A armação...

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 Assim que entramos na casa vimos várias coisas de porcelana, minha tia tinha várias coleções de pratos e animais antigos de cerâmica. Ela apreciava muito coisas assim pois aonde iriamos teria coisas desse tipo, na pratilheira ou em cima de estantes e cômodas
  Então, finalmente, depois de um tempo andando e brincando por toda a casa nos decidimos ir brincar lá no quintal, eu e minha irmã estavamos tão alegres, sorrindo e gritando coisas como "vou te pegar" e "tá com você"... Não diviamos ter saído de dentro da casa...
  Gabi, minha "maninha" pediu pra que fossemos brincar lá fora l:
  _ Mary, estou com medo de quebrar alguma coisa da titia... Vamos lá pra fora ?
  Naquela hora achei aquilo uma ótima ideia
 _ Vamos! Vou pedir pra "Mamãe"
  Eu fui correndo pela casa toda com a minha irmã procurando a nossa mãe, quando encontramos, disse queriamos brincar lá fora pois aqui dentro estava muito perigoso
 _ Por mim tudo bem...
 Nossa mãe respondeu e desviou o olhar pra nossa tia
 _ Tá! vão logo e vê se não se machuquem com  o meu ....
 Eu era tão nova, não suspeitava de nada... Se eu fosse um pouco mais velha.... Eu percebi que minha tia tinha parado de falar no meio  frase mas nem dei tanta importância pois eu só queria ir lá fora brincar
 _ Com seu ?
   Minha mãe perguntou enquanto levantava uma de suas sombracelhas querendo ouvir o resto da frase
 _ Com a escada ... Cuidado com a escada
 Minha tia respondeu enquanto surgia um sorriso de deboche em seu rosto. Ela se levanta e vai até a porta onde era a saída da casa e a entrada pro quintal. Enquanto abria a porta ela disse:
 _ Vão
 Eu e minha irmã descemos aa escadas que havia depois da porta e fomos pro quintal que era imenso, fomos gritando e pulando de felicidade. Até hoje eu lembro de como foi...
 Depois de descer as escadas e correr por todo quintal, ao longe, eu vejo um cachorro correndo em nossa direção
 _ Olha, Mary... Um "Auau"
 _ Estou vendo ...
  Naquela hora, vendo o cão se aproximar, fiquei ao lado da "Gabi" e segurei a mão dela. Ele se aproximou até que parou de correr e veio se aproximando devagar, veio noa cheirando. Lembro que o cachorro era meior que eu naquela épocae babava muito. "Gabi" fechou os olhos com força e apertou minha mão, eu fiquei olhando para o rosto do cachorro, de repente, ele começa a rosnar enquanto olhava pra mim, ele latia mostrando os dentes e rosnava mais ainda.
 _ Vamos entrar Mary, não quero mais. Estou com medo.
  Assim que eu me virei de costas, me lembro de ver a boca do cachorri se aproximando de meus ombros, ele então, "cravou" seus dentes em meus ombros com muita força, se me lembro bem começou a sangrar na mesma hora! Tudo ficou em câmera lenta, a boca do cachorro passava da altura dos meus seios, eu também consegui perceber o olhar de pavor da minha irmã, ela estava com seus olhos arregalados e parecia estar em choque.
 O cachorro me mordeu de novo, e me sacudiu, me balançou de um lado pro outro, nessa hora eu lembro de ter soltado a mão da minha irmã. O cão, do mesmo modo enquanto me balançava me jogou pra frente como se eu fosse um brinquedo, "Gabi" saiu correndo e gritando de pavor, mesmo de longe qualquerum conseguiria ver o quão apavorada ela estava. Aquele cachorro foi atrás dela latindo, ele não  a mordeu, apenas foi pra frente dela e começou a latir e, mesmo sangrando muito, eu me levanto, eu vi bem perto de mim um galho  que parecia ser um galho de roseira, era fino e cheio de espinhos, naquele momento eu nem pensei duas vezez, peguei o galho e fui defender minha irmã, eu bati no cachorro várias vezes enquanto a Gabi continuava correndo e subia as escadas. O cão latiu algumas vezes mas, novamente, avançou e mordeu meu braço me balançando logo em seguida e isso só piorou mais ainda meu estado. Quando estava deitada já sem força alguma, minha visão começava a embassar e meus olhos ficaram mais pesados, não estava conseguindo segura-los abertos.

O assassinato de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora