Capítulo 3

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Gabriel

Fiquei paralisado, um arrepio tomou forma em meu corpo, "Biel", esse hipocorístico estava me perturbando a dias, e esse homem havia me chamado dessa maneira.

- Noah, Dr. Gabriel será seu terapeuta, então por favor, se comporte e não o cause problemas. – Mark Diz ao paciente.

Noah o encara, o estuda, seus olhos são atentos, se grande corpo não vacila, algo nele me deixava intrigado, havia o conhecido nesse exato momento, mas algo me chamou a atenção, o paciente anda até a cama e senta-se, ainda nos olhando, estrala seus dedos e depois estrala seu pescoço.

- Mark serei um bom rapaz, lhe prometo... - Noah dá um leve sorriso ao Dr. Mark. – Não queremos assustar o novo terapeuta, não é mesmo.

- Assim espero.

Mark olhou em minha direção, meus olhos estavam presos ao homem sentado na cama.

- Dr. Gabriel, vamos, vou leva-lo ao refeitório, assim poderá ir se enturmando com os demais funcionários do Instituto.

- Dando uma de guia turístico Mark... – Noah gargalha. – Isso não combina com você.

- Estou apenas o acompanhando, é meu trabalho como seu orientador. – Mark diz se dirigindo a porta e abrindo-a.

- Não vejo a hora de começarmos nossa terapia Dr. Gabriel.

Apenas balanço minha cabeça e me viro a Mark, saio do quarto de Noah, antes de Mark fechar sua porta o olho pela última vez e o vejo rindo para mim.

Do lado de fora de seu quarto espero Mark acionar a trava da porta e nos encaminhamos para o elevador, assim que entramos e as portas se fecham Mark me olha.

- Não deixe que o jeito de Noah te incomode, hoje ele está em um bom dia, está de bom humor, mas nem sempre será dessa maneira.

- Ele parece se entender bem com o Sr. – Pergunto a Mark.

- Em primeiro lugar me trate como você. – Mark me dá um pequeno sorriso e depois volta a falar. – Conheço a família dele, seus pais são grandes amigos meus, Noah...Bem com o tempo você se acostuma com ele.

Percebi que havia algo que Mark não tinha me contado, resolvi tentar descobrir, já que eu teria que trata-lo eu teria que saber profundamente sobre seu caso.

- Mark... Porque entre tantos pacientes com níveis de Alta complexidade, justamente Noah foi deixado sob meus cuidados? – Perguntei intrigado.

Mark me olha e quando ia responder minha pergunta o elevador para no andar e abre as portas, alguns médicos esperavam para embarcar, nos saímos e nos dirigimos a um local que acredito ser o refeitório, ao chegarmos pegamos uma bandeja e fomos em direção ao buffet, selecionei o que comeria, peguei os talheres e acompanhei Mark até uma mesa, sentamos e começamos a comer.

A refeição está deliciosa, a conversa está agradável, Mark estava sendo muito gentil comigo, ele era um homem que sorria com facilidade, seus assuntos eram variados, eu ria em sua companhia, antes de terminarmos nosso almoço escuto alguém chamando meu nome atrás de mim, ao me virar vejo Zack vindo em minha direção, como sempre um sorriso estava desenhado em seu rosto.

- Hei Gabriel, como está, tudo bem? Posso me sentar aqui com vocês. – Pergunta meu amigo, sem esperar a resposta ele já estava tomando assento.

- Sim Zack, foi tudo bem, Dr. Mark me apresentou o Hospital, alguns dos pacientes que irei trabalhar, foi uma manhã intensa de exploração.

- Que Legal Gabi, os pacientes aqui são bacanas, bem tem alguns que tem uns parafusos soltos. – Zack falava sem se importar com a presença de Mark. – Mas é tudo tranquilo.

Cura-meOnde histórias criam vida. Descubra agora