— UM DIA TEREMOS QUE NOS ACERTAR! VOCÊ NÃO PODE PASSAR A VIDA INTEIRA ME ODIANDO. — enquanto Haviner grita vindo atrás de mim no centro de comando do esquadrão fantasma, tento ignorar o que ele fala até chegar na minha sala. Entro batendo a porta na sua cara, ele reabre. — PORRA... NÓS TEMOS UM HISTÓRIA MARA, TEMOS UM VIDA JUNTOS...
— Deveria ter pensando nisso antes de ter feito o que fez! — saco minha pistola apontando para ele. Ele se assusta mas logo depois se recompõe.
— QUER ATIRAR? ATIRE PORRA!!! EU JÁ CANSEI DESSA GUERRA SEM FIM... — antes que ele latisse mais, atiro de raspão na sua cocha.
— Saia da minha sala. — peço enquanto ele urra de dor. — Eu já cansei Haviner. Eu. Te. Odeio. — atiro novamente tirando um fino da sua cabeça. Henry entra na sala.
— O que... — ele corre para ajudar o idiota baleado.
— Leve-o daqui agora. — sento.
— Um dia você vai se arrepender. — pragueja.
— Já me arrependo. — ele sai e aciono a tranca das portas e janelas. — Você não imagina o quanto me arrependo. — me lastimo sozinha. Sento na minha cadeira. Passo quase o dia todo com dor de cabeça e não consigo fazer nada, quando desisto de trabalhar vou escrever o meu diário.
ANOS ATRÁS.
O inferno estava mais calmo que isso aqui!? Estamos tendo uma reunião atrás da outra. Quando chegava em casa estava tão esgotada que não comia, tomava banho e me deitava na mesma hora. Hakiner também não era diferente. Dormíamos cansados e acordavamos mais cansados ainda. As investigações estavam nos levando a alguns culpados que ainda trabalham na empresa. O sistema de segurança estava sendo criado por mim, Major Haviner e um grupo especialista das forças armadas. Nicolly entra na minha sala.
— Capitã queria saber em que pé estamos com a festa de confraternização. — ponho a mão no rosto.
— Nicolly simplesmente não estamos. — esfrego os olhos e levanto indo para a janela.
— Como assim? — pergunta incrédula.
— Não tive tempo de ver nada disso. — abro mais a blusa. — Se poder me ajudar nisso agradeço. — peço.
— Ajudo se me dê os créditos! — exige, mas é algo irrelevante para mim.
— Ótimo. Qualquer coisa que for fazer me avise por favor. — ela assente. Volto a sentar na minha cadeira. Haviner entra trancando a porta.
— Temos pistas sobre garotas que foram trazidas da Índia para o Brasil assim como meninas do nordeste que são feitas de escravas em São Paulo e Rio em boates voltadas para o público BDSM. — ele fala enquanto estou tentado assimilar o que está acontecendo.
— O que vamos fazer? — pergunto derrotada.
— Você vai para casa descansar, o resto eu resolvo e te digo. — diz já desligando o meu computador.
— Eu não posso... — pensa que adiantou as minhas desculpas? Não! Ele me fez sair do prédio e ir para casa de táxi. Deitei e dormir por quase duas horas, levantei tomei um banho rápido, quando vi já passavam das 8 da noite corri para a cozinha pois precisava fazer alguma coisa para o meu querido namorado comer. Enquanto separava os ingredientes ligo para ele.
— Oi amor? — atende no segundo toque.
— Oi amor. A que horas você vem? — pergunto mexendo no armário.
— Estou na última reunião do dia. Depois disso sou todo seu. — provoca, eu sei que deve ter mais alguém com ele. Desconfio até de quem seja.
VOCÊ ESTÁ LENDO
A Vida é Um Jogo (Reescrevendo)
RomanceMara conta sua história com total riqueza de detalhes que só uma pessoa que tem a síndrome de memória autobiográfica altamente superior pode fazer. De jovem gênio a mulher de negócios. De virgem a devassa. De pura a assassina. De inexperiente a...