— O que mais você quer!? Terminar de destruir o que restou da minha família? — seu tom era áspero como uma lixa e severo como o golpe de uma faca. Sua pele estava em um tom forte de vermelho. Meu coração dava batidas aceleradas dentro do peito. Não tinha medo dela, tinha medo de que contasse a Christopher sobre minha volta para a cidade, eu queria fazê-lo. — Diga! Ou o gato comeu sua língua?
Ajeitei a postura e dei dois passos para poder ficar frente a frente a ela:
— Não te devo satisfações — não reconhecia o ódio em minha voz. — aliás...posso ir e voltar quando quiser. Querendo ou não Elizabeth, nós fazemos parte da mesma família! — ela gargalhou em descaso. — por mais que você sinta todo esse ódio de mim, não poderá me proibir de nada, nem mesmo de ir a sua casa...
Elizabeth ergueu as mãos.
— Pare! Dulce você nunca foi parte da família! Foi um acidente, um deslize. Fernando não criou você, como criou Christopher e eu, ele teria o feito se realmente te considerasse como filha. Sua mãe achou que ganharia algo engravidando do idiota do chefe milionário, mas quebrou a cara e saiu de mãos vazias, ela e a criazinha xexelenta que tivera. Não tem direitos algum sobre a nossa família, quando meu pai morrer toda a herança será dividida entre mim e meu irmão, você não sentirá nem mesmo cheiro da fortuna.
Respirei fundo, tentando manter o pouco do meu controle emocional, que eu já não tinha. Olhando bem para seus olhos:
— Não me importo com esse maldito dinheiro! Podem fazer o que bem quiserem com ele, eu não me importo com nada disso! — exclamo entre os dentes.
— É o que todos da sua laia dizem...não quero seu dinheiro, eu te amo de verdade...isso é muita tolice. Assuma logo. O que quer? O que faz aqui e o que é isso em suas mãos? — puxando a pasta do meu colo. Na hora meu coração congelou. Tentei pegar a pasta de suas mãos, mas não consegui.
— Beth larga está pasta! Nada que interessa a você existe nela! — Anahí interferiu na conversa em minha defesa. — as contas de Dulce não são com você, muito menos com herança nenhuma, deixe-a em paz.
Elizabeth solta uma gargalhada alta e balançou a cabeça, fazendo os cabelos loiros sacudirem.
— Agora o que deu para todas as vadias me atacarem? — ironizou. — Tão patético. Se estão assim tão preocupadas que eu veja o que é que tenha aqui dentro,talvez, seja sim meu interesse. Só uma coisa muito grave as deixariam assim, tão preocupadas e apreensivas. Não é mesmo?
Anahí revirou os olhos e chutou a grama.
— Pode ver Elizabeth! Abra a bendita pasta! — dissera de repente. Então criei forças e me mantive firme. O que é que ela fosse fazer, não seria capaz de me fazer desistir. Não tinha medo, nada de ruim ia acontecer, nem a mim ou ao meu filho.
Meu filho.
Elizabeth sorriu e foi abrindo a pasta. Foi olhando seu conteúdo com uma expressão ilegível. Até respirar fundo e jogar a pasta em cima de mim. Maitê e Anahí nesse mesmo instante se juntaram a mim, uma de cada lado. Elizabeth estava mais vermelha do que nunca. Perecia até que havíamos enfiado uma vaca em seu peito.
— Você está grávida?
Olhei bem para seus olhos:
— Sim...estou. O Christopher é o pai.
Sua boca ficou no formato de um O perfeito.
— Oh meu Deus! Era só o que me faltava...— sua cara era de profunda incredulidade. — você grávida do meu irmão. Garota você é incrivelmente baixa e manipuladora. Eu sempre soube que era isso que queria desde o início, seduzir meu irmão e ter um filho dele. Nunca me enganou com esse seu jeito de garota sonsa. — ela andava de um lado para o outro completamente indignada. Sentia raiva por ela está falando essas coisas sobre mim. — olha que lindo a filha seguindo os passos da mamãe.
VOCÊ ESTÁ LENDO
O Limite de tê-la comigo (Vondy) [Livro Dois]
Fiksi Penggemar"..Não sei o que fazer agora que ela se foi, pois sinto tanto sua falta como se fosse um órgão vital meu. Quando sumiu naquele carro não tive total vontade de continuar a viver, não sem ela.." --- Essa é uma continuação e para entender terá que ler...