Hospital

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Acordei meio zonza, sem saber direito onde estava. Olhei em volta encontrando o par de olhos mais lindos que já vi.

- Oi bela adormecida -falou se aproximando e acariciando meu rosto- Que bom que acordou! Se sente melhor?

- Sim, eu consigo respirar normalmente agora -sorri fraco- Só minha cabeça que tá doendo um pouco.

- A enfermeira disse que isso poderia acontecer, é uma reação da vacina. -esclareceu fazendo carinho em meus cabelos.

- Eu dormi por quanto tempo, amor?

- Mais ou menos duas horas -falou me assustando um pouco- Seus pais vieram aqui mas você já estava dormindo então eu disse que  ligaria assim que acordasse.

- Vou ter que passar a noite aqui? -perguntei manhosa. Eu odeio hospitais.

- Infelizmente​ sim, mas eu ficarei aqui com você -entrelaçou sua mão na minha.

- Parece que alguém acordou -a enfermeira disse entrando no quarto- Como se sente querida? -perguntou me analisando.

- Bem, só minha cabeça que dói um pouco.

- Vou buscar um remédio pra isso e pegar um soro pra você.

- Soro? É mesmo necessário? Eu odeio agulha. -reclamei recebendo um olhar feio de Mauro.

- Sim querida, infelizmente é necessário. -ela falou sorrindo e saindo do quarto.

- Amor, eu não quero tomar soro. -fiz manha e Mauro riu.

- Alice, para de birra -revirou os olhos.

- Não é birra, eu só não gosto de agulha.

- Não gosta de agulha mas tem tatuagem? -arqueou a sobrancelha observando os traços espalhados pelos meus braços.

- É diferente Nakada -cruzei os braços.

- Não me chama de Nakada, não tem que ficar brava -disse me fazendo bufar.

- Voltei querida -a senhora entrou com todos os equipamentos necessários.- Isso irá fazer sua dor de cabeça passar - me entregou um analgésico e eu tomei rapidamente- Você ​vai sentir uma picadinha -ela disse ajeitando meu braço pra aplicar o soro. Procurei a mão do Mauro, entrelaçando a minha. Fechei meus olhos e apertei sua mão quando senti a agulha.

- Eu não acredito que você realmente tem medo - riu fraco acariciando meus dedos.

- Não ri idiota! -xinguei fazendo a enfermeira rir.

- Prontinho querida, volto daqui a pouco para tirar isso. Não se mexa muito -ela orientou saindo do quarto.

- Tem uma agulha enfiada em mim e não posso nem me mexer.

- Para de reclamar meu amor.

Observava o soro que estava quase no fim enquanto Mauro falava com sua mãe ao telefone. Ela estava preocupada comigo e me pediu desculpas várias vezes.

- Mauro do céu -falei atraindo seu olhar preocupado- Eu preciso ir embora daqui.-me sentei na cama tentando me livrar dá agulha.

- Mãe, eu preciso desligar agora, até mais -guardou o celular no bolso e veio em minha direção- Qual o problema agora, Alice? -perguntou segurando minha mão a afastando da agulha.

-Amanhã é segunda, amor.

- É, e daí? -perguntou  confuso.

- E eu tenho reunião com o pessoal da my favorite things pra resolver as coisas das fotos. -expliquei e ele me encarou sério- Eu preciso ir embora, dormir na minha cama e me preparar pra estar maravilhosa amanhã.

- Alice, primeiro, você sempre está maravilhosa -elogiou me fazendo sorrir- E segundo, sua saúde é mais importante que qualquer coisa.

- Amor, eu to super bem, sério -afirmei e ele permaneceu me encarando- Conversa com a enfermeira e pede pra ela me liberar depois que o soro acabar, por favor -fiz bico e ele bufou.

- Incrível como eu nunca consigo dizer não pra você - revirou os olhos- Eu vou falar com ela e se você estiver bem mesmo, nós vamos embora! -ele falou me dando um selinho e indo atrás dá enfermeira.
Ela me examinou e me liberou, constatando que eu já estava bem.




Oi gente, desculpa pela demora. A última semana foi muito difícil pra mim, minha irmã faleceu e eu fiquei sem cabeça pra postar aqui.
Mas agora voltei com tudo haha espero que gostem desse capítulo, beijos ❤️❤️

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