Gabriella Narrando/ Sexta-Feira/21:04
Ainda naquele mesmo dia, Giovanna me chamou pra ir ao Baile três vezes e nas três vezes eu neguei.
— Bora pra o Baile vai, Gabi, deixa de ser chata.— Gi me chama mais uma vez entrando na sala arrumada, está um arraso dentro daquele shorts jeans de lavagem clara.
—Não vou deixar a Miranda sozinha, Gi, vai lá e aproveite.
— Leva ela ué, bom que já começa a fazer os passinhos desde cedo.
— Tenho juízo. — Deslizo a mão pelos cabelos da minha pequena enquanto ela tomava o seu leite no canudo, estava tão aérea a sua volta que nem questiona o motivo de estarmos falando dela, seus olhos pesados me dizem que em breve ela pegaria no sono.
Desvio meu olhar dela assim que Caleb aparece na sala arrumando a prata em torno do pescoço.
— Até você?
— É Sexta a noite né, pai tá on. — Ele diz largando o celular na mesinha de centro —Não vou levar celular. — Anuncia.
— Pior ainda, claro que você vai levar.
— Não vou correr o risco de ser Roubado.
— Você vai tá no camarote dos frentes, ninguém tem coragem de roubar com Nem na favela não. — Giovanna diz entregando o celular de volta pra ele — Paulista é foda viu, pensa que os caras daqui é sem conduta igual os de lá.
— Ô faz favor que tu gostou até demais do paulista aqui. — Caleb diz a fazendo rolar os olhos.
Os dois saem juntos pouco tempo depois, ainda fico alguns minutos ali na sala com Miranda esperando ela terminar o seu leite pra eu poder a colocar na cama, quando ela bebe a última gota espero ele levar o copo na cozinha e voltar pra a chamar pra dormir.
— Vamos dormir?
— Vamos toma um gelinho antes? — Pergunta logo em seguida como quem já tivesse a pergunta na ponta da língua
— Filha você acabou de tomar leite, não vai tomar gelinho não. — ela fecha a cara, rolo meus olhos e me levanto — Vai levanta, vamos pra a cama. — a coloco no chão, ela anda pesada demais pra ser carregada no colo.
— Afê mãe — Ela caminha resmungando.
— Não vai deitar sem escovar os dentes antes.
Desligo a televisão e me levanto pra verificar se aqueles dois fecharam a porta ao sair, abro a porta pra dar uma olhada no movimento e acabo por ser surpreendida ao vê dois caras parados ao lado da porta com fuzis na mão, meu coração não era uma batida não né?
— Porra, que susto! — Levo a mão até o peito — O que é isso aqui? — pergunto olhando pra o menino a minha direita
— Isso o que?
— Por que vocês tão fazendo hora aqui? — Cruzo meus braços sem entender nada.
—Meu Trabalho, Dona. — um deles responde — Entra aí —Arqueio uma sombrancelha com a ordem dada.
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Tentação Perigosa (No Telegram)
RandomGabriella Oliveira sempre foi uma filha que todos os pais teriam orgulho, pôde não ter tido as melhores condições mas sempre foi bastante dedicada e empenhada naquilo que queria. Apesar da vida simples e dos problemas familiares ela tinha um belo fu...