Fico olhando a paisagem da janela do meu escritório.
— Ele pediu para ver você. — Dom fala parado na porta.
— Claro. Mas só entro lá quando seu pai tiver saído. — digo firme.
— Isso vai ser difícil.
— Nem que passemos o dia todo, uma hora ele tem que sair de perto de seu irmão. — viro ficando de frente para ele. — Vamos para o hospital, você finge que veio só, enquanto eu me escondo em algum canto. Quando ele sair você me avisa. — sugiro.
— Não sei por que ainda me espanto. — comenta me fazendo sorri.
[...]
Chegamos ao hospital, fui para o jardim enquanto ele foi para o quarto do irmão. Tiro meu celular do bolso e volto a escrever.
CONTINUAÇÃO...
— O que aconteceu? — pergunto puxando o braço de Haviner.
— Ele nasceu com má formação, o coração nasceu para fora. — cubro a boca com a mão. — Ele não resistiu a cirurgia... — se cala. O abraço tentando dê alguma forma consolá-lo por algo que não estava ao nosso alcance fazer nada.
— Vou mandar preparar o avião para levá-lo. — Amir se pronuncia. — Quer ir também? — pergunta olhando para mim que só nego. — Se quiser ir não tem problema...
— Não vou! Estou com o meu marido e ficarei ao seu lado! Não posso fazer nada lá além de trazer mais problemas para um momento de dor. — ele assente. — Alfredo se quiser ir pode ir. — ele me olha surpreso.
— Não minha filha vou ficar com você.
— Pode ir! Amir vai cuidar de mim até vocês chegarem. — o abraço e o elevador abre. Os dois saem. — Qualquer coisa me liguem! — peço e me encosto novamente na parede de braços cruzados e cabeça baixa.
— Mara se quiser ir não tem problema, eu juro. Posso até ir com você se quiser. — o olho e sorriu.
— Sabe que eu não te mereço né!? — ele sorri e me puxa para fora do elevador assim que o mesmo abre.
— Você merece tudo de bom. — me beija casto. — O que vai ser? Vamos ou não? — fecho os olhos e reabro um pouco mais calma.
— Vamos ficar. — ele assente. — Não estou com ânimo para Lua de mel. — sou sincera.
— Tudo bem. Vamos fazer assim... — me puxa entrando no quarto. — Vamos só consumar nosso casamento depois que tivermos uma cerimonia indu adequada. Okay? — assinto. O abraço e permaneço assim por alguns instantes.
— Vou tomar um banho. — digo me afastando e lhe roubando um beijo.
— Se precisar de ajuda é só chamar. — fala sugestivo me fazendo rir.
[...]
Acordei já era noite. Amir ainda dormia ao meu lado. Beijo suas costas e o abraço, ele se vira e me beija.
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A Vida é Um Jogo (Reescrevendo)
RomanceMara conta sua história com total riqueza de detalhes que só uma pessoa que tem a síndrome de memória autobiográfica altamente superior pode fazer. De jovem gênio a mulher de negócios. De virgem a devassa. De pura a assassina. De inexperiente a...