Volta pra casa

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Quando ouvi aquilo da enfermeira eu não sabia oque esperar, cofesso que naquela hora, minha cabeça estava tão confusa que eu não conseguia raciocinar direito, mesmo assim eu perguntei :
 _Oque é que você tem pra me dizer?
 Depois de guardar o celular em um bolso do seu jaleco, ela se sentou em uma cadeira ao lado da mimha cama enquanto falava:
_ Era seu pai, ele disse que não vai conseguir te buscar hoje, você vai ter que passar mais algumas noites aqui no hospital. Ele também falou da sua irmã, ela está bem e já está dormindo, ele falou que ela estava sonhando com você, nem dormindo ela para de te chamar, dizer seu nome e coisas assim.
 Eu fiquei o tempo todo olhando pra ela, fiquei prestanto total atenção em todo o recado, me aliviei quando fiquei sabendo que minha irmã estava bem, mas eu não conseguia relaxar totalmente, meu pai não era uma pessoa pra depositar sua confiança total.
 _Ótimo, se a "Gabi" está bem, eu estou bem ...
 _Você e sua irmãzinha tem uma conexão muito forte, ela tem um imenso amor por você e,você tem o mesmp amor por ela...
 _É, ela e eu somos irmãs de sorte por termos uma a outra.
  Depois dessa pequena conversa que eu tive com a enfermeira eu já conseguia dormir um pouco mais e desligar um pouco os pensamentos de preocupação que eram tantos... Dias depois, meu pai veio me buscar, ele apareceu no quarto com a chave do carro em mãos e com um sorriso no rosto, parecia tão amigavel, nem passaria pela cabeça de todos que ele era um alcoólatra que agrediu a filha sem qualquer razão.
 Hooras e horad depois conseguimos sair do hospital, entramos no carro em silêncio e sem desviar o olhar do caminho, parecia que éramos inimigos, parecia que tinha algo ruim naquela hora, o pior, é que tinha e, tal coisa era a raiva que eu estava sentindo por ele, por ele ter feito aquilo atoa, por ter batido em mim e na minha irmã por causa da bebida. Isso é uma coisa que eu acho que não deveria existir nesse mundo!
 No caminho de casa eu disse pra ele que havia conhecido a tia "Nati", disse tudo oque ela me disse sobre visita-la quando quiser, eu expliquei toda a situação pra ele e, comp resposta, ele disse que eu e a "Gabi" poderíamos ir pra lá sempre que quisermos. Naquele momento um pensamento passou pela minha cabeça, "Eu queria era morar com ela, deve ser bem melhor que morar com você" mas, se eu dissesse em voz alto eu acho que iria morrer sendo espancada pelo meu próprio pai. Chegamos, sem pensar duas vezes eu abri a porta do carro, tirei o cinto e saí correndo indo pro quarto da "Gabi", eu não pensava em nada, a saudade era tanta, mas tanta que eu só queria vê-la de novo!
 _ Gabi!

O assassinato de uma suicida Onde histórias criam vida. Descubra agora