Capítulo 13 "Ressaca"

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Hoje, o aviso vai aqui em cima,

Como sempre, me perdoem pela demora na postagem, mas continuo pedindo a compreensão de vocês, acabei de sair de um mês agitado na faculdade, com provas, trabalhos e seminários, e estou tentando o meu melhor, espero que entendam.

Dito isso, como forma de desculpas, vou postar dois capítulos seguidos (Um hoje e outro amanhã), em troca só peço compreensão, e claro, que vocês votem e comentem, é ESSÊNCIAL, pois me faz ver o que pode melhorar na história, o que está bom, ou o que vocês esperam dela.

Então, é isso, aproveitem mais essa capítulo, de DESAPAIXONADA.

***

Minha garganta estava seca, e minha língua como lixa dentro da boca me dava a impressão de que eu tinha mastigado areia, senti meus músculos doloridos se contorcerem sob o tecido macio, e cada articulação estalar quando me obriguei á sentar, mas a dor de cabeça, a dor de cabeça foi a pior parte, sem dúvida. Os olhos ardiam e a cabeça palpitava, um redemoinho caótico dentro dela, eu gemi de dor quando um rangido horrendo invadiu meus ouvidos.

- Aí está você bela adormecida. - Foi a voz de Kendra que invadiu o local, após abrir a porta geradora do rangido, ela ascendeu o interruptor e eu tive certeza de que ia morrer quando meus olhos queimaram abaixo da luz. Chiei de dor, só então me dando conta do local onde eu estava. Um quarto, clean e bem arrumado, lençóis azuis escuros, cortinas farfalhando através de uma brisa suave, o abajur bem ao lado do criado-mudo e sobre ele a foto de Kendra e um rapaz relativamente atraente. Ela sentou-se á minha frente.

- Aí está, uma garota selvagem. - Eu pisquei, tão vagarosamente, que poderia ter virado pro lado e voltado á dormir.

- O que quer dizer? - Perguntei, um bocejo preso na garganta, Kendra arqueou uma sobrancelha, a expressão infinitamente divertida.

- Eu te conto depois. - Um pequeno objeto aterrissou no meu colo.

- Ligue para seu pai e diga que está viva e bem. Sua madrasta não para de ligar. - Eu gemi de novo, e Kendra soltou um risinho.

- Deixei uma muda de roupas limpas pra você no banheiro, quando tirar essa blusa jogue ela ai em cima, o dono quer de volta. - Piscou e saiu, fiquei encarando seu corpo esguio cruzar a porta me perguntando o que diabos ela quis dizer, quando segundos depois, encarei meu próprio tronco. Aquela não era minha blusa, o cheiro no entanto era estranhamente familiar. Eu puxei o cobertor encarando minhas pernas desnudas. Meu coração acelerou um pouco, quando ao aterrissar meus pés no carpete notei um amontoado de travesseiros e lençóis que formavam uma pequena cama improvisada.

Lembranças turbulentas invadiram minha mente enquanto eu ligava a ducha no mais quente possível. Primeiro Alex, nós dançando, e depois ele tentando me beijar, e quando eu recusei, ele agarrando uma garota. Mas então veio Adam, e de repente ele estava em todas as lembranças destorcidas, as mãos dele me ajudando, os dedos dele sob a pele da minha cintura, e a boca dele... E então eu estava deitada, e sua mão deslizava sob minha barriga enquanto a outra acariciava meus ombros, inspirei com mais força com a memória de mim implorando pra que ele continuasse ali, comigo, por toda a noite. ... Encarei meu reflexo apavorado diante do box do banheiro enquanto uma quantidade crescente de tensão se alojava em minha espinha. O que diabos eu havia feito?!

(...)

As memórias eram como névoa destorcida na minha mente confusa, eu saí do box encarando a imagem no espelho acima da pia de mármore ao lado dele, meu rosto estava pálido e macilento, e meu cabelo era puro caos. Encarei as roupas que Kendra havia me emprestado, sem dúvida realmente pertenciam á ela. Um jeans escuro e rasgado nos joelhos e uma blusa vermelha de flanela, que eu dobrei até os cotovelos.

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