quarenta e seis

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Um tempo depois

Entrei na escola na segunda feira de manhã e respirando fundo, era o começo do último semestre e eu estava claramente nervosa com isso.

Nathan estava ao meu lado, como sempre, e Samuel do meu outro lado. Avisto Taylor e Camila conversando um pouco afastados e quando nos viram, vieram em nossa direção sorrindo.

- Carla! - Camila diz. - Você finalmente saiu de casa.

- Mas logo pra onde? Pra esse inferno. - Nate diz e me abraça de lado.

Continuamos conversando por um tempo até o sino tocar e nos dividirmos para nossas classes.  Infelizmente agora seria pra mim, aula de matemática. Aula em que eu era parceira do Nate. Ele estava super protetor comigo desde o tal acontecimento a um tempo atrás e sinceramente, já estava um saco isso.

Sorri para ele quando me sento e deito a cabeça em seu colo, enquanto ele me faz cafuné.

Ok. Eu admito. Eu gosto.

- Você está quietinha. - ele diz - Aconteceu algo?

- Não, só estou com sono. - digo e levanto a cabeça. - Não precisa se preocupar.

Ele apenas concorda com a cabeça e me abraça de lado.

...

Acordo sentindo alguns beijos sendo depositados na minha bochecha e a voz dele sussurrando para que eu acorde.

Ergui a cabeça e abri os olhos, dando de cara com um Nathan risonho à minha frente.

- A aula acabou, vamos? - ele estende a mão.

- Eu dormi por quatro períodos? - digo. Bato em seu braço - Porque você deixou?

- Primeiro, Autch! - ele massageia a area em que eu bati - Segundo, por que você estava tão fofa que eu não tive coragem.

- Ah meu Deus. - reviro os olhos. - Vamos, eu estou com fome. Não quero passar o intervalo sozinha aqui com você. -levanto e vou andando até a porta

- Eu trouxe pizza. - ele diz. - Por que não ficamos por aqui?

- Pizza, você disse? - paro no mesmo lugar e dou meia volta, voltando para perto dele. - A gente pode ficar aqui pra sempre.

- Haha - ele ri falsamente é puxa um pote com alguns pedaços de pizza da mochila. - Toma.

Eu sorrio para ele e pego uma, me sentando em cima de uma mesa ali.

Ficamos conversando por alguns minutos até que decidimos brincar de eu nunca. Como não tinha bebida, era mordida nos nossos pedaços de pizza mesmo.

- Eu nunca transei. - sorrio para ele sarcasticamente vendo-o morder a pizza é revirar os olhos.

- Eu nunca odiei alguém. - ele diz. Nada acontece. - Pensei que você odiasse a mim e os meninos. Pelo menos a um tempo atrás.

- Não. Eu não conseguiria. Eu queria, mas não conseguiria. - balanços os ombros. - Eu nunca mandei mensagens anônimas para a pessoa  que eu gosto. - digo e ele se engasga com o nada. Opa.

Ele mordeu o pedaço de pizza e balançou os ombros.

- Quem? - pergunto.

- O que ? - ele diz, mas ele sabe o que é. - Não vou dizer.

- Pensei que fossemos amigos agora. - digo. - Amigos contam as coisas.

- Sim, nós somos. - ele diz e morde mais um pedaço. O sino toca e ele ri. - Temos que ir.

Reviro os olhos e pego minha mochila, se levantando. Logo Nate está do meu lado e junta nossas mãos. Não solto.

Talvez eu quisesse que pessoa que ele gostasse fosse eu. Talvez. Mas eu não ia admitir aquilo pra ele nunca.

- Nate. - chamo-o, ele me olha. - Quem é o seu amigo que inventou o apelido Lalinha?

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oi

tchau

amo vcs

ain't my fault - nmm [1]Onde histórias criam vida. Descubra agora