Depois daquilo eu sei que levei uma pancada na cabeça, um soco,eu acho. Mas a certeza foi que eu simplesmente apaguei, desmaiei e, quando acordei, estava no hospital, no mesmo hospital onde minha tia havia tirado a mamãe de nós. Mal acordei e comecei a chorar, de dor, de lembranças e por ser fraca, não pude proteger minha irmã naquela hora, isso foi oque mais doeu em mim. Aquilo foi pior doque qualquer outra dor que eu já havia sentido.
Me sentei na cama e olhei para os lados, não havia ninguém que eu conhecesse, estava tomando soro e cheio de curativos pelo corpo, nas pernas e na região da barriga e cintura primacialmente. O curarivo ta minha cabeça ficou me incomodando por poucos minutos, depois, eu nem o sentia mais.
Quando deitei novamente eu voltei a chorar, chorar muito, coloquei as mãos sobre meus olhos e chorei demais e a preocupação com minha irmã só aumentava e isso não ajudava em nada, nada mesmo, só me deixava mais preocupada e mais apavorada.
Uma das enfermeiras se aproximou e colocou a mão sobre uma de minhas pernas e disse:
_ Ei,garotinha. Oque foi? Ta tudo bem?
Olhando pra ela eu comecei a me sentir segura, ela me passou uma sensação de segurança imensa.
_ Eu to bem, moça.
Menti pra ela naquele momento, não sabia oque dizer e, mesmo assim, senti muota vergonha de falar oque estava acontecendo. Mesmo assim, ela insistiu...
_ Vamos,garotinha. Me diga oque está acontecendo
Olhei uma segunda vez epercebi os detalhes; castanhos, morena, cabelo Preto e liso, usava um óculos e parecia ter 30 anos. Ela não parava de insistir na resposta... Então,finalmente, disse tudo. Fiquei mais de uma hora contando os detalhes completos, dês de quando me lembrava que os problemas começaram e, todo esse tempo, chorei muito, não sabia se chorava ou se falava. Quando terminei ela me levanto fazendo eu ficar sentada sobre a cama,ela se aproximou e me abraçou, o abraço durou cerca de um minuto, ganhei cafuné dela e um lugar seguro, sem pensar duas vezes eu retribui o abraço a apertando. Quando acabou o abraço ela anotou um papel, nele estava escrito o numero dela.
_ Meu nome é Natália, mas pode me chamar de "tia Nati". Olha, quando as coisas estiverem ruins você liga pra mim que eu vou lá na sua casa e busco você e a sua irmã e as levo lá pra casa pra brincarmos e nos divertimos um pouco, em fim, nos distrair dos problemas. A propósito, aonde você mora?
Eu não sabia o nome da rua onde meu pai morava e nem o número da casa, então fui explicando com as minhas palavras, falei a cor da casa, as casas que passam pra chegar lá, como era aquele bairro, como era a casa do meu pai, em fim, eu disse tudo oque eu sabia sobre lá.
Ela saiu da sala depois disso, disse que iria atender um paciente que estava na sala de emergência, ela conseguiu arrancar um sorriso meu mesmo em uma hora como aquela, uma hora em que eu estava sem força e sem energia
Horas depois ela volta com um telefone no ouvido:
_ Ei, tenho um recado pra dar pra você...
VOCÊ ESTÁ LENDO
O assassinato de uma suicida
Mystery / ThrillerEssa história é contada pela irmã mais velha que conta como era sua vida com sua irmã antes de sua mort Em meio suas lembranças ela vai revelar oque aconteceu com a caçula e com sya família durante seu tempo de vida