trinta e oito

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Nathan Maloley On:

Acordo no dia seguinte com alguém mexendo no meu cabelo, viro pro lado e encontro a Carla com um sorriso fofo, ela me abraçou de lado e sussurrou um "obrigado" antes de levantar e ir em direção ao banheiro ainda mancando.

Balanço a cabeça e esfrego meus olhos na tentativa de passar a preguiça e levantar. Saio da cama e vou em direção ao banheiro do corredor, faço minhas higienes matinais e volto pro quarto, encontrando-a sentada na cama de cabeça baixa.

- Oi. - digo um tempo depois.

- Nate... - ela começa. - olha, obrigado por ontem.

- Por nada, nao fiz nada mais que minha obrigação. - digo sentando ao seu lado

- Não. Sim, eu sei. - ela se embola. - Mas obrigado mesmo assim, sem você eu acho que teria ficado por lá mesmo.

- Ok. - digo. - Me diz o que aconteceu.

- Ainda não acredito que o Samuel teve coragem de fazer isso. - ela diz. - Ele perdeu uma aposta e teve que cumprir. 

- Não to entendendo.

- Nate, o Sammy me apostou com um dos seus amigos. Eu nao entendi muito bem o que aconteceu, mas o cara poderia pegar " alguma das amigas dele" caso ganhasse. E foi isso que aconteceu.  - ela diz e lágrimas descem sob seu rosto. - Eu quase fui estrupada ontem, porque esse era o objetivo do cara.

Eu ouvia aquilo atentamente, e dentro de mim só crescia ira e ódio. Eu queria sair dali e quebrar a cara do Samuel por fazer isso com a minha menina, mas apenas respirei fundo e falei pra ela continuar.

- Só que quando eu deixei escapar que ainda era virgem, ele parou. - ela diz. - Eu pensei que tinha me livrado mas aí ele falou " Eu não acredito nisso " e chamou duas mulheres e falou "Acabem com ela" e foi isso que elas tentaram fazer. - ela enxuga as lágrimas. - Na primeira vez que eu desmaiei, ainda era dia. Só acordei quando você mandou mensagem. 

- Eu vou matar o Samuel. - digo entredentes 

- Não! - ela grita. - A culpa não foi dele, ele não sabia.

- Como assim?

- O Sammy só pensou que o cara ia sair comigo  e tal. - ela diz. - Ele me deixou a par disso antes de tudo acontecer, por isso eu fui. 

- Eu ainda quero matar o Samuel. - digo com os punhos afundando na cama. Ao notar, ela suspira e me abraça.

- Mas agora ja esta tudo bem. Bola pra frente. - ela diz.  - O importante é que eu estou bem agora. 

- Sim. - retribuo o abraço.

Mesmo assim, Samuel e eu ainda temos muito o que conversar.

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último de hoje

amo vocês

bye

ain't my fault - nmm [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora