Capítulo 8 - O retorno

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Enquanto tentava acalmar seu coração despedaçado resolveu esperar. Draco merecia aquele tempo com a filha, merecia estar junto dela, apesar de estar sendo tão carrasco.

Hermione se levantou pesada, como se estivesse carregando toda a culpa do mundo em seus ombros, e de certa forma, estava mesmo. Foi até a cozinha e abriu a geladeira. Havia ainda meia garrafa de vinho que ela comprara para acompanhar um espaguete com Pedro. Foi direto até ela e arrancou a rolha com mal jeito. Pos a garrafa nos lábios e virou o tanto que conseguia de uma só vez. Os olhos arderem com tudo aquilo e ela sentiu mais lágrimas escorrerem por seu rosto. Estava tão sozinha.

Se arrastou de volta para poltrona, e lá mesmo deu um jeito de terminar a seu vinho se sentindo mais quente. Ficou olhando para a janela, pensando em tudo como naqueles filmes estranhos que as vezes se vê por ai. As coisas da sua vida meio fora de ordem, em câmera lenta, sons ao longe. Tudo junto e misturado. As pálpebras pesaram, e por mais que não quisessem, adormeceu.

- Granger?! Vamos acorde! – Uma voz ao longe chegou aos seus ouvidos. Abriu os olhos, mas logo fechou. Estava tudo claro demais e sua cabeça doía.

- Mamã? – Elizabeth estava ali, oh.. que estado ela estava?

- Oi!? – Disse meio vacilante abrindo os olhos com mais cuidado, então a imagem tomou foco. Draco estava com Eliz nos braços, logo a sua frente. A menina parecia muito bem, apesar de a olhar parecendo preocupada.

- Já passam das 8 horas. Não sei ao certo o que Elizabeth come, você precisa fazer alguma coisa. – Mas ela ainda estava arrebatada por aquela imagem dos dois juntos, tão harmoniosos, tão pai e filha. – Granger?!

- Ok! Eu.. já vou. Ela adora chocolate quente pelas manhãs. Dou alguns biscoitos e uma fruta. Ela já vai fazer 2 anos.

- Sei bem quando ela nasceu Granger, apesar de descobrir depois. – Ela se levantou se sentindo menos vulnerável a ele.

- Chega. Na frente dela não há nada ser dito.

- Concordo com você.

Então os dois seguiram para cozinha em silêncio. Draco colocou a menina sentada na mesa de frente para ele, enquanto ela brincava com a cobra que segurava sua gravata. Ele já estava sem paletó. Em silêncio Hermione preparou aquilo que ela sabia que a filha gostava de comer e pos na mesa.

- Prontinho Eliz, hora de tomar café. – Sorriu para filha que voltou a cabecinha para ver o que tinha para ela.

- Deixe que a de.

- Não, ela come sozinha, você não precisa a regredir nisso. A sente na cadeirinha dela, por favor. – Draco a olhou nervoso por alguns segundos, mas sabia que ela tinha razão. Colocou a filha na cadeirinha e percebeu como ela estava com fome.

- A bagunça é obvia, mas é importante para o crescimento dela. Eliz é muito esperta, já faz bem menos sujeira do que no início, é só ter paciência.

- Minha filha terá tudo que precisar de mim. – Hermione encarou Draco. Ele não a olhava, parecia que só tinha olhos para pequena que devorava tudo que estava a sua frente. Se sentiu tão boba por perceber seu coração disparado.

- E você quer o quê para o café da manhã?

- Apenas café preto, se puder. – Seria um longo dia, e ela não fazia a menor idéia de como ele terminaria. O que afinal Draco Malfoy exigiria dela? E quanto ela estava disposta a ceder? Resolveu ir fazer o café.

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