Era uma vez essa garota, ela era só mais uma fudida em um mundo cheio de fudidos, e no momento em que ela achava que não podia piorar as coisas sempre pioravam, e sim essa sou eu, a garota que não tem sorte nunca; a garota que só se fode, mais enfim, eu não sou taaao importante assim, já que a única pessoa que sabe da minha existência é Jessie, minha mãe, mais ela não vai viver por muito tempo, e não que eu não ame ela, só aprendi a lidar com esse fato; mais quando ela morrer vou virar um completo fantasma; assim como todas as pessoas desse país, pelo menos as que são de classe baixa pra quem o governo não dá a mínima.
-Querida e hora de levantar pra ir pra escola-Jessie puxava minhas cobertas enquanto eu lutava pra puxa-las de volta ao corpo.
Abri os olhos devagar e olhei para a janela coberta por tábuas em frente a minha cama, ainda era madrugada.
-tá bom, tá bom já vou acordar.-disse sonolenta, ajeitando a máscara de gás e levantando.
-ótimo por que estou preparando um café da manhã.-os cabelos de Jessie, loiros e desgrenhados balançavam enquanto ela saltitava para a nossa pequena cozinha.
-oque tem de bom hoje? Waffles?-chutei pelo cheiro.
-iguais às que eu preparava pra você quando era pequena.-ela disse aquilo com um toque de nostalgia, quase que se lembrando dos velhos tempos.
Na cozinha, haviam dois pratos com Waffles quentinhas e cobertas de mel; realmente parecia com quando eu era pequena. Nos não falamos nada enquanto comíamos, eu já havia me acostumado aquelas acordadas noturnas, já tinha me acostumado com os momentos nostalgia e com tudo que viesse com aquele câncer no cérebro que Jessie tinha.
-e melhor se apressar pra não perder a escola.-ela disse.
-Jessie eu não vou a escola desde que eu tenho 6 anos, na época que você podia pagar; tenho 16 agora lembra?-respondi.
-você... cresceu tão rápido, filha.-os olhos dela começaram a lacrimejar e rapidamente ela já estava soluçando; e eu já estava abraçando ela pra conforta-la.
-vamos voltar pra cama mãe, ainda é madrugada.-eu raramente me referia a ela com mãe ou minha mãe, era só Jessie, mais quando ela estava chorando eu não conseguia evitar.
-madrugada?! Alyce Harris são só 6 da manhã e você precisa ir pra escola não se faça de espertinha! -ela levantou de supetao, me olhou confusa e depois foi pro seu quarto.
Essa era minha vida, apenas eu, minha mãe, meus crimes e minha arte; podia não ser a vida perfeita e obviamente não era, mais eu podia estar em algum lugar pior, poderia ser classe F, sem casa, mais na minha casa era eu quem sustentava a mim e minha mãe; ela não tinha condições de trabalhar mais e nem sabia com oque eu trabalhava.
Eu não ia conseguir dormir depois daquilo então coloquei minha roupa, meu casaco colorido e néon com uma carinha de gato, minha saia de camadinhas preta, meia calça e as botas, mandei uma mensagem e já estava de saída com meu cinto cheio de tintas spray; lá fora a cidade ainda não havia acordado, oque era de se esperar já que eram 3 da manhã, essa hora só o subúrbio da cidade estava acordada, pessoas como eu, tentando ganhar dinheiros com jogos ilegais, prostituição, venda de drogas, todas essas pessoas que você não quer que seu filho vire um dia, as pessoas julgadas "maus" pela sociedade, mais por que um ato significativo mau as vezes pode significar a sua única fonte de renda?
Parei em um beco e achei a parede perfeita para uma boa arte, vinha tentado fazer artes mais escondidas desde que os tiras começar a ficar na minha cola, ou na cola da Ahhy que é a minha assinatura; o governo era estúpido o bastante para procurar por mais um dos seus fantasmas ou aqueles robôs desalmados deles. Enquanto esperava o cara que queria comprar a última jóia que eu havia roubado chegar, fiz algo para se pensar, desenhei um cara enforcado e na cabeça dele escrito SOCIEDADE; não seriam muitas pessoas que veriam mais algumas conserteza apreciariam, eu gostava mais do prestígio que tinha nas minhas artes grandes, aquelas em prédios do governo, outdoors, carros de polícia, já tinha feito um até na CAUS; Aquelas eram as artes que valiam a pena, não essa coisinha que não afetar ninguém.
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Dystopia
ActionEm um mundo onde a tecnologia e os avanços dominam também há suas partes ruins, mortes, doenças, um governo autoritário com classes sociais oprimidas que são o cúmulo da sociedade. nesse cenário desordeiro uma empresa luta em causa das crianças e ad...