Capítulo 2

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rodrigo

(na mesma noite em que Henrique ficou sabendo sobre a fuga de Augustino)

Na penumbra da madrugada, numa área nobre da cidade de dourados se encontrava Rodrigo, ele corria há algumas horas pela rua do condomínio onde reside, estava todo suado apenas usava um short de moletom, seu objetivo era ficar cansado, há algumas semanas ele não consegue dormir direito, e a única forma que encontrou de conseguir dormir era gastando energia.

Ele não entendia o motivo de sua insônia repentina nunca passou por isso, talvez fosse à monotonia de seu dia a dia, há muito tempo ele não tinha pegado nenhum trabalho sujo pra fazer, isso o deixava chateado, ficar sem correr perigo sem ter aquela adrenalina correndo por suas veias era estressante.

Ele tentou se entreter com sexo barato e bebidas caras, mas nada daquilo era suficiente, era um prazer momentâneo, logo em seguida ele era preenchido por um vazio, vazio esse que de certa forma o incomodava bastante, pois a razão por sentir aquilo era desconhecida, só sentiu esse vazio há muitos anos atrás quando perdeu seus familiares, hoje em dia ele não tinha mais tempo pra esses conflitos internos, ou seja, tudo se sumarizava o deixando um ser humano pior do que já era.

Percebendo que seu corpo não aguentava mais tanta atividade física, Rodrigo retornou caminhando pra sua casa que ficava a duas quadras de onde ele se encontrava, ele foi pensativo, seu rosto tinha um semblante serio nada amigável, virando uma esquina ele parou e analisou a fachada de sua residência, havia um carro preto parado logo em frente a seu portão, as luzes de sua casa estavam acessas, com certeza tinha algum intruso, ele respirou fundo e seguiu caminho, chegando próximo ao carro, o analisou bem, aquele carro era um modelo muito caro, ele sabia que a pessoa que estivesse dentro de sua casa era alguém importante e muito rica, finamente ele teria um trabalho novo para fazer, ele não se animou, mas conseguiu deixar de lado aquele conflito de sua cabeça, ele entrou por um portão menor, seguiu caminho por seu jardin. ate chegar enfrente a porta de sua casa, ele entrou calmamente seguindo em direção à cozinha, pegou um copo de água, foi à sala onde ele sabia que estava o invasor, ele entrou no local estava tudo escuro apenas a luz do abajur deixava o ver uma silhueta de um homem sentado numa poltrona próxima à janela, o homem não se virou, apenas fez um sinal para que Rodrigo se senta-se, ele odiava que alguém manda-se nele, mas não questionou apenas fez, então pela primeira vez o homem se pronunciou.

-Augustino- ola meu caro, presumo que não me conhece não é mesmo.

-Rodrigo- com certeza não te conheço, mas não importa, já não gosto de você, ter invadido minha casa me deixa muito irritado sabia, só não te matei ainda por que acho que esta atrás de meus serviços, estou certo?

-Augustino- é vejo que os boatos estão corretos, você é igual a seu irmão, não fica dando rodeios, e é frio como gelo, ah se todos os subordinados meus fossem iguais a você, nunca mais me preocuparia com minha segurança, é um talento para poucos meu caro.

-Rodrigo- me poupe de seus elogios, o Maximo que conseguirá com isso e uma bala de minha arma em sua cabeça velho asqueroso.

-Augustino- como ousa me ameaçar seu merdinh...

O velho travou, ele ainda não tinha se virado para olhar Rodrigo, ele sentiu algo frio em sua cabeça, o que o fez ficar calado.

-Rodrigo- vai mesmo me chingar ahahaha como você é patético vir até minha casa invadir a mesma, e depois me ofender como se eu fosse um de seus empregados ridículos, é pedir pra morrer não acha?

O velho ficou em silencio, não fazia um movimento sequer, ele sabia da fama de Rodrigo, mas não imaginava que o homem era tão intolerante assim.

O filho do juiz - ( romance gay )Onde histórias criam vida. Descubra agora