—Em que lugar estamos exatamente? — perguntei confusa enquanto andávamos pelas ruelas.
—Vamos ver—Max abriu um pequeno mapa que mostrava a localização que quiséssemos.
—Nossa, é um mapa mágico! Que sorte, eles são muito raros e comprados por preços altíssimos.—Exclamei maravilhada por nunca ter visto um objeto daqueles.
— Eles são raros.
—Se são raros, por que alguém iria querer vende-los?—o olhei confusa.
—Sei lá, para ganhar dinheiro?—Max respondeu irônico.
Quando finalmente saímos das ruelas, nos deparamos com uma visão extraordinária. A e entrada daquela pequena vila era feita com um arco de árvores, as casas embutidas em árvores, tudo bem alinhado. As casas eram feitas de madeira, onde pontes se interligavam entre as árvores fazendo conexão entre os alojamentos e as luzes dos postes estavam apagadas por ser de manhã ainda. Chegamos ao centro da vila, para nosso espanto e horror, uma pobre fada estava sendo chicoteada, nua. Sua pele era banhada do próprio sangue. Ela gritava de dor pedindo por misericórdia. Um fervor de raiva inundou meu corpo. Corri até o "palco" e comecei a exclamar.
—Soltem-na, agora! —Ordenei, então o homem mascarado de preto parou as chicoteadas.
—O que quer dizer com isso, senhorita?—o homem falou se aproximando.
—Tânia vamos embora, não queremos confusão — falou Max me puxou para fora do "palco".
—Não—Disse a ele sem o olhar—Não irei permitir que continuem com tal absurdo— pus-me em frente a fada acorrentada.
—Você não é desse reino, né? É claro que não. Deve ser mais um forasteiro vindo de outro lugar. Não interrompa nos assuntos pessoais do rei.
Do rei? Aquilo era uma punição dada pelo rei? Que tipo de rei ele é? Um dos bem canalhas que já vi! Pensei comigo mesma.
—Vocês não irão parar?—Perguntei de cabeça baixa.
—Não, a não ser que a senhorita queira se juntar a esse estorvo—ele falou rindo.
Não aguentei. Meus olhos mudaram de cor e as garras começaram a sair para fora de minhas mãos. Encarei aquele homem, com um olhar ameaçador. Balbuciei algumas coisas para ele, que rapidamente desacorrentou a pobre fada e saiu correndo juntamente com as pessoas que estavam ao redor. Algumas haviam ficado para agradecer pelo que fiz, não tiveram medo da minha aparência, que já era como um dragão feroz e assustador.
Max nem um pouco assustado, pelo contrário, estava com uma expressão satisfatória sobre meus poderes. Voltei ao normal e ajudei a pobre fada a se levantar, que já estava fraca, à beira da morte.
***
A pequena fadinha me observa aflita, mas grata pela ajuda. As outras duas fadinhas estavam nos ajudando a cuidar da pobre machucada. Ela me abraçou, como agradecimento. Devia ter uns 6 anos ou menos. Ela era linda. Tirando o sangue que percorria seu corpo, ela tinha olhos cor das águas cristalinas dos lagos e rios do reino, um sorriso de arrancar suspiro e cabelos cor de girassol; ela se direciona até mim e fez uma referência, dizendo meu nome acrescentando de "Pequena majestade". Eu me envergonhei um pouco por achar que todos naquela vila sabiam quem eu era, mesmo não sentindo o poder draconiano em minha volta, aquela pequena fada—cujo nome era Sally— e que minha ajuda para salvar sua vida nunca seria retribuída, logo ofereceu-se a nos servir. Eu não concordei e apenas disse que estava lhe dando a liberdade, porém, ela estava fraca, e dizia que sua família havia sido morta por bárbaros do reino vizinho.
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O dragão Indomável: A lenda de Titânia
FantasyVocê acredita em dragões? E em criaturas mágicas? Já pensou que um mundo repleto desses seres mágicos pode estar bem perto de nós? E que um grande conflito de dragões e Caçadores de Asas pode agravar em uma grande guerra de reinos? Em Margiscarpya...