Capítulo 6 - Dois mundos, uma vida

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Blás torcia para que Draco realmente cumprisse com a sua palavra e estivesse no aeroporto o esperando. Ter Pansy ao seu lado emburrada e enjoada já era estressante o suficiente. Mas sim, lá estava ele. Magro, de negro, e olhos cansados.

- Draquinho! – Pam se jogou no outro que a abraçou com menos emoção.

- Ainda com isso Pansy? – Ele resmungou nos cabelos dela.

- Sempre.

- Draco. – Blás estendeu a mão para ele que retribuiu.

- Ainda acho desnecessário vocês aqui. Eu..

- Cala boca. Estamos muito cansados. Voo longo. Queremos ir logo para o hotel. – O moreno foi enfático.

- Pelo menos isso podemos fazer com magia? – Pansy quis saber.

- Podemos aparatar nos banheiros. – Draco respondeu.

Enquanto sua namorada tomava um longo banho Blás comia o que podia na saleta do quarto de Draco que continuava emburrado. Ele odiava pensar que tudo não passava de "operações" regidas por Harry Potter.

- Quero saber noticias da minha mãe Blás. – Esperou o rapaz engolir um suco para poder responder.

- Está ainda um pouco confusa, mas está razoavelmente bem. Ela está sendo muito bem cuidada por Andromeda e isso está fazendo muito bem para as duas. – Draco respirou fundo sentindo muito por sua mãe e ainda mais saudade.

- E Astória?

- Hogwarts. Ela diz que é mais fácil é difícil assim, mas necessário. Aquela garota..

- Ela é impossível... e perfeita. – Um silencio caiu e Blás achou melhor voltar a comer.

- Escute, a mãe de Herms descobriu onde ela trabalha. – O amigo enfim parara de mastigar por horas e resolvera falar.

- Como é? – Ele se remexeu.

- A senhora Granger procurou Potter há uma semana e o mostrou. Eu não sei bem explicar. Essa coisa de internet. Parece que ela jogou nome da filha num, como diz... site e achou Hermione num. É de uma escola de línguas. Aqui em São Paulo mesmo. A sua pista tava certa em relação ao carinha lá. – Draco sentiu a garganta secar e o coração disparar, mas disfarçou.

- Uma coruja não resolveria isso? O que você está fazendo aqui?

- Temos que ser cautelosos. Não sabemos como está a cabeça de Hermione, a vida dela aqui. Se ela descobre o quão perto estamos, pode fugir e tudo ficar difícil de novo. Agir por impulso não é opção Draco.

- E eu agiria por impulso? – Ele riu irônico, mas no fundo sabia a resposta.

As folhas esvoaçavam por todos os lados. O inverno estava chegando mais uma vez. Nem os gnomos apareciam com tanta freqüência. O lado de fora da Toca estava quieto, mas se alguém chegasse mais perto poderia perceber que do lado dentro as coisas estavam bem diferentes.

- Solta ele Ron! – A voz de Gina saia estridente e ela tremia.

- Não, eu preciso mata-lo. – Já Ronald não gritava enquanto apertava a garganta de Harry.

- Pare com isso! – Senhor Weasley se aproximou do filho mais novo e com custo o tirou de cima do magricela Potter. Molly continuava sentada, calada.

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