Capítulo 5: parte-II

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D. Maria

Anahí enfiava minhas coisas em uma mala com rapidez, seus saltos dourados faziam barulho sobre o solo. Minha amiga parecia eufórica nas horas antecedentes a nossa partida de volta a capital, de volta aos meus problemas. Parecia tão reluzente, suas bochechas estavam coradas.

Já para mim aquilo tudo não passava de aflição. Estou querendo me esconder novamente. Tudo parece mais fácil quando se está de longe ou quando não é com você. Eu os veria novamente.

- Você quer mesmo fazer isso?- pergunta minha amiga apreensiva. - Se não quiser pode dizer.

Olho no fundo de seus olhos cor de céu que exalam um brilho compreensivo e amável. Seus cílios estavam pouco pesados por seu rímel extremamente preto, os lábios carregavam um rosa cintilante. Anahí andava sempre bem vestida e elegante, com seu casaco de lã vermelho, calça jeans clara e botas cano alto camurça pretas.

Meu estômago dava voltas e me sentia exausta pela no mal dormida. Mesmo que quisesse não era certo desistir, nunca saberia nada se não tentasse de fato. Não posso me esconder como um animal assustado qualquer. Tenho de enfrentar aquilo que me coloque medo.

- Não, não vou desistir. Tenho que fazer isso - pronuncio convicta. Encho meus pulmões de ar e solto para relaxar meus nervos. Anahí sorri para mim e me dando um abraça. - Eu preciso. - não sou capaz de controlar as lágrimas.

- O que disse a ela?- a voz de Poncho sooa incisiva. Nos afastamos e o olhamos.

- Ela não disse nada - seco as lágrimas com a manga de meu casaco.

Poncho olha para a loira com desconfiança o que me faz revirar os olhos e solta o ar pela boca.

- Ouviu o que disse - pronuncio-se a loira. - Por que sempre acha que estou maltratando-a?

- Não confio em você.

- Já entendi o conceito - piscando em provocação.

Poncho passa por ela sem dar importância e em um movimento inesperado me aperta contra seu peito me beijando-a testa. Sinto mais vontade de chorar, mas não devia me culpar por está tão sensível assim, estou grávida peguem leve comigo.

- Você está indo novamente - contra os meus cabelos. - Talvez nunca devesse ter voltado aqui, Dulce. Sua mãe tinha razão.

Me apertei ainda mais em seu tronco. As lágrimas molhavam sua camisa Polo cinza. Uma série de soluços tremiam meu corpo inteiro.

Seu abraço é tão quente e confortável que não quero largá-lo nunca.

- Prometa que vai ligar - pede. Seus polegares estavam presos ao meu maxilar erguendo meu rosto úmido. - Preciso que prometa.

- Eu prometo - digo baixo.

Com um sorriso ele me solta se afastando de mim. Anahí parecia incomodada com aquela cena, podia-se ver em sua face amargurada e a também a forma como batia os saltos no chão.

- Não temos tanto tempo - apressou de olhos grandes. - Vamos - fazendo movimentos com as mãos nos fazendo seguir até o carro.

- Fico no banco de trás tudo bom - anucio já abrindo a porta. O estofado é macio e tem o cheiro da colônia de Anahí neles.

- Eu dirigo - diz Poncho rapidamente. - Quer fazer isso, Anahí?- pergunta.

- Não obrigado - entrando no carro ao lado de Poncho nos bancos a frente. - Depois eu termino o serviço.

Posso ouvir o praguejo incomodado de Poncho antes que desse partida para que o carro se desloca-se pelas ruas...

                      ***
- Queria ir em um lugar antes - peço. Estávamos no meio do caminho, talvez não fosse o melhor momento para isso, porém era de estrema importância. - Não posso deixar para trás.

        O Limite de tê-la comigo (Vondy) [Livro Dois]Onde histórias criam vida. Descubra agora