Capítulo 15 (R) *

32.9K 2.7K 504
                                    

Gabriella Narrando/ 2 anos e seis meses depois...

Dois anos de pura paz.

Dois anos de alegria, risadas e brigas.

Sim, brigas.

Muitas dessas novinhas emocionadas vieram arrumar confusão comigo por motivos banais, não vou dizer que eu não apanhei porque muitas delas veio chamar a mamãe mas também não vou falar que não bati, porquê olha eu bati viu. Acho o cúmulo brigar em meio de rua, não fui criada com isso, mas se veio me bater eu não vou ficar parada não.

Nunca mais ouvi falar em Lorenzo e isso eu agradeço aos céus de jeolhos por isso.

— Ô, tô entrando. — Desvio o olhar do caderno ao ouvir a voz de Nem, pigarreio e me ajeito no sofá quando viro a cabeça e o vejo atravessar por ela.

Nem e eu? Nunca mais aconteceu desde a última vez, dessa então nós dois fingimos que nada nunca aconteceu. Às indiretas que ele mandava pra mim e eu revidava acabaram, ele não atiça e eu não dou corda e Bianca nunca desconfiou de nada.

— E ae — Ele fals comigo, faço um aceno com a cabeça e volto a fazer a redação de filosofia que era pra entregar amanhã.

Uma das melhores coisas que fiz foi voltar pra escolha pra poder concluir pelo menos o ensino médio, minha mãe se reviraria no túmulo se soubesse o quão caro investiu em mim para que eu não terminasse nem o ensino médio.

Comecei o terceirão esse ano, tive dois dias pra fazer esse trabalhocom o feriadão que teve mas não fiz por causa da Miranda, que a cada dia que passa cresce mais e mais difícil de lidar ficava, era tão bom quando ela era apenas um bebê fofo e não sabia falar.

— Cadê a Giovanna? Onde tá o povo dessa casa?

— Foi dar uma volta com o Caleb e a Miranda. — Largo minha Caneta olhando pra ele e espero que ele fale logo o que queria pra eu poder voltar o meu foco na minha direção — Então..

— Então, — murmura olhando ao redor — O que tem de comida aí? passei aqui pra comer. — Ele diz se espreguiçando e fazendo o caminho até a cozinha.

— Sabe onde às panelas ficam. — Não espero ele responde, pego a Caneta novamente voltando a fazer o trabalho, que falava sobre O sexo no amor, nunca achei tema tão gostosinho e leve de fazer quanto esse.

(....Além de terem vergonha do seu corpo, muito diferente do corpo das estrelas pornográficas, também não sentem uma verdadeira atracção pelo corpo dos outros. Ora, é impossível fazer amor sem um certo abandono, sem a aceitação, pelo menos temporária, de um certo estado de fraqueza e de dependência. Tanto a exaltação sentimental como a obsessão sexual têm a mesma origem, resultam ambas do esquecimento parcial do eu; é algo que não pode acontecer sem que a pessoa perca alguma coisa de si mesma.

Faço uma pausa pra pensar sobre o que escrever de agora em mim, tinha até me esquecido da presença de Nem na casa até ouvir a sua voz atrás de mim.

— Tá fazendo o que ai? — Pergunta atrás do sofa, meu coração disparada fraco fraco com a sua abrupta aproximação. — Amor no Sexo.. — Ele lê o tema destacado com marca texto —Gosta de fazer do teu corpo um objecto agradável, gosta de dar prazer com o teu próprio corpo e precisamente isso o que os..— ele para de ler — É filosofia? — pergunta ainda atrás de mim, parecia bem a vontade.

— Sim. — Respondo batendo o lápis contra os lábios atrás de uma inspiração, tentando parecer indiferente a sua aproximação.

— E foi você que escolheu esse tema?

Tentação Perigosa (No Telegram)Onde histórias criam vida. Descubra agora