LIVRO III - A Ordem do Caos

Jogo Mortal

COMUNICADO #1: Pessoas queridas que me acompanham, mil desculpas pelo intervalo de quinze dias na postagem. Eu estive de mudança de apartamento no último fim de semana e até agora ainda estou sem internet no novo AP. Mas acredito que a partir de amanhã essa situação se regulariza. Não se preocupem, seguiremos com esse livro até o fim.

COMUNICADO #2: Além da mudança de AP, eu estou preparando uma grande surpresa em relação ao primeiro livro. Neste momento, ele está passando por uma revisão profissional para eliminar todos os errinhos bestas e também para que o texto ganhe um pouco mais de robustez. Ainda estou pensando em um formato de publicação. Qual seria o favorito de vocês: uma versão na Amazon para Kindle ou um livro físico? Vocês comprariam?

COMUNICADO #3: Não sei se vocês conhecem, mas o Wattpad promove um concurso anual chamado Wattys que premia alguns livros em categorias estabelecidas. Neste ano, mais de 19.400 livros se inscreveram. No fim da semana passada, a equipe do Wattpad divulgou a lista dos 99 finalistas e quem está lá? Nosso incrível e maravilhoso O Soneto do Apocalipse que destruiu o coração de tanta gente e reduziu a nossa população de sobreviventes de forma tão drástica. Mesmo sem ainda ter o resultado final, figurar nessa lista nos rendeu alguns novos leitores o que aumenta ainda mais a quantidade de pessoas para compartilhar os sentimentos controversos em relação à essa querida trilogia. Sem o apoio e a aflição de cada um, sei que não alcançaria tal colocação. Muito obrigado, de coração <3 Agora vamos torcer bastante para que o Soneto ganhe em alguma das categorias :)

Agora vamos ao que interessa haha. Com vocês, Jogo Mortal. Espero que gostem! Preparei com o maior carinho (e com minha personalidade psicopata) para vocês.

***

Apesar do olhar morto do garoto, Délia ainda conseguia ver um resquício de inocência em seu pupilo. Ele ficou parado olhando pela fresta da porta, de prontidão. Observava suas presas com cautela antes de decidir o que figuraria em seu próximo prato.

Thomas pisava sobre algum membro de Clara com um dos pés, mas este estava quase todo encoberto pelo gás que não se esvaía com o passar do tempo. Seus cabelos lisos que antes o incomodavam na altura dos olhos estavam molhados de sangue, assim como a roupa rasgada na altura do peito.

Todos sabiam que a porta estava intransponível. Thomas não poderia passar por elas para comê-los vivos, assim como fez com César e seu dragão. Mas a sua presença por si só já era assustadora. Ele não precisava se mover ou partir para o ataque no intuito de infringir medo.

Uma pancada oca soou do lado de fora. Thomas permaneceu imóvel. Impossível ele ter sido responsável pela pancada. Mas se não era ele, quem seria? O misterioso som deixou todos em estado de alerta máximo.

Com palpitações em aceleração exponencial, Joana passou a língua nos lábios. Sentia-os ressecados. Não bastava o choque emocional de aceitar que seu passado foi uma mentira, ainda tinha que lidar com um morto-vivo recém transformado em um lugar que ela desconhecia.

A presença de Thomas não a paralisou. Mesmo sentindo o medo emergir dentro de si de forma abrupta, Joana caminhou para perto de Cris, Leafarneo, Charles e Délia.

Uma segunda pancada fez a porta metálica tremer no eixo superior, provocando gritos apavorados de Cris, que levou as mãos à boca mais uma vez para evitar o gás e os alardes desnecessários. Estava difícil respirar. Estava difícil conter o pânico sem poder extravasá-lo para não chamar ainda mais atenção.

Charles se colocou à frente do grupo. Sabia que não poderia defender todos de um possível ataque de Thomas, mas estava disposto a se sacrificar para que os outros pudessem fugir. Não que ele estivesse desperdiçando a tentativa de seus amigos de o salvarem das garras da ASMEC, entretanto preferia vê-los sobreviver ao invés de ganhar mais alguns dias de vida antes da infecção dominar seu corpo por completo. Seus braços ainda não se firmavam com tanta força, mas a tremedeira involuntária não o tornava um escudo humano menos competente.