Logo, a noite chega. Nós decidimos que um de nós deve dormir enquanto o outro fica vigiando. Como eu sou uma pessoa muito gentil, eu deixei que o menino dormisse primeiro.
Assim que ele pegou no sono, eu respirei fundo.É. É agora. É hora de cometer um genocídio.
Eu conjurei um afiado pico de gelo. Observei o Kurapika, que dormia sentado, encostado na árvore com sua carinha inocente. Ia ser tão rápido que ele não ia nem sentir nada.
Eu podia ouvir as corujas e morcegos voando. A lua estava muito bonita.Eu olhei pro Kurapika por um bom tempo. Droga, agora minhas pernas estão tremendo. Quanto tempo faz que eu me sinto assim ao matar alguém?
Erguendo o pico de gelo, eu chego cada vez mais perto. Cada vez mais perto. Perto da cabeça dele. Agora. Só um movimento e acabou. Ninguém vai saber. Você diz aos outros que foi um acidente, e fica por isso mesmo.... escondendo isso deles...pra sempre...
A minha respiração fica ofegante e eu tenho medo de acordá-lo. Agora a minha mão está tremendo.
Quantas pessoas eu já matei? Não tenho a menor ideia. Agora é só uma. Só uma...Meu cabelo pisca em uma cor que eu não pude ver direito. Eu me afasto rapidamente, indo para trás da árvore onde Kurapika estava e finco o pico de gelo no chão com toda a minha força. Meu cabelo vermelho-sangue brilha na escuridão.
Droga. Droga. Droga!Eu continuei esfaqueando o chão.
Odeio essa situação. Odeio o Kurapika. Odeio meus sentimentos. Odeio a aranha. Odeio os Kurta. Odeio essa porra de exame. Odeio tudo isso e muito mais.
Eu paro de esfaquear o chão, ofegante. Não penso em nada. Meu cabelo volta à cor normal.
-Alguma coisa errada? -Kurapika pergunta, se levantando. Eu rapidamente escondo o espinho de gelo e me posiciono de modo a esconder o que eu tinha feito no chão.
-Não, só... achei que tinha uma aranha em mim, mas era só um besouro. Pode voltar a dormir.
Kurapika voltou a dormir. Eu voltei a vigiar.
Achei que tinha uma aranha em mim. Eu realmente achei que tinha.--------
Após andarmos um pouco, podemos ouvir a voz de Tonpa. Ele está com Leorio, que está segurando sua faca. Kurapika e eu nos escondemos em arbustos.-Pera aí! Eu garanto que você não é meu alvo! -Tonpa disse.
-Prove... -Leorio responde.
-Ve-veja. -Tonpa mostra um cartão com o número 191.-Eu não joguei fora e acho que fiz bem. Não tenho força nem vontade de caçar alguém que não é meu alvo. E eu sou seu alvo?
-Infelizmente não. -Leorio mostra um cartão com o número 246. Eu não faço ideia de quem é esse número.
- 246, a Ponzu? -Tonpa pergunta.
-Você sabe quem é? -Diz Leorio.
-Sim. Você não?
-Er....
-Faremos uma troca. Eu comi umas avelãs e agora estou custando a ficar em pé. -A barriga de Tonpa começa a fazer uns barulhos bizarros.- Você quer ser um médico, não é? Se me der um remédio te dou informações sobre a Ponzu.
-Feito, começe dizendo o que sabe. Mas não vai se borrar! -Leorio diz.
-Bem. Ponzu é uma garota. De acordo com o que sei, 24 dos candidatos usam remédios como arma e Ponzu é uma delas. Ela se parece com isso. -Tonpa fez um desenho mal feito no chão, mas eu não conseguia ver de onde eu estava. -Em geral ela monta uma armadilha e espera a presa cair nela. Se a confrontar abertamente você tem chances de ganhar. Além disso ela sempre sabe quando alguém a está seguindo. Isso é tudo que eu sei agora me dá o remédio.
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Dilema x Do x Destino (Hunter x Hunter)
FanficRosa Lucilfer, a filha de Chrollo Lucilfer vai fazer o Exame Hunter afim de sair do Ryodan e começar sua própria vida. Mas no exame ela encontra um sobrevivente do clã Kurta que quer vingança. Em um momento de descuido, eles se tornam amigos. Agora...