Para Sempre ao seu lado/REVISANDO

Capítulo 47

Scott On~

Ou Mellany era extremamente louca desde que nasceu, ou tomava remédios que estava a deixando louca constantemente. Percebi isso hoje.
Estávamos á caminho da praia no meio da noite. Quase duas da manhã, ou mais. Como posso ver, não vou dormir essa noite, e dormirei no avião a viajem inteira. Espero não sentar do lado de uma velhinha que babe na minha roupa inteira. Daqui para Canadá é longe, então não quero passar o caminho inteiro cuidando de uma velhinha para que ela não me babe.

Alguns minutos antes, eu estava deitado com Mell, na minha cama. E um momento constrangedor aconteceu, não consegui me controlar, e endureci. Deixei Mellany sem palavras, mais corri até o banheiro para um banho gelado, pra ver se aquilo melhorasse. E melhorou, pelo menos um pouco. Mellany suava entre os meus braços, ambos estavam tentando se controlar para que não acontece algo que podia estragar nossa amizade. Eu sabia que Mellany me quería, seu corpo me desejava. Sentí isso quando estava deitado na cama com ela. Seu corpo aumentava a temperatura toda vez minha respiração tocava seu pescoço, toda vez que minhas mãos a acariciava. Sério mesmo isso Boston? Estou deitado com a mulher que amo, num quarto vazio, a sós, e não posso tocá-la da forma que meu corpo deseja? Isso é uma tortura.
Do nada,  Mellany me chama pra vim na praia. Não tive escolha, ela saiu me puxando apenas de roupas inadequadas. Ambos estavam de pijama. Entramos no carro ( outra vez, Mellany bateu a porta do meu carro, resolvi não me importar mais), e fomos em direção a praia.

Aqui estamos, estacionando o carro num lugar proibido, e andando descalços na areia, que maravilhosamente estava fria, de pijama.
Segurei em sua mão e a puxei para a água. As ondas faziam grandes sons em nossa direção, trazendo consigo o ar extremamente gelado. Apertei a espinha só de pensar está dentro daquilo. No mínimo morrerei com o sangue congelado.

Sem pensar corri em direção a água puxando Mellany comigo
Se eu vou, ela vai.
A mesma gritava pedindo pra esperar um pouco, resolvi nem importar com aquilo. Toquei meus pés na água e todo o meu corpo congelou. Estava tão fria que minhas pernas já começaram a ficar dormentes. Puxei Mellany comigo, e ouvi os gritos finos dela quando já estava dentro da água.

Meu queixo batia conforme o frio aumentava. Assim como Mellany.
Eu rí e segurei na sua cintura. A puxando para o meu corpo.
Bons tempos de escola, me lembrei da física, dois corpos quentes em contato, tende a permanecer quentes. Algo do tipo. Abracei Mellany, a mesma passou seus braços finos e macios sobre o meu pescoço e grudou nossos corpos um no outro. A apertei sobre mim, e maravilhosamente estávamos nos esquentando.

_ Eu.estou.com.muito.frio!!!_ Mellany diz pausando as palavras enquanto seu queixo batia. Senti sua respiração quente no meu pescoço; e rí. Ela estava congelando.

_ Me aperta mais!!_ Digo rindo. A mesma levanta suas pernas e as encaixa na minha cintura. Seguro firme seu corpo e aperto contra o meu. Sério aquilo? Posso está nesse gelo total, mais não posso me aguentar.

Passamos alguns minutos assim. As ondas iam e vinham, cada vez mais gelado. Nossos corpos estavam completamente anestesiados.
Ela deitou sua cabeça no meu ombro, escondendo seu rosto no meu pescoço. Estávamos sentindo nossas respirações, e os batimentos cardíacos baterem lentamente.

_ Temos que sair um pouco, ou vamos congelar!!!_ Digo baixo. Ela tremia muito, não queria que ela adoecesse; mesmo isso sendo tarde, com certeza pegará um resfriado enorme, assim como eu.
Estava tão frio que quando abria a boca, a neblina pervoava sobre o vento gelado. Ela apenas assente e não sai do meu corpo. Isso, a levarei no colo mesmo. Me virei e saí andando em direção ao seco.
Minhas costas estavam ao ar livre, e um gelo enorme percorreu por todo o meu corpo. Mellany começou a pesar, e a apertei no meu corpo, tentando fazê-la ficar mais quentinha.
Cheguei até uma árvore alguns metros perto do carro, e imprenssei sobre ela. A mesma baixa as pernas e me abraça forte. Que eu saiba, a árvore e meu corpo a impressando, a deixará longe do vento forte e gelado.