* 3 *

240 18 5
                                    

Flashback on:

-Amor quando vamos contar a toda a gente que nos vamos casar?

-Daqui a uns dias, quando estivermos todos reunidos num jantar de família.-respondeu com um sorriso fraco.

-A minha vida está perfeita e eu estou mais feliz que nunca.- Estava feliz ao ponto de não ver mais nada à minha frente e até já tinha começado a pensar e a fazer alguns preparativos para o melhor dia da minha vida, o MEU casamento.

Passado uns dias, exatamente no dia anterior do anúncio oficial do meu casamento, eu descubro que a pessoa que eu amava para além de me ter traído tencionava acabar comigo. Como era de esperar fiquei em choque.

A única coisa que ele me disse foi:

- Isto não vai resultar, é melhor seguirmos caminhos separados daqui para a frente- e foi aí que ele proferiu a típica frase- o problema não és tu, sou eu; tu mereces alguém melhor que eu.

Apesar de na altura tudo me parecer uma grande mentira e todas aquelas palavras me parecerem vazias, sem importância ou sentimento algum, hoje eu sei que aquela foi uma boa decisão. Eu definitivamente merecia alguém melhor que ele, alguém que me amasse, sem me trair e mais que isso que permanecesse ao meu lado independentemente das circunstâncias.

Flashback off

Acordo e olho à minha volta e não consigo reconhecer aquele lugar.

-Onde estou?- pensei alto.

-Olá senhorita, fico feliz que tenha acordado.- respondeu uma voz meiga.

Olho para a direção de onde veio a voz com um bocadinho de dificuldade e vejo uma mulher com cerca de 60 anos ao meu lado.

-Eu chamo-me Jennie, sou a empregada desta casa.- sorriu.

-Casa? Que casa, eu não estou no hospital?- perguntei muito confusa.

-O senhor trouxe-a para cá há 3 dias, ele estava muito preocupado consigo.

-Senhor? Que senhor?- fiquei desnorteada com aquelas afirmações.- Quem é que poderia estar preocupado se eu não conheço ninguém cá!

-Eu!- afirmou uma voz grossa que estava do outro lado da cama.

Olho para o lado de onde surgiu a tal voz e deparo-me com um rapaz elegante, bem vestido e com uma pose direita.

-Jennie, pode ir.- acrescentou com um grande sorriso nos lábios.

-Quem és tu?- perguntei com o olhar vidrado naquele rosto claro de olhos escuros.

-Eu chamo-me Seung Hyun.- sorriu.

-Porque estou aqui?

-Eu encontrei-te desmaiada no estúdio e trouxe-te para cá.

-Porquê para tua casa e não para um hospital?- Cada vez estava mais confusa.

-Não era um caso para ires para o hospital, eu chamei um médico e ele disse que foi apenas um ataque de nervos e muito stress acumulado mas com descanso fica tudo bem e vais melhorar depressa.- sorriu e acrescentou- Devias voltar a dormir, não pareces muito bem.

Apesar de não conhecer e muito menos saber as intenções deste rapaz acabei por seguir o seu conselho e adormeci.

Algumas horas depois

Acordei sobressaltada devido a um maldito pesadelo. Olho em volta sem perceber onde estava até que me recordei que estava em casa de um suposto desconhecido.

Sentei-me na cama e reparei que não estava com a roupa com que tinha desmaiado mas sim uma camisa branca que fazia de vestido.

-Espera o que raio estou eu a fazer com esta roupa, quem é que me vestiu?- resmunguei.

Levantei-me e tentei dar uns passos, coisa que não correu bem porque me desequilibrei e ia caindo se uns braços não me tivessem segurado.

-Não te devias levantar, ainda não estás recuperada.-abri os olhos, pois tinha-os fechado na minha quase queda, e apercebo-me que o seu rosto está muito próximo do meu.

Ao ver aquilo assusto-me e tento sair dos seus braços o mais rápido possível.

-Como é que eu estou vestida assim?- refilei tentando disfarçar a minha cara corada.

-A Jennie trocou-te a roupa porque no primeiro dia tiveste febre e a roupa ficou transpirada.- respondeu um bocado atrapalhado.- E a única roupa que parecia confortável era essa camisa.

-Ah! Entendi, obrigada acho eu.- sorri com pouca vontade.- Obrigada por terem cuidado de mim mas eu preciso de ir trabalhar.

-Não precisas.- respondeu rapidamente- Eu liguei para a tua empresa e informei que estavas doente.

- Ainda bem, obri...Espera o quê?- olhei perplexa- Como sabes onde trabalho?

Assim que acabei de falar senti a minha cabeça a andar à roda e segundos depois desmaio novamente.

...

My Saviour // T.O.POnde histórias criam vida. Descubra agora