17° Capitulo

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Estava dorida, tinha o meu corpo cheio de pequenas feridas recentes. Ainda estava a tentar observar onde estava, mas na divisão onde estava tinha demasiada iluminação e os meus olhos ainda se estão a habituar. Reparei que estava atada com uma corda, mãos e pés. Mas onde raio eu estou?  

"Vejo que já acordas-te donzela." - era uma voz familiar, tentei abrir os olhos, mas tentativa falhada. Devem-me ter posto algo na vista, que não me deixa usar a minha visão completa.  

"Onde estou? Porque estou aqui?" - perguntei tentando desamarrar-me.  

"Deixe-mos as perguntas por fim, primeiro quero-te ver a sofrer." - ouço passos pesados a virem até mim, quanto mais se aproximavam mais eu tinha medo.   

"I always ask myself   

How could this darker cloud make me stronger now.   

I'll always ask myself   

When will this go away?   

   

When will this change?   

All of this pain,   

Oh! will it,will it go away?   

I ask myself this everyday." -cantei sussurrando para mim mesma.  

  

"Pàra de cantar miùda, estàs-me a incomodar." - disse fazendo um setimo deslizamento no meu corpo com a faca que tinha na mão. Estava praticamente em sangue.

"I just wanna leave this place behind.  
Every time I see your face in mine.  
I just wanna leave this place behind.  
Every time I see your face in mine.  
  
I sink and drink myself to sleep.  
Of course I think I'm a lot stronger now.  
I gotta catch myself 
To kick this over, make it go away.  
When will this change?  
Oh! I don't wanna, wanna wait.  
Ohhh! of this pain!  
Oh! will it, will it go away?  
I broke apart to play the game. "
- cantei mas não passou de um mero sussurro. 

 

"Mas o que estás para aí a cantar? Estás bem?" - aproximou-se do meu ouvido. 

"NÃO." - gritei no seu ouvido, o que lhe fez ficar um pouco estremecido, aproveitei o momento para lhe morder a mão que ele tinha pousada sobre o meu ombro, mordi com toda a minha força.

"Kam? Kam! Acorda!" - ouvi uma voz familiar. 

"Mãe?" -perguntei esfregando os olhos. 

"O que estás a fazer?" - observei-a a pegar numa caixa de comprimidos, enchendo a sua mão cheia deles. 

"Vai para o paraíso, onde pertences." - obrigou-me a tomá-los. 

 

"Kam?" 

"Está tudo bem?" 

"Syn?" 

"Errado." - observei-o a coloca-me fios, fios que se ligavam a umas máquinas qual queres. "Sabes, sempre te vi como um anjo, um anjo com asas brancas, sempre pensava e escolhia a escolha correta. Vi isso com os olhos, tentei chegar mais profundo, e sabes o que encontrei? Não és nada do que parece. Se fores algum anjo, és um com asas..." 

Rough lifeOnde histórias criam vida. Descubra agora