disse uma palavra se quer. Ele era presunçoso, mimado. Abri a boca para dizer algo, mas sou impedida por sua boca.
No começo eu tentei afastá-lo de mim, mas depois sedi.
Porque ele me beijou?
Scott segurou minha cintura forte me levando para mais perto de seu corpo. Nossas línguas dançavam em sintonia. Suas mãos me apertavam fortes.
Logo seus beijos desciam no meu pescoço que riu quando arfei.
Me abraçou e deitou sobre o meu pescoço rindo. Eu o empurrei para longe e entrei no carro batendo a porta.
Ele levanta as mãos tentando entender.
— Você tem que parar de bater essa porta, ou ela vai cair! — Ele diz abrindo a porta e entrando.
Revirei o olhos, peguei a mochila e coloquei nas pernas, ele dá a partida.
— Põe o cinto! — Ele diz. Coloquei.
Andamos e viramos em algumas esquinas. Nada me tirava a atenção que estava no vidro escuro da porta
— Me desculpe! — Corta o silêncio de minutos.
Eu fitava as carros de fora, as pessoas atrasadas para seus trabalhos. Casais brigando. Uma vida normal para nós.
— Pelo o que? Por eu ser uma idiota, ou por você ser um aproveitador imbecil? — Pergunto sem tirar os olhos da avenida. Ele me encara. Pude ver de canto de olho.
— Você é bem marrenta, sabia?? — Ele diz rindo.
— Isso é um elogio? — Pergunto me virando para olhá-lo. Ele ria olhando para frente.
— Você acha? — Pergunta se virando para mim.
Seu olhar era vitorioso e logo me lembro do nosso beijo. Reviro os olhos rindo.
— Se lembrando de algo bom senhorita Mellany? — Ele pergunta.
Fico séria e o encaro. Ele ria maliciosamente. Continuei a olhar para frente, sem importar para aquele olhar sedutor maldito.
Assim que cheguei em casa, abri a porta do carro e a fechei batendo-a.
— Desculpa! — Digo indo até a porta da minha casa.
— Tudo bem, coloco outra depois! — O encaro.
Ele pisca. Eu entro, e ri do nosso beijo.
Até o próximo capítulo...
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Para Sempre ao seu lado/REVISANDO
RomanceMellany Gilbert, após se tornar amiga de Scott Duck, pintor que ficaria pela sua cidade por apenas uma semana, são surpreendido por outros vagos sentimentos, mas tudo estava fadado a interferir nesse relacionamento "quase" impossível. Ficarão juntos...