A Drop In The Ocean

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Passado

Peeta

"...A drop in the ocean, A change in the weather
I was praying that you and me
Might end up together
It's like wishing for rain, As I stand in the desert
But I'm holding you closer than most
'Cause you are my heaven..."

Ron Pope

***

– Achei que você não viria mais. - Gritou Finnick vindo ao meu encontro.

Me aproximei sorrindo.

– Demorei porque eu fiquei esperando a Glimmer decidir se viria ou não. A mãe dela tem alguma espécie de chá marcado com as matronas da Capital e queria que ela ficasse por lá. - Respondo ao caminhar na areia fofa da praia.

O calor que banhava tudo ao redor estava insuportavelmente delicioso, por isso respirei profundamente ao olhar em volta. Já fazia algum tempo que eu não vinha na praia.

– Onde está o pessoal? - Pergunto depois de cumprimentar Finnick com um toque de mão.

– Cato e Clove estão transando em algum lugar escondido, daqui a pouco eles aparecem. - Respondeu Finnick que estava usando uma roupa de surfista. - As sereias estão no mar, e Thresh está sentado embaixo de um guarda-sol tentando esconder uma ereção.

– Porque? - Pergunto inocente.

– Você vai ver, conquistador.

Conversamos mais algumas besteiras enquanto caminhamos até os nossos lugares na praia deserta.

Ainda bem que Finnick e Annie nasceram no Distrito Quatro, local onde estamos agora. É uma benção eles conhecerem as melhores praias, as mais paradisíacas longe de turistas e multidões.

Essa em particular, é uma das praias mais bonitas que eu já vi. A areia é branquinha e macia como as nuvens no céu, o mar tem um tom de água esverdeada e transparente, e grandes coqueiros davam ao lugar um ar de intocado.

Eu gostaria de estar com as minhas tintas e uma tela nesse exato momento para poder registrar esse lugar tão bonito.

Deixo a minha mochila cair na areia ao lado de algumas cadeiras de plástico abertas e vazias.

–Thresh. - Cumprimento-o com um toque de mão rápido e uma aceno.

Ele realmente está sentado com uma cara de poucos amigos enquanto olha fixamente para o mar. Uma grande garrafa de cerveja está aberta em suas mãos.

– Peeta. - Responde ele de forma automática.

Tiro a minha camisa e decido ficar só de bermuda. Mesmo usando uma sunga preta por baixo, eu não me sinto à vontade de tirar a bermuda e ficar só de sunga. Coisa de homem. Logo, pego em minha mochila o protetor solar que trouxe e começo a passar o conteúdo, gosmento e sem cheiro, nos meus braços.

– Para de ficar encarando o mar, você parece que nunca viu mulher. - Ouço Finnick ralhando com Thresh.

– Finnick, aquela mulher vai ser a minha destruição. Você viu que eu tentei. - Responde ele.

– É melhor você nem piscar para a minha Annie, ou eu te mato. - Finnick continua a dizer, depois de se sentar em uma das cadeiras reclináveis de plástico. Ele se inclina até uma caixa térmica grande no chão e retira de dentro outra garrafa de cerveja.- Corre para dentro da água gelada assim que elas voltarem. Eu não quero que a Annie olhe para o pau de ninguém, ela só pode olhar para o meu.

Amarras do passadoOnde histórias criam vida. Descubra agora