•Capítulo Sete - O poder!

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  Dois dias depois daquela noite no armazém, eu me encontrava, treinando no meu mediano galpão de treino. Socava o saco de pancadas, como se não houvesse amanhã; eu sentia o estresse pós-luto consumir minha mente e meu corpo. Músculos tensionados, mente barulhenta e muita confusão; me encontrava no estado perto do crítico, a ponto de estourar a qualquer momento; a raiva de ter deixado Alejandro escapar me pertubava constantemente, sentia algo queimar dentro de mim, uma coisa louca querendo sair, era estranho para mim essa sensação.
  Parei de socar a porra do saco e me sentei sobre o tapete de luta cinza, que era disposto sobre todo o chão do lugar. Bebi um pouco de água, encarando o nada, olhos vidrados em um mundo paralelo inexistente; é nessa meio tempo, me veio aquela imagem. Aquele rosto que ilumina minha vida, meu ser o meu mundo; o rosto do meu pai! Senti uma fincada no coração, e dos olhos começaram a descer lágrimas inconstantes; naquele momento eu senti vontade de vê-lo e abraça-lo fortemente, de contar tudo que aprendi e dizer o quanto ele faz falta aqui.
Me levantei novamente e voltei a socar o saco, porém duas vezes mais forte do que antes. Emoções multiplicadas, tudo estava demais para mim, tudo estava intenso. Continuei socando focadamente o mesmo lugar, até minhas mãos furar o saco com um último soco. Mais frustrada do que já estava, agarrei o saco é o arranquei do trilho, carreguei o mesmo para fora do galpão, e o taquei no terreiro; o chutei várias vezes com raiva, e continuei até ele se rasgar mais ainda.
Vejo Jamie aparecer na varanda e me olhar preocupado, logo em seguida vindo correndo ao meu encontro.

— Lauren, você está bem? — ele pergunta preocupado, e eu prefiro ficar calada para não ser grossa. Dois segundos depois, rasgo minha blusa e arranco minha calça, estava precisando sair. Me curvo sobre o chão, e deixo o meu lobo sair; o que não demorou muito, entanto eu revelei minha pelagem negra, os olhos vermelhos e o tamanho inacreditável — Onde você vai ?

  Peguei um impulso e saí correndo floresta a dentro, precisava respirar. Fui trilhando um caminho por meios das árvores, o anoitecer chuvoso desse dia, deixava tudo mais frustante e triste, ainda mantinhamos o luto. Parei de correr quando eu pisei sobre uma pedra exposta no chão; olhei para todos os lados, conferindo a localidade onde eu me encontrava. Respirei o ar puro do lugar e me senti um pouco mais calma. Era isso que eu precisava!

∆∆∆

  Mais tarde na minha antiga casa, estava no meu antigo quarto olhando o teto. Me levantei eu peguei uma faca em cima da cômoda; fiz movimentos perfeitos e letais, deslizando meu corpo no ar. Foi quando um barulho estrondoso soou a casa, vindo do quarto de Bella; corri até lá, é a porta estava trancada...um único chute, já não estava mais. Vi Bella caída no chão desacordada, a peguei nos braços e a coloquei na cama, Ben logo em seguida entrou desesperado;

— O que aconteceu? — ele perguntou preocupado.

— Não sei — respondi — Eu só escutei o barulho de algo caindo aqui.

— Está na hora — Ben diz sério, eu o olho sem entender. Ele apenas saí do quarto, disca um número em seu celular e chama por minha mãe, diz para ela vir rapidamente e desliga. Fico sem entender nada, apenas sento do lado dela e fico a olhando, quando ela abre os olhos e grita. Os olhos de Bella eram num verde vibrante e luminoso, tão lindos, tão vivos.

— Lauren — disse meu nome suavemente

— O que está acontecendo??? — pergunto desconfiada

— Lauren, por favor, leva a Isabella para o carro e me espere lá — Ben responde, fingindo que não ouviu minha pergunta. Então, faço o que ele pede, levo Bella para o carro, a colocando deitada no banco de trás. Ben aparece logo em seguida com uma bolsa enorme, entra no carro e o arranca — Bella está e transição!

.Wolf's -O Poder Da Loba Real. 2ª.Onde histórias criam vida. Descubra agora