Sentimentos de Dois Lobos

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Sete Dias Depois...

Montanhas, gigantes e um irmão semiacordado.... Chego finalmente à ilha e sinto meu pai rugir, como se estivesse morrendo.... Sua aura assassina afugentou até os peixes da região.

Mamãe era única pessoa ou Deusa do mundo inteiro, que ficava com o Fenrir. Como uma boa esposa ou como uma mãe cuidando de uma criança e, agora ela se foi.

Volto à minha forma humana e começo a subir o morro de Urzes, caminho até o centro da ilha. As flores me machucam e coçam para cacete, são para manter o mal contido ou afastado.

— Quem OUSA me incomodar?! Apareça! - Rosna Ele.

Saio do meio da floresta, já me coçando muito... Flores malditas. Quando ele me vê, sua fúria se esvai, fica quieto rapidamente, me analisando dos pés à cabeça.

Vejo ossos perto de suas enormes patas, armas de guerreiros que pereceram lá, flechas queimadas e partidas e congeladas. Sinto-me do dele, mesmo sendo eu.

— P-Pai! Eu soube o que houve com mamãe e....! - Ele me interrompe.

— Ragnarok, minha filha! Você se parece muito com azeres. Ela foi morta tentando proteger duas crianças vanires.... Não pude fazer nada! - Explica furioso.

Sim, meu verdadeiro nome é Ragnarok, que significa fim dos tempos ou do mundo. Ele deve estar muito furioso para me chamar pelo nome verdadeiro, lascou.

E, sim minha mãe se chamava Azere Analura, semideusa das estações. Sua vida era bela e foi ceifada muito cedo. Ela só tinha uns três bilhões de anos.... Ao se casar com Fenrir, se tornou imortal.

— Quem ousou matar Azeres? - Questiono.

— Um semideus, filho de Surt! Quando eu sair daqui, vou estraçalhar seu corpo! - Rosna ele.

— Deixe-me matá-lo.... Trarei justiça ao nome de azeres, minha mãe! - Peço, me ajoelhando.

Ele se abaixa para me olhar, sei que me fareja, sentindo os cheiros do mundo humano. Fenrir, me pede para fechar os olhos e assim lhe obedeço. Mesmo preso, pela corda Gleipinir, ele pode fazer suas magias.

— Abra seus olhos, pequena Ragnarok! - Ordena ele.

Quando eu abri meus olhos novamente, estava usando uma armadura linda de arquearia. Feita com ramos e fios de ouro, além de ser feita de gelo. Era de minha mãe.

— Pai, o senhor poderia se abaixar? - Peço, sorrindo.

Ele acha me pedido estranho, mas obedece ao meu pedido. Quando seu focinho chega na altura de minha cabeça, lhe faço um cafuné. Sei, que é estranho.

Acho que ele não gostou muito disso, já que me empurrou e eu cai sentada na terra. Confesso, que doeu minha bunda, ele se levanta e fala muito bravo.

— Não sou um cachorrinho, para ganhar um cafuné! - Resmunga ele, bravo.

— Não dá para abraçar um lobo de vinte à cinquenta metros de altura! - Digo, me levantando.

— Que seja! Agora vá, Odin lhe chama e.... Ragnarok! - Fala ele.

— Sim? - Pergunto.

— Obrigado, por visitar este lobo velho! - Diz sorrindo.

— De nada, papai! - Respondo.

Viro-me e subo o barranco com urzes, ouço seu uivo de agradecimento. Quando saio da ilha, ela desaparece e eu me transformo. Voltar é mais rápido e fácil.

Ragnarok: A Filha do Fim do MundoOnde histórias criam vida. Descubra agora