Capítulo 13

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Mais tarde, pego-me refletindo como é bom estar com o corpo de Coe junto ao meu, sentir sua respiração calma contra minha mão, enquanto adormece serena e suave. Protelei tanto minha ida até sua casa e agora que estamos juntos novamente, depois de fazer amor, eu penso como gostaria que esse tempo demorasse a passar.

É evidente meu desejo. Planejei sugar dela toda chama de fogo que pudesse consumir e acabar de vez com esse desejo ardente que nutro por seu corpo. No início, acreditei que essa intensidade seria importante, mas estou constatando que quanto mais fazemos amor, mas eu a quero. Estou viciando-me nela. Por isso decidi não vê-la depois de nosso ultimo encontro, apenas para dar tempo a minha mente e tentar acostumar-me com sua ausência. Não precisei de sessões de emergência, mas precisei de seu corpo e lutei o quanto pude para sucumbir ao desejo de procurá-la e fazer amor de um modo mais louco e apaixonante.

De fato, eu não deveria estar incomodado, afinal, não temos um relacionamento concreto, porém, recordo-me de minha ansiedade quando vi o sobrinho de Dill sair de sua casa e meus punhos cerram com o ciúme que senti.

E, cada vez mais sinto-me em perigo com esta situação. Apesar de senti-la envolvida e apaixonada, não posso me esquecer de que já sofri por uma rejeição que me marcou profundamente.

— Isso não é permitido!

Meu bramido soa no ambiente ao mesmo tempo em que o som do meu soco na mesa ecoa seco e alto. Meus olhos ficam em alerta e meus lábios comprimidos enquanto cerro meu punho indicando meu grau de estresse e fúria.

— Não entre o grupo — completo no mesmo timbre de voz.

— Mr. Cavagnalari suponho que não tenha em mãos as atuais...

— Eu não vou permitir. — interrompo Roswell sem intimidar-me com o bloco de papeis em suas mãos.

— Você pode fazê-lo me ouvir? — Roswell reage cínico dirigindo-se á Dill.

— Carl, apenas ouça o que ele tem a propor.

— Ele não é seu novo presidente? — O homem continua mantendo seu tom cinicamente suave e irritante — Talvez ele saiba alguma coisa mais atual no que diz respeito aos negócios modernos.

Eu sinto meu rosto esquentar, estou furioso com as declarações do irlandês irônico. Respiro fundo ao recostar-me no assento da cadeira almofadada da sala de reuniões, enquanto tento imaginar Joe Cavagnalari aqui, em meu lugar.

— Você como presidente já tomou a decisão — sentencio por fim em tom baixo e perigoso, não encaro Dill e sei o que estou fazendo.

— Não o fiz, Carl.

— Então porque estamos aqui, sentados assistindo Roswell dar as indicações de um novo processo, um novo projeto?

— Não é bem assim...

— Ainda não terminei. — Grito mais uma vez encarando um depois o outro.

Eles estão de certo modo a minha mercê. A reunião que finalmente acontecia, já estava traçada em minha mente porque eu só trabalho com metas. Aprendi com meu pai. Manipulo todo meu negocio e aqui, entra e sai quem eu quero.

Agora eles me olham, acreditando em meu impasse. O Irlandês queima seus olhos com a ira de minhas interrupções, enquanto Dill soa na testa, praticamente encolhido em sua cadeira a minha direita.

Finjo buscar calma e arfo, passando um dedo em minha sobrancelha, desenhando-a como sempre faço quando pondero sobre algo.

— Eu não vou, na condição de majoritário, desfazer suas decisões Dill. Não é esse meu papel.

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