Capítulo 19

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Karma

"O Evangelho Segundo o Espiritismo por ALLAN KARDEC – tradução de José Herculano Pires.

II – O Ódio (FÉNELON Bordeaux, 1861)

10 – Amai-vos uns aos outros, e sereis felizes. Tratai sobretudo de amar aos que vos provocam indiferença, ódio e desprezo. O Cristo, que deveis tornar o vosso modelo, deu-vos o exemplo dessa abnegação: missionário do amor, amou até dar o sangue e a própria vida. O sacrifício de amar os que vos ultrajam e perseguem é penoso, mas é isso, precisamente, o que vos torna superiores a eles. Se vós os odiásseis como eles vos odeiam, não valereis mais do que eles. É essa a hóstia imaculada que ofereceis a Deus, no altar de vossos corações, hóstia de agradável fragrância, cujos perfumes sobem até Ele.

Mas embora a lei do amor nos mande amar indistintamente todos os nossos irmãos, não endurece o coração para os maus procedimentos. É essa, pelo contrário, a prova mais penosa. Eu o sei, pois durante minha última existência terrena experimentei essa tortura. Mas Deus existe, e pune, nesta e na outra vida, os que não cumprem a lei do amor. Não vos esqueçais, meus queridos filhos, de que o amor nos aproxima de Deus, e o ódio nos afasta dele. "

Essa sem dúvida é a pior prova que o ser humano passa em toda a sua vida, pois é impossível amar aquém lhe fez o mal, lhe humilhou, desprezou, repudiou, menosprezou, quebrou.

Odiar se torna algo muito fácil, perdoar é o mais difícil, amar o mais impossível, mas tente pelo menos abrandar seu coração, não deseje que seu desafeto sofra o que você sofreu, não deseje que o mal sofrido seja retornado, deseje apenas que aquele que entristeceu seja iluminado, que possa enxergar a verdade com seus próprios olhos e reflita em sua ignorância, nunca é tarde para o arrependimento, nunca é tarde para a reparação, nunca é tarde para amar.

Me perdi em meus floreios novamente, estou necessitado de umas férias em um SPA, longe de confusões e desastres, relaxar a beira de uma hidromassagem tomando uns Daiquiris, um cafune no cangote.

Aí me aparece as tretas da vida e eu como um bom narrador dou meus pitacos, isso porque eu não me aguento calado. Voltemos ao causo.

George, Mark e Isadora chegaram ao hospital, era um grande hospital particular que assim que entraram foram atendidos pelo simples fato de George ser um político conhecido e influente, rapidamente um médico apareceu para cuidar dos ferimentos de Isadora, George e Mark ficaram aguardando em uma sala de espera reservada.

- Isso está sendo muito surreal para mim...- George suspira e passa suas mãos em seu rosto.

- Eu imagino, não deve estar sendo fácil, para mim não está. – Mark diz, mas em seu íntimo o que não está sendo fácil assimilar é perder Noah.

- Você sabia disso Mark? Você sabia que tinha sido Isadora a culpada pela morte de Isabel. – George encara sério o rosto de seu cunhado.

Mark respirou profundamente e permaneceu de cabeça baixa, ele fechou seus olhos e sentiu seus olhos se enxerem de agua.

- Quando eu cheguei na casa já encontrei Isabel caída, eu tentei ajuda-la, mas não adiantaria nada, tentei sair de perto dela para chamar a ambulância, mas Isabel me parou, me segurou e me disse suas últimas palavras.

Mark chorava pelas lembranças daquele dia, ele ainda podia ouvir a voz de Isabel baixa e angustiada, ele podia sentir a necessidade da mulher em seus olhos, ele escutou o pedido de sua cunhada e jurou para ela que atenderia o seu último desejo.

- O...O que ela pediu. – George engole o nó em sua garganta.

- Ela implorou para que eu cuidasse de Noah, que não deixasse Isadora chegar perto dele, me pediu para salvá-lo de sua irmã... Ali eu soube a verdade, naquele momento.

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