O assassinato de uma suicida

Será que eu consegui ajudar ?

 Os dias foram se passando bem devagar e tudo parecia ameaçar a Gabi, eu estava preocupado com tudo que podia machucar ela enquanto ela nem  se importava com oque podia me machucar... Mas não tem problema, eu era a irmã mais velha! Eu tinha que cuidar dela e de mim, eu tinha que ajudar ela a melhorar e tinha que ajudar ela a voltar a ser a minha irmãzinha, como antes, como quando erámos pequenas e conseguíamos demonstrar amor uma pela outra.
 Em um dia, depois da escola, estávamos assistindo tv juntas, então foi aí que eu decidi tomar uma atitude e conversar com ela.
 _Gabi, você está bem ?
Todas as respostas dela foram frias e curtas e, todas aquelas respostas machucavam meu coração com toda a força do mundo...
 _Estou ...
E essa foi a resposta dela, continuei insistindo no assunto até receber alguma resposta
 _Você tem certeza ?
 _Tenho...
 _ Bom, então me fala como foi seu dia hoje ?
 _ Foi bom ...
Nesse momento e segurei a mão dela com meus olhos cheio de água, eu olhava para os olhos dela fixadamente.
 _Por favor! Não mente pra mim!
 _Não estou mentindo, eu estou bem...
Eu abracei ela naquele instante e comecei a fazer carinho no rosto dela,eu tentei conforta-la em meus braços. Segundos depois eu senti algumas lágrimas descendo pelo meu ombro e,ela simplesmente não aguentou e desabou sobre mim, ela chorou, eu chorei, ela chorou mais, eu chorei mais e,foi assim até cansarmos de chorar. Assim que nos acalmamos eu e ela começamos a conversar, ela me disse coisas como "eu não sei oque sinto!","não sei por quê sinto" e, muitas outras coisas que não me levaram a lugar algum, ela também disse que sentia muita dor, uma dor no peito, mas não era uma dor física e que não sabia explicar oque era e, eu como não entendia muito disso eu resolvi não obriga-la a falar ou tentar falar, eu só a abracei, dei apoio e escutei tudo oque ela tinha pra dizer, nós ficamos por volta de três horas conversando, foram mais de três horas de desabafo e mais de três horas de desespero, mas eu e ela conseguimos resolver um pouco desse assunto...
 Dias foram se passando mais rápido, ela estava melhorando, já voltava a sorrir na escola, já voltava a conversar com os colegas da classe e, eu achei que dalí pra frente as coisas iriam melhorar, más... Eu estava errada!