Capítulo 19 Um beijo inesquecível.

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~~ Freya e Ethan

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~~ Freya e Ethan.

— Juliete! Está ocupada? Pensei que poderíamos dar uma volta na praça, o dia está muito lindo para ficar em casa. — Ethan falou adentrando a sala.

— Parece uma ótima ideia — disse empolgada, estava um tanto entediada — você vem conosco tia Sophia?

— Oh, não queridos, não me sinto disposta para caminhar, mas vão vocês, espero que se divirtam.

Assenti me pondo ao lado de Ethan e segurando seu braço.

— Então vamos.

Seguimos pelo caminho do parque, e embora o dia estivesse realmente ótimo para uma caminhada calma e agradável, Ethan parecia um pouco inquieto, olhava para todos os lados, como se estivesse esperando por alguém.

— Algo errado? — perguntei fitando seu rosto que tinha uma expressão ansiosa.

— Não, nada de errado — ele murmurou voltando a atenção para mim.

— Hum... Acho que vejo quem você tanto procura, meu irmão — falei com um sorriso enigmático ao ver Catarina um pouco distante, na outra extremidade do parque.

Ele seguiu meu olhar com obvio interesse e depois sorriu.

— Está uma linda manhã pra ficar em casa, Juliete — falei em uma péssima imitação de sua voz — eu imagino que a manhã continuaria ótima para sair, mesmo que estivesse chovendo horrores. Contanto que Catarina estivesse aqui.

— Você é tão chata — Ethan comentou com um sorriso divertido enquanto começávamos a caminhada em direção a Catarina e uma jovem que estava ao seu lado.

Sorri. Não pode evitá-lo. Sorriso esse que se desfizera assim que nos aproximamos. A moça que estava ao lado de Catarina era conhecida, ao menos para mim.

Aurora... Irmã do Nathan.

— Senhorita Hilman, que coincidência agradável. — Ethan pronunciou em seu precioso tom correto.

— Milorde... — Ela sorriu encantada e ele retribuiu, por um segundo pareceu-me que os dois haviam esquecido da minha presença e de Aurora, que não assumiu nenhuma expressão quando me viu, todo o seu ódio estava muito bem escondido em seu delicado rosto. — Senhorita Dclair, como sempre é um grande prazer.

Assenti, ainda um pouco inquieta com o absurdo da situação, e de com quem me encontrava.

— Permita-me apresentar minha amiga, senhorita Aurora Harris — Catarina se voltou para ela com alegria — Aurora estes é o conde de Dclair.

— É um prazer, milorde — ela disse com uma pequena reverencia.

— O prazer é todo nosso, senhorita Harris — Ethan Proferiu educadamente e depois se voltou para Catarina — gostaria de fala-lhe em particular, se não for um incomodo.

— Não, não é — ela disse rapidamente.

— Não demoro, irmã. — Ethan falou se retirando com Catarina antes mesmo que eu pudesse protestar.

O silencio constrangedor que se estalou seguido a saída deles não demorou muito para ser quebrado.

— Imagino que esteja se divertindo bastante depois de ter partido o coração do meu irmão. — Aurora declarou com a voz estranhamente contemplativa e o queixo erguido.

Prendi um suspiro com raiva, sabia que ela tinha motivos para odiar Juliete, mas não gostava que todo esse ódio e desprezo fosse destinado a mim.

— Eu não lhe devo satisfação da minha vida em nada, tudo o que tinha para conversar com seu irmão já foi dito. Recomendo que você não se intrometa nesse assunto.

— Eu me meto em tudo que diz respeito a minha família — uma expressão de repugnância invadiu seu rosto — Talvez por ser rica está acostumada a ficar impune de tudo, mas eu quero que saiba que suas ações afetam os outros, e eu te odeio pelo que fez ao meu irmão! Não tinha esse direito, não tinha!

Eu me limitei a fita-la sem aparente interesse. Era certo que Aurora se sentisse assim, me sentiria da mesma forma se alguém tivesse feito o mesmo com Ethan, ou Noah. Mas precisava controlar a situação, no final todos, principalmente a família de Nathan tinham que acreditar que Juliete não se importava. Então uma frase, que Agnes sempre pronunciava quando tinha que justificar algum erro passou pela minha cabeça...

— Eu sou uma Dclair... — comecei tentando soar superior — posso fazer o que eu quiser.

Aurora respirou fundo três vezes, apertou os lábios com raiva, pareceu que iria falar, mas ao final se calou.

— Juliete... — Uma voz conhecida soou um pouco distante, me virei no mesmo instante para encontrar Mayson sorrindo para mim — finalmente a encontrei.

Eu tente retribuí o sorriso, embora imaginei que não havia saindo nada mais que um sorriso débil e sem jeito.

Ela não falará, nada. Aurora não falará nada. Tentei me convencer.

— Fui a sua casa e sua tia informou que havia saído com Ethan... Oras, desculpe não fomos apresentados — Mayson passou o olhar de mim a Aurora.

Engoli um seco que me saiu rasgando por dentro.

— Eu... Hum, sim... Claro. Está é a senhorita Harris..., senhorita Harris este é o duque de Graien, meu noivo.

Como a pessoa gentil que Mayson é, lhe ofereceu um sorriso encantador ao que Aurora se limitara apenas a fazer uma reverencia.

— Vossa graça — murmurou sem fita-lo. — É um prazer, mas se me permite, eu irei ao encontro de minha amiga — completou se afastando.

— Acho que a senhorita Harris não gostou muito de mim — Mayson falou quando ela já estava um pouco distante. E depois sorriu de forma doce.

— Eu acho que seja impossível que alguém nesse mundo não goste de você, Mayson. — disse com sinceridade.

— Que lisonjeiro — ele falou com os olhos cheios de ternura. E por um momento pareceu-me que meu coração saltaria do meu peito. Tive que lutar bastante para desviar o olhar.

— Não sabia que viria me ver hoje, se soubesse teria esperado por você — falei tentando mudar o rumo da conversa.

— Na verdade, eu vim porque precisamos conversar, eu...

— Garien... Não se passa um segundo e você já monopoliza minha irmã — Ethan falou em um tom brincalhão se aproximando com Catarina e Aurora.

— Eu a estava protegendo, já que você estava... Hum, bom apreciando o dia — Mayson atestou com um sorriso de cumplicidade para Ethan — senhorita Hilman.

— Milorde.

— Já que você está aqui poderia ser útil — Ethan alfinetou passando de Mayson para mim — irmã acompanharei a senhorita Hilman e sua amiga até sua casa, se importa?

— Não. Está tudo bem, Mayson me acompanhara de volta — respondi sem muito entusiasmo. Tentava não ter ciúmes de Ethan, mas era meio que inevitável.

— Certo. Nos vemos mais tarde. — Ele se despediu me beijando no rosto e seguiu caminho com Catarina e Aurora.

— Pronta para ir, milady? — Mayson me ofereceu seu braço que eu segurei prontamente.

— Pronta, milorde. — disse com um sorrisinho, ao menos era ao lado dele que eu voltaria.

No final, Mayson acabou sendo convencido por tia Sophia a almoçar conosco. Ethan ainda não havia aparecido, mas foi um almoço agradável. Sophia e Mayson se davam muito bem, tinham sempre algo gentil a dizer um ao outro, de modo que a conversa não parava. Eu me peguei analisando e admirando Mayson ao longo do almoço. Seus cabelos pretos devidamente cortados, a barba prontamente feita, notei que ele tinha dois tipos de sorriso. Quando Sophia falava algo engraçado em relação a Juliete, um sorriso alegre embora contido tomava conta do seu rosto, e havia o sorriso que eu imaginava ser só meu... Da Juliete. A maioria das vezes que ele me fitava, seus lábios se elevavam ao lado em um doce e encantador sorriso. Mayson de Graien era de fato muito bonito, Juliete com certeza chegaria a amá-lo, um dia.

— Fomos interrompidos um pouco mais cedo quando eu falei que tinha algo importante a dizer — Mayson começou assim que passamos pela a entrada principal. Eu havia me oferecido para acompanhá-lo até a porta, depois do almoço.

— Sim, claro. O que a de tão importante para falarmos?

— É mais um comunicado — ele disse com os olhos perfurando os meus — eu terei que ir a Londres.

— Ah — a palavra simplesmente escorregou por meus lábios, mas não era um “ Ah” de indiferença, era mais um Ah de decepção. — Quanto tempo pretende ficar?

— Só o necessário — respondeu se aproximando e enlaçando minhas mãos — quatro a cinco dias, no máximo.

— Ah — novamente de decepção.

— Interpretarei esse ah como tristeza por eu ter que ir — Mayson me soltou um meio sorriso se aproximando mais um pouco.

— Sim, claro — sussurrei assentindo. Eu realmente sentiria falta da sua companhia.

Ele sorriu mais uma vez se aproximando um pouco mais para se despedir com o delicado beijo em minha mão direita, mas desta vez Mayson fizera algo inesperado e diferente. Ele acabou por passar a mão que segurava a minha para minha cintura e com a outra segurou meu rosto com suavidade elevando meu olhar ao seu.

— Já faz um tempo que estou pensando nisso — sussurrou com intensidade.

— Eu... ãh... — eu tinha certeza que sabia falar, a alguns segundos atrás. Céus...

Mayson aproximou o rosto um pouco mais franzindo a testa a minha.

— E imagino que você também...

E então os lábios dele tocaram os meus com delicadeza e suavidade. Por um momento pareceu-me não haver mais nada a não ser nós dois em uma manhã de segunda feira nos beijando. Já havia sido beijada por outros garotos, mas a forma com que Mayson me beijava era diferente.

Aquilo sim era um beijo. E que beijo. De forma involuntária minhas mãos pareceram criar vida e passar por seu pescoço incentivando o para que o beijo continuasse.

— Eu escuto seu coração bater de forma descompassada, Juliete — Mayson sussurrou encostando a testa de leve na minha.

Imediatamente eu senti que meu rosto tomava uma tonalidade vermelha.

Droga, droga, droga... Eu beijei o noivo de Juliete. Isso não devia ter acontecido.

— Não precisa ter vergonha — sussurrou mais uma vez — vamos nos casar, era esperado que isso acontecesse mais cedo ou mais tarde.

Não.

Senti o meu estomago revirar.

Você não vai casar comigo, eu não sou sua noiva.

— Juliete... — Mayson me fitou com um olhar de indagação.

— Sim — respondi com a voz em um fio — você tem razão.

— Sempre tenho, embora ache que não deva se repetir até o casamento. Não quero que você tenha um ataque do coração. — Ele falou em um tom brincalhão.

— Oh, sim. Certo.

Isso é bom. Não deve se repetir, Freya! Não deve se repetir!

— Então, nos vemos no sábado. — Ele se aproximou mais uma vez e beijou delicadamente minha fronte. — Até sábado, Juliete.

***

— Eu estava pensando sobre isso, e acho que seria uma ótima ideia... Não acha, Juliete?

Mayson havia me beijado e, céus. Eu retribuí... Isso não era certo, isso é muito errado.

— Juliete... Juliete! Você não estava ouvindo — tia Sophia tirou a atenção do chá se voltando para mim com irritação.

— Desculpe — disse modicando um biscoito — do que falava? Terá toda minha atenção agora.

— É o que eu espero — falou com um suspiro afetado — estava falando sobre seu aniversário está chegando.

Aniversario?

_ Como vai cair no domingo poderíamos fazer uma pequena comemoração, para os mais íntimos. Não é todo dia que se faz dezenove.

Era o aniversário da Juliete no final da semana. E ela não havia falado nada.

***

— É seu aniversário e você não me disse — falei tentando chamar sua atenção, estava muito distraída hoje.

— Não achei que fosse importante.

Fiz uma cara de desdém.

— Sophia quer fazer uma comemoração para os mais íntimos — informei baixinho.

— Diga que sim, ou ela vai enlouquecer você.

— Eu imaginei — comecei muito temerosa — que você iria querer destrocar no dia do seu aniversário para passá-lo com sua família.

Juliete me fitou com uma leve expressão de espanto.

— Não. Não é necessário. Terei todos os outros aniversários ao lado deles, você pode ficar com esse.

Assenti.

— Tem certeza?

— Sim.





~~ Juliete

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~~ Juliete

Desfrutem!

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