Capítulo 2: parte.- II

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D. Maria   

Estou literalmente sozinha na casa naquela manhã, justamente pelo motivo de Tia Emma ter ido fazer uma visita a uma amiga doente e Alfonso sempre estava fora neste mesmo horário, por adorar correr pelas manhãs por ser menos movimentado e tranquilo. Por isso só sobrara a mim de vigia na casa por um tempo.

Após levantar-me da cama.- obviamente após ter dormido muito.- tomo um banho quente e visto uma roupa bem confortável e logo descendo para a cozinha.

Estou morrendo de fome e vasculho pelos armários a procura de algo que me atraia, então logo começo a preparar ovos mexidos e a passar o café.- já que encontro com a garrafa vazia.- Corto algumas fatias de presunto e comendo junto aos ovos e nunca estive com tanta fome do que estou hoje.- mais um acontecimento estranho para minha lista.- Acho que estou comendo rápido demais e logo minha fome se transforma em uma sensação estranha em meu estômago que parece se revoltar dando voltas e voltas. Então minha garganta se fecha e tenho que correr rapidamente para o banheiro e atropelo alguns obstáculos por meu caminho.

Me agacho sobre a privada e botando tudo para fora, vomitava de forma compulsiva. Não a trégua nenhuma nem mesmo para respira. A ânsia só cresce a cada momento é impossível ao sentir o cheiro daquilo me invadi novamente me fazendo botar o impossível para fora, já que não a praticamente nada em meu estômago a ser expelido e consigo me controlar e voltar a respirar novamente com o gosto amargo em minha boca. Me sentindo tonta e fraca e meus músculos moles, meu estômago dolorido e a garganta queimar pelo esforço.

Deixo meu corpo tombar sobre o chão do banheiro gelado do banheiro esperando recuperar minhas forças novamente o que demora mais ou menos 15 minutos a acontecer e tenho que ir rastejando até a pia lavar meu rosto e escovar meus dentes para tentar me livrar do gosto do vômito.

Molho meu rosto com água gelada e logo começo a escovar meus dentes e um turbilhão de pensamentos passam por minha mente no mesmo instante me fazendo morder com força a escova e pensar.- não aquilo, aquilo não.- Eu simplesmente não queria pensar na hipótese de está grávida, não posso estar.- bom claro que posso, mas não nesse momento e muito menos dele.- balanço a cabeça para afastar essa concepção, era só uma mera coincidência está sentindo me cansada, com fome e enjoada e também o fato de não ter decido a mais ou menos 8 dias.- e isso nunca aconteceu.

Dulce você não está grávida.

Tento me convencer disso, mas a desconfiança ainda me afligia e lembro que na última vez não teve camisinha e não era algo impossível isso esta acontecendo, eu posso está grávida.
Não sou nenhuma criança que corre do que tem medo.- não que tenha medo de ter filhos, longe disso, mas não era o momento e Christopher era o pai, não pegaria bem está grávida de um irmão.

  Sento na beirada de minha cama e tento pensar em alguma solução para minhas dúvidas e resta somente uma saída: descobri se estou grávida ou não e teria que ir na farmácia rapidamente e o bom era que havia uma bem perto a quase três quadras daqui, mas todos me conhecem e seria vergonhoso se me vissem comprando testes de gravidez em plena luz do dia, mas ou era isso o viver na dúvida. Prefiro a primeira opção.

Coloco uma das blusas de frio enormes de Alfonso na tentativa frágil de me disfarçar e com certeza estou sendo paranóica demais e também acho que usar aquilo só atrairá mais atenção a mim, já que faz parecer um marshmallow gigante, mas não tinha tempo para isso.

***

- São 3 e noventa e cinco.- diz a atendente rechonchuda por atrás do balcão com uma expressão entediada enquanto coloco a sacola com aquela caixa rosa que me assombrava sobre o balcão.

Demoro alguns minutos para conseguir pegar o dinheiro do meu bolso, pois a blusa era muito larga me atrapalhava e a senhora atendente parece impaciente tamborilando na mesa e fitando com seus olhos verdes pequenos.

Minhas mãos são trêmulas a o passar o dinheiro sobre o balcão e logo ela o apanha com suas mãos de unhas pintadas de um roxo quase negro. Olha em minha direção por bastante tempo e talvez achasse estranho uma garota como eu comprar algo como àquilo, com certeza parecia bem mais nova do que realmente era, e era estranho para mim também.

Com coração totalmente acelerado como se fosse sair pela boca sigo de volta para a casa de tia Emma, tentando esconder a sacola dentro do bolso da enorme jaqueta preta de Alfonso, mas não tenho coordenação alguma e chega uma hora que não olho para frente e consequentemente esbarro em alguém, derrubando aquela coisa na qual quero esconder bem a o lado de seus pés e sinto meu rosto se tornar vermelho me recusando a levantar o rosto.

- Desculpa eu não te vi.- se desculpa a pessoa na qual esbarrei e o pior de tudo reconhecia aquela voz. Poncho.- Acho que isso é seu.- ele entrega a sacola para mim e agora me vejo em um beco sem saída.

- Obrigado.- tento modificar minha voz, mas logo vejo que é em vão o que estou fazendo.

- Dulce?- arregala os olhos.

Levanto minha cabeça lentamente e sinto uma onda de constrangimento me atingir na mesma hora em que os olhos dele me olham confusos. Sinto as lágrimas se empossarem em meus olhos.

O que dizer agora.

- O que está fazendo aqui? E por que comprou isso?- dispara suas perguntas, mas minhas respostas parecem vagas e não saem.- Dul...Você está grávida?- seu olhar é surpreso sendo a gota d' água para que inicie um choro, choro como um bebê.

- Vem aqui.- a voz dele sooa calma e serena e logo me envolve com seus braços.- Vem vamos para casa e você me conta.- começa a me guiar.

Quando chegamos em casa não consigo olhar para ele e miro somente a xícara de chá em minhas mãos me sentindo horrível.

- Sente-se melhor?- pergunta após passar um bom tempo sem dizer nenhuma palavra. Afirmo com a cabeça em resposta sem mirá-lo.- Então me diz alguma coisa sobre isso.- aponta para a sacola entre nós na mesa.- não sei o que dizer e me mantenho calada.

  Poncho suspira e agarra minha mão livre e ela treme como se recebesse choques elétricos.

- Não precisava falar nada.- diz me tranquilizando.- Então você acha que está grávida?

- S-sim.- consigo dizer a muito custo.

- Então... Acho melhor acabar com suas dúvidas.- coloca as caixinhas em meu colo.

- Agora?-não amanhã.
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Olá meus bebês!!! Capítulo intenso esse cheio de emoções!! Será que Dulce está grávida mesmo? O que será dela agora? Bom e só comentando e votando para saber, hein?

Um beijo e até a próxima 😍😍😍😍😍😘😘

        O Limite de tê-la comigo (Vondy) [Livro Dois]Onde histórias criam vida. Descubra agora