Capítulo 12 - Passado

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- Está tudo bem. A deixei com sua mãe. – Quando Draco subiu as escadas encontrou Jane descendo. Ela havia ficado preocupada já que a filha não subira depois que a campanhia tocou, achando que a neta já havia ido com o pai. O loiro pediu que ela ficasse com Elizabeth enquanto conversava com Hermione e desceu novamente para junto da castanha. Ela o olhava interrogativa em meio a sua lagrimas.

- O que.. você está fazendo? – Ela perguntou cansada e sem conseguir parar de chorar enquanto Draco pegava em seu braço com delicadeza.

- Vamos dar uma volta. – Ele viu um cabideiro perto da porta com vários casacos pesados. Pegou um e enfiou em Hermione que parecia uma boneca de pano chorona.

A abraçando pelos ombros foi com ela para fora de casa, e na soleira a abraçou. Ela estranhou aquele movimento, mas logo entendeu. Eles estavam aparatando.

Estavam dentro de uma sala escura e muito fria, que ficou pior quando ele se afastou dela. Hermione só conseguia ver a silhueta dele andando em direção as janelas de cortinas fechadas.

- Faz um tempo que eu não venho aqui. – Draco abriu as cortinas e ela pode ver melhor onde estavam. Era a sala de um apartamento aparentemente trouxa. Viu também quando Draco pegou sua varinha e lançou algum feitiço no ar. Em menos de um minuto estava se sentindo mais confortável. Ele havia aquecido o ambiente. – Vou ligar esse aparelho, ajuda também. – O loiro disse indo para perto de um aquecedor branco debaixo da janela. Ela ainda tremia e sentia as lágrimas no rosto.

- Onde estamos? – Hermione conseguiu perguntar fungando.

- Meu apartamento. Fiquei aqui logo depois do fim da guerra. – Ela o olhou secando o rastro de água salgada no seu rosto.

- Por que você me trouxe aqui?

- Senta aqui Granger. – Draco apontou uma poltrona preta bem a sua frente. Dando uma olhada rápida, reparou que tudo ali tinha um tom de preto e alguns detalhes verdes. Era o esperado vindo dele, mas tudo de muito bom gosto.

- Você deveria estar com Elizabeth, Malfoy. – Respondeu resignada e se sentando. O viu se aproximar sentando ao seu lado.

- Estarei em breve. Quero saber o que te aconteceu hoje. – Hermione deu de ombros e olhou.

- Não sei por que você está interessado. – O viu levantar uma sobrancelha e então respirou fundo. – Ok. Bem, as vezes eu tenho pesadelos com aquele dia... na sua casa. Eu não costumo contar a ninguém, na verdade acho que nunca falei. Acordo assustada e com medo. Escuto a risada da sua tia tão nitidamente que muitas vezes eu fiquei a procurando pelos cantos. Minha cicatriz as vezes arde. Tentei alguns feitiços, pomadas. Nada. O ferimento foi a moda trouxa, então. Aí, quando você disse que iria levar Elizabeth até a sua Mansão, eu me senti tão mal, tudo veio a minha mente mais uma vez, você na minha frente. Ah.. não dei conta. – Ela soltou o ar aliviada. De fato nunca tinha dito em voz alta. Nunca revivera aquele momento dessa forma e foi bom. Se sentiu mais leve. Observou Draco levantar.

- Você precisa beber alguma coisa. – O loiro sumiu por uma porta voltando uns dois minutos depois. Hermione tinha retirado o casaco e estava olhando a neve cair pela janela. Já estava escuro então ele ascendeu dois abajures. – É um hidromel envelhecido, acho que vai ajudar aquecer. – Ela aceitou pegando uma taça e o vendo enche-la.

- Obrigada.

- Eu... talvez deva levar Elizabeth em outro momento até a Mansão. Talvez depois da reforma que disse que vou fazer. Tornar aquilo tudo habitável novamente. Aquela casa realmente não faz bem as pessoas, só lembrar o estado da minha mãe por exemplo. – Draco se sentou tomando um gole grande da bebida. Hermione se lembrou que Narcisa estava hospitalizada. Voltou para o assento que estava antes, perto de Malfoy.

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