Capítulo 24 Hora de voltar para casa.

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~~ Freya

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~~ Freya

- Devo dizer que você está exuberante, como sempre. — Ouvi um sussurro familiar.

— Mayson... — Sorri ao me virar e vê-lo. — Pensei que não viria — afirmei. Não saberia ao certo se conseguiria comparecer ao baile ele alegara hoje cedo que tinha muito trabalho e talvez não poderia chegar a tempo. — De qualquer forma me alegro muito que tenha vindo — disse com um suspiro de felicidade.

— E eu estou feliz por estar aqui — ele falou passando o olhar por todo o salão — está bem cheio, não é verdade?

Assenti.

— E já me bombardearam de perguntas sobre você.

— Mesmo? — Mayson franziu o cenho.

— Sim. Nós nos convertemos no casal do ano, segundo eles o mais apaixonado.

— E o que você acha disso? — ele perguntou bastante interessado.

Suspirei. Não sabia bem como responder. Durante a noite quando todos vinham ao meu encontro perguntar por Mayson ou dizer-me que formamos um bonito par eu só assentia e sorria, afinal o que mais poderia fazer quando afirmavam que eu parecia tão apaixonada? Aquilo era muito estranho e eu estava tentando fugir daquela constatação. De fato sentia um grande carinho por Mayson, mas não era amor, não poderia ser amor porque no final ele não era meu, não pertencia a mim e embora Juliete não o merecesse ela que ficaria com ele, já seria difícil partir e deixar Ethan, não tornaria ainda mais doloroso alimentando um sentimento que não deveria existir... Não existia.

— Que estão todos certos — disse lhe oferecendo um sorriso tremendamente doce — afinal nos amamos muito, não é verdade?

Mayson retribuiu o sorriso.

— Agora eu sei que sim.

Aquilo me surpreendeu sobre maneira. O que ele poderia significar tal afirmação?

— Aquela é Cibele? — Mayson perguntou com um olhar um pouco distante antes que pudesse pedir que me explicasse o que havia acabado de falar.

Segui seu olhar para encontrar Cibele mais uma vez.

— Quer ir cumprimentá-la?

— Hum... Claro, porque não...

Mayson me estendeu o braço que eu prontamente segurei e começamos nosso caminho até Cibele que assim que nos viu assumiu uma postura diferente da que eu achei que teria.

— Mayson... — Ela sorriu com olhar destinado a ele — que alegria em vê-lo, já faz um longo tempo desde a última vez.

— Igualmente Cibele — Mayson retribuiu o sorriso e lhe beijou delicadamente a mão — vejo que a Grécia lhe fez muito bem.

— De fato. Gostei bastante.

— Tive a chance de ter com Harry quando estava em Londres ele falou muito a seu respeito.

Cibele sorriu desta vez um pouco mais encantada.

— Estive com ele na volta da Grécia. Eu e meu irmão ficamos alguns dias em Londres — ela afirmou depois passou o olhar para mim — Juliete — proferiu sem emoção.

— Cibele.

Então produziu-se um silencio muito incomodo.

— Eu imagino que vocês tenham o que conversar. Irei cumprimentar Ethan, estarei com ele se precisar de mim — Mayson aproximou-se mais um pouco para me sussurrar — tente fazer as pazes, sei que as duas sentem falta uma da outra.

Dito isso ele voltou o olhar para Cibele com um comprimento e se afastou.

— Ele com sua mania de querer concertar o que se passou com a gente — Cibele foi a primeira a falar — sempre tão gentil.

— Eu... — Suspirei — sinto muito Cibele por tudo.

Embora eu soubesse que Juliete não teria dito isso. Não me importava, era a coisa certa a se fazer.

— Custo a acreditar — disse ela quando seus pálidos olhos azuis se concentraram em mim.

Engoli um seco.

— Eu sei — declarei suavemente.

Antes que ela pudesse proferir mais um insulto ouvimos uma voz familiar.

— Juliete...

Nós duas nos surpreendemos, estávamos tão concentradas na conversa que não vimos quando Nathan se aproximou. Eu não sabia que ele estava aqui, não o tinha visto.

Cibele olhou para ele de maneira triste antes de falar.

— Já estava indo Nathan, terminei por aqui. Podemos ir.

— Um minuto Cibele, eu preciso falar com Juliete.

Ela suspirou cansadamente.

— Não precisa fazer isso Nathan, a muitas pessoas aqui. Mayson está aqui.

— Só irar levar um minuto.

Cibele assentiu depois de um momento, olhou para mim e logo em seguida se afastou.

— Eu... Ah — Nathan começou com certo desconforto — eu estive analisando você, e o que as pessoas estão comentando ao seu respeito e ao duque.

Eu só assenti porque não tinha vontade de falar.

— Você o ama...

Oh...

— Sei disso porque olha para ele como costumava me olhar.

Nathan fez uma pausa e olhou para o lado. Não parecia que tinha ódio dentro de si, mas parecia profundamente abatido e triste.

— Não sei quando aconteceu, nem como, mas algo mudou em você e agora você o ama...

— Nathan...

— Está tudo bem, quero que você seja feliz e se sua felicidade está ao lado dele está tudo bem, Juliete.

Está... A minha, não a de Juliete e naquele momento eu percebi que não dava mais para fugir disso. Eu amava o Mayson... Eu amava o Mayson, mas ele não era meu.

— O senhor Eleal recomendou-me que eu e minha família mudássemos para Londres, estarei à disposição dele lá. Eu... Talvez não nos vejamos mais, só quero que saiba que está tudo bem e que sempre irei te ama... Até os fins dos meus dias...

Nathan suspirou e me fitou atentamente.

- Nem toda história de amor tem um final feliz não é... Mas foi bom.

Ele me olhou uma última vez e então se foi.

Você conseguiu Juliete, conseguiu acabar com uma coisa bonita que alguém sentia por você.

***

— Então ele vai embora? — Juliete perguntou sem esconder sua tristeza, depois que lhe contei tudo.

— Sim — respondi sentando ao lado dela — você conseguiu, conseguiu. Feliz agora?

Juliete se encolheu com a frieza da minha voz.

— Você não aprova o que eu faço — afirmou sem fitar.

— Não poderia, Mayson a ama...

Aquela afirmação doeu mais do que eu imaginei que doeria.

Ele a amava.

— Não merece isso.

Juliete franziu os lábios e eu compreendi que a havia abalado.

— Eu tenho chance? De lhe convencer que esse casamento é um erro? — Perguntei com esperança.

— Nenhuma! — afirmou com veemência — eu iriei me casar.

Suspirei. Outra afirmação que doía.

Não seja tola Freya, mesmo que ela não se case não chance de você e Mayson ficarem juntos. Ele a ama e você não é desse tempo.

Uma voz irritante dançou em meus pensamentos.

Eu sei...

— O que me faz lembrar — Juliete deu um suspiro ainda mais longo — que tenho uma coisa para você.

Ela tirou algo do bolso e estendeu para meu campo de visão.

Uma fotografia...

Minha e de Noah nos tempos de escola.

Eu a peguei com muito cuidado e analisei cada traço. Lembrava-me daquele dia, tínhamos tido uma caminhada e minha sala se juntara a dele, paramos uns instantes para descansar eu me sentara em uma das mesas do jardim da escola e Lily tirara aquela foto...

— Onde você a encontrou? Agnes não trouxe nenhuma fotografia do Noah para Canterbury — sussurrei muito abalada.

— Eu encontrei essa nas coisas dela.

Olhei para ela surpreendida.

— Você vai perceber quando voltar que algumas coisas mudaram em sua casa, Freya. Tive uma conversa interessante com Agnes e sei que quando você voltar perceberá a diferença.

Suspirei. Não queria falar disso, não agora.

— Ela não culpa mais você... — Juliete continuou com muito cuidado. — Pela morte do Noah...

Meu coração pareceu-me que parou por alguns segundos.

— Não importa — disse com a voz embargada — você sabe como ele morreu?

Ela assentiu.

— Freya...

—Tentando me salvar, então não importa o que Agnes ou Charles pensem porque eu sei... — Parei por alguns segundo tentando controlar a onda de choro que vinha e o embrulho no estomago — meu irmão estaria vivo se não fosse por mim — sussurrei baixinho.

Eu sinto muito Noah. Olhei para foto novamente com a vista embaçada por conta das lagrimas. Sinto muito irmão.


~~ A foto

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~~ A foto

E estamos quase, quase . Reta final se aproxima pessoas.

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