Lebrook

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Bruno começou a correr atrás de sua irmã, mas a menina era rápida e ele acabou a perdendo de vista. Ele continuou correndo pelos corredores da ala de dormitórios em busca de Luna e nesse caminho passou pela porta do quarto de sua namorada, Rita. O professor entrou no quarto sem nem antes bater, eles tinham que ser rápidos.

- Amor, acorda. Nós precisamos sair agora – ele a balançava levemente.

- O que houve? – Frida levanta ainda sonolenta. Ela pega uma adaga que estava em baixo de seu travesseiro e a coloca presa em seu short.

- Apenas me siga – ele a segurou pelo braço e voltou a correr pelos corredores, olhando de porta em porta procurando Luna.

Gritos de alunos assustados ecoavam pelos corredores da escola. Bruno agora andava lentamente na escuridão, procurando não fazer barulho. Ele parou em frente a uma porta e pôde ouvir pessoas falando lá dentro e uma dessas pessoas ele reconheceu como Luna. O professor segurou a maçaneta e já estava pronto para abrir a porta quando uma rajada de vento os acertou em cheio, jogando-os para longe.

Quando o casal olhou na direção da onde partiu o ataque, puderam ver uma mulher negra, magra e de cabelos platinados parada lá. Ela sorria irônica olhando os dois caídos no chão.

- Diretora? O que está fazendo? – Bruno se levanta devagar encarando a mulher.

- Não está óbvio? Estou pegando a sua irmã como refém – Lucinda fala ainda sorrindo e calmamente.

Bruno olhava todo local a sua volta a procura de estratégias para vencer aquela luta, Lucinda era mais poderosa que ele, então o professor teria que ser inteligente e cuidadoso. Rita também se levanta devagar e fica ao lado do homem alerta a qualquer movimento da inimiga.

Lucinda tira um cubo da cintura e fica com o objeto em mãos, concentrando um pouco de seu poder nele, o objeto começou a brilhar e a se estender tornando-se um bastão preto com uma cobra dourada enrolada na ponta de cima. A diretoria apoia o bastão no chão.

- Vou ter mesmo que perder meu tempo com vocês? – ela levanta uma sobrancelha.

Bruno olha para trás da mulher e percebe que ali tinha alguns vasos de flores. Toda flor tem o seu percentual de água, mas ele não gostava de usa-las, pois após retirada sua água a planta não sobreviveria mais. Ele teve que ignorar tal gosto, pois agora era o que lhe restava. Ele começou a dominar a água que tinha naquelas flores, fazendo com que elas fossem pelo chão até a diretora.

- Você sabe que eu não vou deixar que a leve, não me subestime – Bruno distraía a mulher enquanto executava seu plano.

Rita fazia movimentos lentos e cautelosos, ela colocava o braço para trás e pegava um punhal que estava preso em seu short e continua parada segurando o objeto. A água que Bruno controlava, agora começavam a subir pelos sapatos da diretora e a se transformar em gelo. Quando a professora viu que os pés de sua inimiga já estavam presos o suficiente, lançou com o punhal em direção a barriga da diretora com toda força.

Lucinda tenta se mexer para desviar do objeto que vinha em sua direção, porém não consegue devido aos seus pés estarem presos por gelo. Ela então gira o bastão em círculo, produzindo uma rajada de ar e repelindo o punhal que cai no chão à sua frente.
Bruno se abaixa e encosta as mãos na  poça de  água, no segundo seguinte o líquido começa a subir pelos pés e canelas da mulher, fazendo essa parte enrolada virar gelo. Em seguida ele puxa a água fazendo com que a diretora caísse e batesse a cabeça no chão. Rita aproveitou a distração, pegou o punhal novamente e correu em direção a mulher.

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