A Ordem de Drugstrein - Volume I

Capítulo 4 - Teste para a Ordem de Drugstrein (Parte 2)

As equipes já haviam sido todas definidas. Sendo assim, os três mestres conduziram os jovens magos por uma pequena porta a direita do recinto. Eles seguiram pelo corredor estreito durante algum tempo e, após isso, depararam-se com uma escadaria larga e que parecia não ter fim.

– Estamos entrando no subsolo do castelo de Drugstrein – Spaak começou a explicar. – Aqui realizamos as mais perigosas experiências com magia. Além disso, também temos algo muito interessante que foi construído apenas para o teste de recrutamento de novos magos para nossa ordem.

Assim que eles terminaram de descer a escadaria, avistaram um enorme paredão de pedra que se estendia em linha reta até muito além do que eles podiam ver na fraca iluminação fornecida pelas poucas lâmpadas mágicas espalhadas pelo ambiente. Logo a frente, havia uma entrada onde o número "um" fora grafado em uma bela caligrafia.

– Esta é a parede de um enorme labirinto. Ele tem uma grande extensão e não é nada simples encontrar o seu centro. Existem quarenta e duas entradas, o que é mais que suficiente para que todas as equipes presentes sejam testadas ao mesmo tempo.

Aghata explicou tudo rapidamente enquanto o mestre Luen distribuía pequenas esferas de vidro aos magos. Dentro de cada esfera havia um número.

– Esse é o número de entrada de vocês. O teste se iniciará daqui a meia hora e terá a duração máxima de três. O objetivo é chegar até o centro do labirinto, onde existe uma câmara de metal com o símbolo de nossa ordem gravado. Os três magos da equipe devem tocá-la ao mesmo tempo para serem aprovados nesse teste.

Assim que o mestre Luen terminou sua breve explicação, Spaak tomou-lhe a palavra

– Tomem muito cuidado. Não houve nenhuma morte neste teste nos últimos seis anos, mas ainda assim haverá perigo ali dentro. Não tentem trapacear, pois existem encantamentos em toda a área do labirinto que nos alertarão caso tentem algo. Façam o seu melhor.

Após as explicações, a equipe de Kayan dirigiu-se para a entrada número quatro e aguardou a esfera tornar-se branca para entrarem.

– Por que simplesmente não destruímos essas paredes e seguimos por um caminho reto? – sugeriu Mathen.

– Isso não seria possível por dois motivos – Kayan respondeu enquanto tocava o paredão a sua frente com sua mão direita. – O primeiro é que isso seria quebrar as regras. O segundo é que o encantamento que temos aqui é o mesmo que fortalece as paredes do castelo. Apenas uma magia muito poderosa poderia destruir isto aqui. Ou seja, não seria possível mesmo que quiséssemos fazer isso.

Sarah, então, pegou uma pequena pedra do chão e, enquanto executava o feitiço clayn, fez com que sua forma se modificasse de maneira a ficar parecida com um pequeno bastão cilíndrico. Em seguida, fez com que o pequeno objeto começasse a flutuar pouco acima da palma de sua mão.

– A parte pontuda desta pedra ficará sempre para a direção norte porque utilizei aquele encantamento básico de orientação nela. Como nós estamos partindo do sul, basta seguirmos esta direção para encontrarmos o nosso objetivo.

– Mas, Sarah, não tem nenhum caminho para o norte – protestou Mathen.

– Então basta seguirmos os demais caminhos sempre procurando ir para a direção do centro.

Sem pedir qualquer outra opinião, Kayan escolheu a direção esquerda para seguirem. Seus amigos o acompanharam sem qualquer tipo de questionamento. No entanto, o caminho escolhido mostrou-se sem saída. Após diversas queixas por parte de Mathen, o trio retornou pelo caminho que haviam seguido para acompanhar a outra direção.