Capítulo 3

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Mel Cortes.

O que poderia dar errado? Nada.

Estava tudo indo bem, arrumei tudo e todos os lugares os possíveis e os impossíveis, afinal de contas o Sr. Pode tudo esta ai e uma coisa que eu não posso e perder meu emprego.

Finalizei a ultima vitrine de entrada e fui para os cantos do primeiro andar onde era a área de limpeza, tudo estava certo se eu não tivesse escorregado em um saco plástico, derramado um pouco da água com sabão e ai sim de vez, deslizado pelo chão. Mas o chão não ocorreu, senti mãos fortes e grossas me segurarem e uma voz rouca e potente esbravejar.

- Mas que merda.

Tudo estava ótimo, perfeito, o que mais poderia dar errado, a sim claro ele ser o Sr. Grandao.

- Sua louca, pelo amor de Deus Sr. Porto me perdoe. Disse Ana apavorada.

- Droga, perdoe- me. Pedi com delicadeza.

Suas mãos em nenhum momento saíram de mim, seus olhos me queimavam por inteira, uma sensação gostosa e única, eu devia estar nervosa, afinal e o "Chefão" e eu o molhei todo, mas na verdade eu me senti bem, tranqüila e em paz.

- Ryan? Disse um loirinho nos trazendo de volta a realidade.

Sr. Porto me soltou e se afastou parecendo conturbado.

- Você não presta atenção não? Pronto ele se estorou.

- Eu pedi desculpas, me atrapalhei e escorreguei.

- Você podia ter sofrido um acidente e me levado junto consigo.

Por um momento senti sua preocupação comigo, mas logo ela passou, claro ele so se importa com ele.

- Quer que eu diga mais o que? Sei que estou errada e já me desculpei. Me irritei

- Alem de tudo e abusada.

- E o você ignorante.

- Eu ignorante? Você quase nos leva ao hospital e eu sou o errado.

- Como pode ver ta ai ne? Inteirinho, então passar bem. Alem disso tenho certeza que do chão você não passaria.

- Mel, você esta louca? Como pode falar assim com o nosso patrão. Disse Ana interrompendo nossa pequena discurssao.

- Você quer que eu faca o que, não vou implorar por perdão, pois da mesma forma que eu me atrapalhei ele poderia nem ter me encostado, afinal de contas se tivesse que ir pro hospital seria eu e não ele. Ta ai não ta? Ta inteiro ne? Aproveita que ta na loja e troca de roupa, afinal de contas você e o dono.

- Garota insolente.

- Passar bem.

Disse e me retirei, oh droga so agora me dando conta do que houve.

- Você e maluca ou o que? como pode falar assim com o dono da loja? Disse Ana atrás de mim aos berros.

- Já esta dito ne? so lamento.

- Você tem meia hora pra ir pra rua. Você esta na rua. Gritou e se retirou.

Droga, droga, droga e droga!!!!

Eu não podia ter ficado quieta, e agora o que eu vou fazer???

Preciso pagar minhas contas, meu quartinho, minhas refeições, e por ai vai.... Fudeu.

Sai da loja, mas sai de cabeça erguida, não e so porque ele e rico e pode tudo que ira me tirar de cabeça baixa, mas não vai mesmo. Passei por entre as funcionarias e todas me olhavam e riam ou então cochichavam umas com as outras, e pelo que parece meu trabalho aqui estava sendo bastante observado. Muitas riam porque eu estava saindo, outras porque fui abusada, mas quem manda ele ser ingorante, arrogante e mandão? Merda Mel ele pode tudo!!!!

Cheguei em casa mais cedo do que devia, e fui direto pro meu quarto não queria falar com ninguém mais hoje, agora so quero chorar por ter perdido meu emprego e o pior, pensar em como será agora daqui pra frente, sem emprego, em breve sem dinheiro e quem sabe mesmo ate despejada. Preciso prensar e rápido, posso ter sido humilhada, mas isso não vai me abalar, nunca me importei com a opinião dos outros ate agora, e não vai ser um homem lindo e maravilhoso que ira mudar isso.

A Babá perfeita COMPLETOOnde histórias criam vida. Descubra agora