❁ fifty ❁

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e v i e

Eu nunca entendi o porque de as pessoas gostarem tanto de festa.

Isso pode até se assemelhar a um pensamento de um senhora de noventa anos, mas essa é a verdade. Enquanto todos se divertiam, dançavam e cantavam, a única coisa que eu conseguia fazer era ficar em um canto, me sentindo o ser humano mais deslocado da face da terra. Não que eu tivesse algo contra pessoas que se divertem em festas, mas é muito intimidador estar cercada por pessoas que estão aproveitando a vida, enquanto eu me sentia extremamente insegura.

Por isso já estava há meia hora sentada na borda da piscina, com os pés na água, e carregando os snaps de algumas pessoas. Todo mundo parecia ter sumido, e eu não me sentia confortável o suficiente do meu lugar é tentar socializar. Eu não via Maju desde quando ela tinha sumido para ir no banheiro, e cada um tinha parecido arrumar alguém para trocar saliva.

Exceto eu, é claro.

Eu só queria ir embora logo, e ficar quietinha na minha cama. A cada dia que se passava, eu tinha mais certeza de que vida social não foi uma coisa feita para mim.

Suspirei, irritada, e abri o twitter. Havia dias que eu tentava descobrir se o 'Alien' tinha uma conta no aplicativo, mas não tinha obtido nenhum resultado.

Guardo o celular no bolso, e prendo o cabelo em um coque. Deixo meus ombros caírem, um pouco derrotada, e fecho os olhos, sentindo os mesmos pesarem.

— Resolveu se afastar um pouco? – ouço alguém perguntar, e quando abro os olhos, encontro Matthew sentado ao meu lado. Abro um sorriso de lado, e ele dá um gole em sua bebida.

— As vezes é bom. – dou de ombros, e ele ri.

— Mas é muito melhor entrar no mundo de verdade, do que apenas observá-lo acontecer. – ele diz, e dou risada.

— Uau. Você treinou durante quanto tempo na frente do espelho para aperfeiçoar sua fala? – pergunto, e me viro, ficando completamente de frente para Matt, que me imita.

— Acho que umas duas horas. De zero a dez, qual a minha nota?

— Onze. Isso foi digno de um Óscar. – esquivo a sobrancelha, e ele ri.

— Quer um pouco? – Matt pergunta, e me estende seu copo. Balanço a cabeça negativa e freneticamente, o fazendo rir.

— Eu não bebo. – digo.

— Não foi isso que me disseram​... – ele sorri misterioso, e bebe o resto do conteúdo que há no copo. Pisco os olhos lentamente, sentindo meu estômago borbulhar. Eu ainda tinha fortes suspeitas de que Matthew era Alien, e isso só confirmava as coisas. Como ele iria saber uma coisa dessas, se nós nem éramos próximos?

— Você por acaso... – começo a dizer, mas sou interrompida por um grito de Taylor. Me viro para trás ao mesmo tempo em que ele joga duas latas de Coca-cola para Matt, que as pega no ar, e me estende uma.

— Agora você não tem nenhuma desculpa. Vai ter que beber comigo. – ele sorri, e abre sua lata. Faço o mesmo, e bebo um gole generoso. – O que você estava dizendo antes mesmo?

— Sobre o pt. Qualquer coisa que tenham dito, é mentira. Aquilo foi coisa do... Momento. – respiro fundo, tentando segurar minha língua. Se ele não fosse o Alien, e eu perguntasse alguma coisa, provavelmente passaria a maior vergonha. É melhor levar essa dúvida comigo para baixo da terra, do que pagar o maior micão do ano, penso.

— Você deveria ter mais momentos como esse. – ele diz, e aproxima o rosto do meu. Sua respiração quente bate em minha pele, e eu fecho os olhos. – Foi o que eu disse, Evie. É muito melhor você entrar no mundo de verdade, do que apenas observá-lo.

— E isso por acaso incluí beber, esquecer de tudo no outro dia, e contrair clamídia? – pergunto, e ele gargalha. Nossos olhares se encontram, e eu mordo o meu lábio inferior.

— Talvez. – ele sussurra, e se aproxima mais um pouco.

Uma parte do meu cérebro está gritando para mim sair correndo, disparando uma alarme vermelho. Já a outra está entrando em combustão instantânea, não sabendo exatamente o que fazer; o que pensar.

Em um momento de insanidade, colo meus lábios aos de Matt, que leva sua mão até meu rosto. Ele aprofunda o beijo, e quando sua língua pede passagem, eu suspiro, cedendo. Estou tão entregue, e minha mente parece ficar vazia por alguns instantes, enquanto sinto uma formigação estranha no estômago. É uma sensação completamente nova.

Quando nos afastamos, Matt sorri, e eu me encolho, sentindo o coração bater acelerado. Levo a minha mão até meus lábios, e levanto desajeitada. Saio o mais rápido possível de perto da piscina, me sentindo um pouco zonza. Entro em um dos cômodos da casa de Cameron, e fecho a porta atrás de mim, me encostando na mesma.

— Meu Deus do céu. – sussurro para mim mesma, e afasto uns fios de cabelo do meu rosto. – O que foi que fiz?


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Oi meninassss. Tudo bem com vocês? Espero que sim, rsrs

Primeiramente (fora temer rs), eu queria me desculpar pela demora do capítulo, e por ele estar pequeno. Essa semana foi um porre, e para ajudar, eu tô com uma puta alergia na mão, então não consegui escrever mais do que isso :(

GENTE, A MINHA MÃO TÁ IGUAL MÃO DE GRÁVIDA QUANDO FICA INCHADA, SÉRIO!!!!!!

Mas voltando ao capítulo, o que vocês acharam? Estavam esperando por esse beijo? Correspondeu a expectativa de vocês? Aaaaaaa, eu quero muito saber o que vocês acharam, socorro.

O que vocês acham de uma maratona para compensar os dias que eu fiquei sem postar?

𝐝𝐫𝐮𝐧𝐤 ❀ 𝐦.𝐞𝐬𝐩𝐢𝐧𝐨𝐬𝐚Onde histórias criam vida. Descubra agora