O assassinato de uma suicida
Quando acordei definitivamente eu já estava em casa curativos e pomadas pela maior parte do meu corpo, era horrível, mal conaeguia me mexer sem sentir dor. Me lembro bem que todos os dias, durante a maior parte do dia, "Gabi" me fazia campanhia me fazendo sorrir e me ajudando a "matar tempo"
Minha mãe sempre iria levar coisas pra mim, coisas como o café da manhã, almoço e etc. Mas só isso, ela estava muito ocupada com seu trabalho pra ficar comigo o dia todo
Depois de duas semanas fui ao hospital retirar os curativos e, sombreamente, eu só não pulava de alegria por causa do meu desânimo, ainda estava meio traumatizada naquela semana e mesmo assim, ainda tinha algo me incomodando. Quando estavamos voltando pra casa a minha tia estava nos esperando do lado se fora do hospital e ela estava acompanhada de dois polícias armados e fardados, eles ficaram com uma "cara de mau" por todo o tempo...
_ Fiquem aqui na porta, eu volto logo
Isso foi oque minha mãe disse pra ficarmos esperando ela na entrada do hospital
_ A titia vaio visitar a Mary, mamãe?
Eu e minha irmã olhamos pra mamãe nesse momento e olhando pro rosto dela viamos um sorriso seguido de frases como "vai ficar tudo bem" e "Podem ficar calmas, a mamãe só vai conversar com a titia", mas isso eram apenas palavras e, olhando para os olhos dela conseguiamos ver desespero e medo, eles tremiam e se enchiam d'água. Eu vi toda a conversa de longe, a "Gabi" não fazia ideia do que estava acontecendo, mas eu sim. Eu consegui perceber que minha mãe derramou algumas lágrimas, percebi também que ela segurou ao máximo o desespero... Um dos políciais veio até nós, se ajoelhou e disse:
_ Ei, garotinhas! Aquela alí é a sua mãe? Bom, ela vai ter que dar um passeio com a gente, vocês vão ficar na casa do pai de vocês por um tempo, garanto que ela não demora, tudo bem ?
Em seguida ele se afastou e minha mãe se aproximou com passos rápidos, lágrimas nos olhos enquanto tentava manter-se calma em nossa presença, mas não permance assim por muito tempo, aos poucos ela vai chorando mais e mais, começa a ser possuida pelo desespero, seus olhos começam a se abrir mais e mais até que ela nos abraçou forte e quando estava com a boca perto dos nossos ouvidos disse:
_ Mamãe ama vocês duas! Não vou demorar, tudo bem ? Só vou resolver um problema com os senhores policias e ja volto. Enquanto eu não volto vocês vão ficar com seu pai, ele não mora perto, um daqueles guardas vão te levar até ele .... Eu amo vocês
O guarda mais alto e forte pega no braço dela e a puxa com força nos tirando dos seus braços e a jogando em direção a viatura.
_ Seu tempo acabou, senhora!
_ Nãão! São minha filhas! vocês não podem me afastar delas! Como elas vão viver sem mim ?
Lembro que minha mãe tentou se aproximar de novo, mas o guarda a segurou. Minha mãe gritou tanto que perdeu a voz antes mesmo de entrar na viatura... Por um minutos eu olhei pra minha tia e, novamente, aquele sorriso estava estampado na boca dela, de um canto ao outro e com um cigarro no canto esquerdo da boca. Quando ela percebeu que minha atenção estava voltada pra ela, ela se aproximou e gargalhou várias vezes até chegar perto de mim.
_ Aprenderam a lição, garotas? Isso que acontece com quem bate no meu cachorro... Vocês me enojam!
Quando ela disse isso ela ergueu a mão e me bateu, me deu um tapa na cara, doeu muito ... O lado bom foi que ela nem encostou na "Gabi".Meu rosto ficou marcado por horas, sem contar que estava doendo e queimando muito. Um dos políciais viu a agressão e foi tirar satisfação com ela
_ Ei,senhora! Não pode fa-...
Isso foi tudo oque ele disse antes da minha tia tirar um "bolo de notas de cem" da carteira e jogar na mão dele
_ Você não viu nada ...
_ Claro!
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O assassinato de uma suicida
Mystery / ThrillerEssa história é contada pela irmã mais velha que conta como era sua vida com sua irmã antes de sua mort Em meio suas lembranças ela vai revelar oque aconteceu com a caçula e com sya família durante seu tempo de vida