Fugir, aquilo nem estava nos meus planos mais estava realmente acontecendo; e minha passagem era Alyce, eu só pensava no quanto queria ver meus irmãos, no brilho do olhar deles ao me verem; só que fugir assim do nada realmente havia me pego de surpresa.
-oque? fugir? assim do nada?-houve outra explosão enquanto Alyce gritava com Nathan.-Mais que porra são essas explosões.
-relaxa Alyce! essa é a sua carona, e se tudo der certo nos vamos te levar em segurança.-ele deu uma olhada por cima do ombro dela, direto pra mim.-podemos levar sua amiga também.
ambos me encararam, Alyce parecia hesitar na proposta de Nathan, algo na maneira como seus olhos brilhavam e seu rosto parecia confuso entregava isso.
-Vamos!-peguei em sua pequena mão, dando-lhe força e a apoiando por que a nossa vida, não estava naquele lugar, aquela não era à nossa casa.
-Vamos!-Alyce me retribuiu um sorriso.-só temos que pegar nossas coisas e...
-Não dá tempo!-Nathan puxou-a para fora do quarto de supetão, me levando junto.
entre várias explosões e poeira que estava começando a sobrecarregar o lugar ele foi nos guiando por entre os corredores, que eu, mesmo depois de todo aquele tempo ainda não me achava. até que ele parou, no corredor nada parecia diferente pra mim, apenas parede branca e luzes; só que ele encarou a parede de maneira curiosa; a parede começou a bipar um bip repetitivo.
quando Nathan se virou pra gritar pra nós já era tarde, houve uma explosão naquela parede, nos jogando longe, batendo na parede oposta; o baque foi duro e senti meu corpo dolorido, porém sabia que não havia quebrado nada; em meio a poeira que fora levantada, olhei para baixo aonde olhos verdes frenéticos me encaravam e sentia um pouco do pânico neles, Nathan fez um sinal de silêncio; e eu não sabia aonde Alyce estava, ela era a que estava mais próxima a parede.
Nesse momento, houveram passos pesados vindo do rombo da parede; risos ecoavam por cima dos passos, risos fortes e masculinos; olhei na direção e vi pares de botas, homens altos e barbudos, todos os pelos do meu corpo se eriçaram de medo, por que se até Nathan que era quem estava nos guiando estava com medo por que eu não estaria.
fechei os olhos bem rápido, fingindo ter ficado inconsciente, era o único jeito que achei de que eles nos ignorassem.
-Olha só, parece que já tivemos 3 perdas aqui, viu isso Billy?-um homem com a voz gutural disse.
-não estão mortos.-outro homem disse.-quer dizer, talvez aquela esteja.
-Ei! esse não é aquele garoto nortista que estava nos causando problemas?-um com a voz mais fina indagou.
-sim! é ele sim!-ouve uma risada-levem ele, se não acharmos oque estamos procurando pelo menos achamos algo bem valioso.
ouvi os pés indo em outra direção através do corredor, com muito medo, abri os olhos depois de um tempo, quando tinha certeza de não ouvir mais nada; e me levantei aos poucos.
havia pedaços da parede espalhados por todo o chão, vigas a mostra, poeira pairando pelo ar, e sentia também um pouco do gás exterior entrando; enquanto tossia lutei para enxergar além da poeira para oque estava ao meu redor.
Nathan já não estava mais aonde eu o havia visto, fiquei um pouco em panico e comecei a procurar por Alyce, meu coração martelando, lembrei de um dos homens dizendo que uma parecia morta.
em um canto bem longe, havia um pequeno corpo, tinha também uma mancha de sangue na parede; peguei seu corpo e comecei a chacoalhar.
-Alyce! Alyce!-disse aos prantos, senti algo na minha mão e quando vi era sangue, a cabeça dela estava sangrando, seu cabelo solto e bagunçado.
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Dystopia
ActionEm um mundo onde a tecnologia e os avanços dominam também há suas partes ruins, mortes, doenças, um governo autoritário com classes sociais oprimidas que são o cúmulo da sociedade. nesse cenário desordeiro uma empresa luta em causa das crianças e ad...