Chapter Eighteen

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Quando tiram de você a coisa mais importante que tem na vida, tudo para de fazer sentido,o certo e o errado, o bem e o mal, tudo se confunde e o mundo parece de repente tomado por uma escuridão enlouquecedora, que te tira todo o fôlego e a razão, que te enche de medo. Tudo a minha frente parecia vermelho, como se eu estivesse mergulhado em um mar de sangue, minhas mão estavam vermelhas, o meu próprio sangue misturado ao de Dalila, enquanto observava a lâmina vermelha juntei todas as minhas forças e meu ódio pra me colocar de pé. Nenhuma dor no mundo me impediria de vingar a morte dela.

__ Dominic__ Rebeca chamou meu nome entre soluços__ Dominic, o que vai fazer?

Não respondi, eu não a culpava pelo que acontecera, meu ódio era direcionado a outra pessoa, mas me mantive quieto encarando a porta da sala, comecei a contar os segundos bem devagar até que ela se abrisse.

__Então irmãozinho...

Marcus se interrompeu no meio da frase quando olhou pra mim, com certeza não esperava me ver de pé depois do que fizera comigo, e muito menos o ódio profundo nos meus olhos e tão pouco o sorriso ensanguentado, eu não podia me ver, mas sabia que parecia perturbador.

__Eu estava esperando você__ disse girando a faca entre os dedos__ vou arrancar as suas tripas fora e depois comê-las no jantar. Vai se arrepender de ter mechido comigo, eu juro por Deus que vai.

Eu não era o tipo de cara que falava em Deus, não combinava comigo, e eu simplesmente odiava quando pronunciavam aquele nome, mas me pareceu o certo a se dizer naquele momento, eu queria que ele entendese que eu não estava brincando e que eu o faria pagar... Ele pareceu ter entendido o recado.

__ Dominic..

Não esperei que ele dissesse nada, quando caminhei em sua direção já nem sentia mais minhas pernas, eu me sentia como se estivesse possuido, nada de medo, nada de dor, nada de tristeza... Só um ódio puro e simples.

__Matem-no__ ele gritou se afastando.

Um pequeno grupo de demônios entrou na sala, eu sabia que ele não teria coragem de me enfrentar sozinho, Marcus era covarde demais, só tinha pinta de durão, ele nunca esqueceu como acabei com ele da ultima vez, mas não me importei, eu o deixaria por ultimo, ele seria o ultimo a morrer e assistiria a tudo, só pra ter um gostinho que como seria quando sua hora chegasse, eu queria que ele sentisse medo, queria vê-lo desesperado e agoniado sabendo que não havia escapatória, seu destino já estava traçado.

O primeiro deles avançou na minha direção sem pensar duas vezes, e os outros o seguiram, um por um derrubei todos eles no chão, como se não fossem nada, nenhum tinha forças suficientes pra deter o ódio que crescia dentro de mim, e Marcus observava atônito enquanto eu acabava com todos eles, exatamente como eu queria que acontecesse. O sangue das pessoas que eu matava ia se acumulando em minhas mãos, assim como os corpos aos meus pés, até que ele desistiu.

__Então... É sua vez agora?__ provoquei__ ainda estou cheio de energia.

__Como você...

__Eu já disse, sou melhor que você seja como demônio ou humano... Agora cale a boca e venha aqui como um homem de verdade pra que eu possa acabar com você.

Meu desafio parecer irritá-lo, ele cerrou os punhos e seus olhos ficaram negros. Era a raiva que eu esperava, era exatamente o que eu queria, ter aquele prazer de novo.

__Você vai me pagar.

Dessa vez não esperei que ele viesse até mim, eu mesmo avancei em sua direção, completamente enlouquecido, ele tentou me derrubar com um soco, mas eu desviei fazendo um pequeno corte com minha faca na sua barria, foi um corte superficial, mas era como se queimasse sua pele, eu conhecia aquela dor.

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