Capítulo 9

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{Bem, meninas. Por hoje é só. Deixo esses três ultimos capítulos para vocês acompanharem e se deliciarem Com Carl e Coe. O 7 é grande então, teremos um pouco mais desse casal lindo. Peço, como sempre, que votem e me ajudem a espalhar a notícia desse romance rsrs. Grande beijo... } 


Livro-me de Ben determinada a curtir minha cama um pouco mais. Agradeço intimamente pelo fim do jantar e alivio-me quando o vejo soprar um beijo da calçada, rapidamente penso na cena clássica entre Romeu e Julieta. Mas não sou romântica para comparar, no entanto, conheço a história trágica do casal que findou o amor eterno de um jeito tão louco.

Concluo minha nostalgia quando olho para o teto do meu quarto e aperto meus olhos determinada a dormir, mas minha mente mais uma vez me arremete ao momento em que senti os lábios de Carl sobre os meus, num beijo quente e sensual. Um beijo cheio de desejo, que até hoje mexe comigo. E nas minhas lembranças, consigo sentir o calor de seu corpo contra o meu, ouvir seu sussurro em meu ouvido, pedindo para que eu ficasse.

Seria loucura! Tanto tempo mantendo minha postura séria, ignorando os olhares que certas vezes recebia de Carl, esquivando-me dos comentários pessoais que ele passou a insistir em manter... E agora, pouco mais de um ano ele decide ir contra tudo o que não devo permitir.

— E a culpa é toda minha — sussurro contra o travesseiro, movendo-me de bruços na tentativa de forçar o sono a chegar.

Voltando no tempo, procuro em minha mente algo que fiz e que pode tê-lo instigado a querer acabar com o relacionamento profissional que mantínhamos. Foi na intenção de não transgredir regras, que eu decidi que nunca me envolveria com clientes. E estava conseguindo até aquele momento.

Cavagnalari é um homem intenso. Desde o início, utilizando termos arredios ditos em tom seco, fizeram formar entre nós um casco, uma camada áspera de animosidade devido ao seu comportamento autoritário e austero. Eu sempre o tratei explicitamente como um cliente, no entanto, seria melhor que o tratasse com submissão, como Ralph declarou certa vez quando o enfrentei ainda no início do tratamento, deixando-o paralisado e chocado com minha atitude ao ir embora porque ele praticamente me desafiou a ir.

O problema foi ter que engolir as palavras de Ralph, sobre Cavagnalari não ser um cliente comum.

— Pelo tratamento de sua madrinha, trate-o como um cliente especial.

Pelo tratamento de Ollay, eu faria qualquer coisa. Trabalharia duro para arcar com as despesas caras da clínica e até mesmo submeter-me á um tirano sem noção. E seria tudo por amor á mulher que me criou com tanta dedicação.

Lembro-me que na ocasião, eu o deixei com cara de nada na própria casa e abandonei o tratamento. Uma sessão de emergência! Aquilo foi um absurdo e notei naquele momento, o quanto corri o risco de perder meu emprego e consequentemente, perder o tratamento de Ollay. "Tudo pela madrinha" eu pensava com lágrimas nos olhos.

Eu aprendi que tanto Mohamed quanto Cavagnalari, eram clientes importantes para Ralph e ele não queria perdê-los. De um lado Mohamed, um excêntrico meio senhor cujas barbas espessas faziam com que aparentasse mais idade do que seus cinquenta anos. Era educado e vez e outra inconveniente, mas nunca me tratou com desrespeito. Do outro, Cavagnalari. Um homem forte, atraente e arrogante, que movia tudo para conseguir o que queria e colocava seu tratamento sempre em primeiro lugar, doa a quem doer. Jamais acentuaria um conflito entre os dois magnatas por um motivo tolo.

Cheguei a Lour House com as mãos suando e o coração palpitando. Eu não pensei que Carl, em sua majestosa aura de plenitude, me aceitaria de volta para continuar o tratamento depois que o deixei falando sozinho. Mas estava errada em minha conclusão.

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