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O fogo da lareira já estava quase extinto. O dia amanhecia cinza e gelado lá fora. O silêncio de agora era quase um consolo, comparado a inquietude que cada um ali estava sentindo dentro de si.
- Eu realmente acreditei que essa seria a primeira passagem de ano tranqüila dos últimos anos. Me enganei. Absolutamente essa foi a pior. Nos outros anos, mesmo com a guerra, estávamos todos um perto do outro e sabíamos como estávamos. – Harry suspirou, colocando o rosto entre as mãos. Ao seu lado Gina respirou fundo e apertou seu ombro.
- Tenho certeza de que Hermione está bem Harry. – Luna falou sutilmente, sentada em uma poltrona ao lado. Ela e seu pai haviam sido convidados para a ceia de ano novo, que pelo sumiço de Hermione, não ocorreu.
- Como pode ter certeza? Não temos uma notícia!
- De fato noticias ruim chegam mais rápido que as corujas. E Hermione não é qualquer pessoa do mundo bruxo. Se algo tivesse ocorrido a ela, certamente já estaríamos sabendo. – A loira estava bastante calma. Arthur, sentado a frente acenou com a cabeça, assinalando que concordava com ela.
- Luna tem razão. – Mas Harry parecia mais pessimista do que todos eles juntos. Se levantou nervoso.
- Vocês não entendem? No mundo bruxo sim, ela é o que podemos chamar de celebridade. Mas e no mundo trouxa? Hermione não passa de uma garota de 18 anos comum, com uma criança nos braços. Lá há muita violência! – Gina também se levantou. Estava muito cansada e parecia que Harry queria aproveitar que agora estavam apenas eles quatro ali na sala para expor todo seu desespero da noite.
- Harry, mas você precisa lembrar que ela não é de fato uma garota comum de 18 anos. Ela tem uma grande vantagem sobre os trouxas, ela é uma bruxa. Que pode se defender de maneiras inimagináveis para eles. – O noivo a olhou exausto.
- Ok Gina, tudo bem. Talvez eu esteja desesperado demais. É que não saber nada é muito desolador. – Os dois voltaram a se sentar.
A verdade é que desde as 9 horas da noite do dia anterior a preocupação era companhia deles. Hermione não aparecera na Toca como o combinado, nem dera uma noticia se quer. Depois da uma da manhã, ele e Ron foram até a casa dos Granger com esperanças de encontra-la por lá, mas nem sinal dela. Voltaram para Toca e separaram a família em busca por lugares possíveis de Hermione estar, sem sucesso. As três da madrugada voltaram a casa no bairro trouxa, desta vez conseguindo falar com os pais dela. Eles sabiam menos da filha do que se poderia imaginar, e quando num rompante de raiva, Ronald entrou na casa e seguiu até o quarto da castanha, encontrou os armários vazios. O pânico tomou conta da dupla que voltou para Toca ansiosos.
Molly ficou muito nervosa e foi com muito custo que Arthur a convenceu descansar algumas horas. Gina prepara um chá, com algumas gotas da poção do sono, e serviu a todos, o que fez com eles dormissem, com exceção dela mesma, Harry, o pai e Luna, que fingiram beber o chá batizado, já que idéia tinha sido da própria corvinal.
- Precisamos racionalizar as coisas. Agimos a noite toda movidos pelo desespero e preocupação.
- O que sugere pai?
- Quem viu a Hermione por último? Quando? Vamos tentar refazer os últimos passos dela, talvez possamos encontrar pistas. – Harry pareceu se animar com idéia.
- Isso, o senhor está certo. Bem, eu vi Hermione ainda na outra noite. Ela foi ao Largo Grimmauld com Eliz, conversamos normalmente e a achei mais triste que o normal, mas ultimamente ela está sempre triste. Não me lembro dela ter falado algo suspeito. – Ele ficou pensativo como se tentasse lembrar de algo que deixara escapar.